Contos de Capa e Espada - Calma Hagar
3 participantes
Página 1 de 1
Contos de Capa e Espada - Calma Hagar
- Calma Hagar, isto não é uma ceifadeira.
- O que dizes velho, sou um ceifador de vidas.
Hagar continua o treinamento cortando o ar com arcos feitos pelo movimento de sua espada.
- A espada é tua vida jovem, não balance como se não fizesse parte de ti.
- Falas demais velho. Meus músculos têm o vigor de mil guerreiros.
- Se não tiverem um cérebro até mil guerreiros podem ser vencidos. Escute-me jovem, não desguarneça tuas pernas. Se eu souber onde estão teus pés saberei onde estará teu corpo..
- Tu me cansas com tuas palavras. Com dois movimentos posso fatiá-lo como um salame velho.
- Se eu souber onde está teu corpo saberei onde estará tua espada. Com um movimento eu te desarmo criança.
- Tente.
O velho pega seu cajado, está cansado daquele inútil que foi contratado para treinar.
O jovem empunha a espada, tenciona o músculo e parte para cima do mestre com toda a fúria. Joga o braço empunhando a espada para decepar a cabeça do velho que se inclina para frente conforme previsto pelo jovem.
Mas o velho empurra o corpo para trás se apoiando no cajado, como uma terceira perna e um movimento inesperado para o jovem. Com um passo largo o velho põe-se ao lado e o cajado trança a perna do oponente.
- Não desguarneça tuas pernas meu jovem. - Completa o velho com um forte puxão de alavanca. E o aprendiz se precipita ao chão com tanta violência que não só se desarma, mas sente uma dor aguda no tornozelo.
- Não tens mais nada para aprender comigo jovem fidalgo.
Hagar fica atônito.
- Como fez isso?
- Já lhe contei várias vezes, mas teu ego inchado foi maior que meus ensinamentos, não há nada a ensinar para quem não quer aprender.
- Volte, eu lhe ordeno que me ensine... Senão encontrarei outro que me ensine a arte da espada para que eu possa lhe matar.
Hagar grita: - aonde vai?
- Quer realmente que eu te ensine? Tente me encontrar, talvez eu morra antes.
- Volte aqui!
Hagar corre para dentro do castelo, monta as pressas o cavalo não selado para não perder o tutor de vista, mas quando chega ao lado de fora do castelo. Nem sinal do mestre de bengala.
- Para onde foi este lento e senil aleijado. Vou procurá-lo, depois decido se o mato ou se ele me ensina.
Durante anos, munido de um cavalo e de sua espada, procura o mestre.
O rei está preocupado com seu valente, mas desmiolado filho. E pergunta ao velho, que nunca tinha se afastado do castelo.
- Disseste que um dia meu filho voltaria. Isso será antes de eu morrer?
- Dependerá da capacidade dele de aprender meu senhor. Enquanto for guiado pela raiva, ele não retornará.
- O que dizes velho, sou um ceifador de vidas.
Hagar continua o treinamento cortando o ar com arcos feitos pelo movimento de sua espada.
- A espada é tua vida jovem, não balance como se não fizesse parte de ti.
- Falas demais velho. Meus músculos têm o vigor de mil guerreiros.
- Se não tiverem um cérebro até mil guerreiros podem ser vencidos. Escute-me jovem, não desguarneça tuas pernas. Se eu souber onde estão teus pés saberei onde estará teu corpo..
- Tu me cansas com tuas palavras. Com dois movimentos posso fatiá-lo como um salame velho.
- Se eu souber onde está teu corpo saberei onde estará tua espada. Com um movimento eu te desarmo criança.
- Tente.
O velho pega seu cajado, está cansado daquele inútil que foi contratado para treinar.
O jovem empunha a espada, tenciona o músculo e parte para cima do mestre com toda a fúria. Joga o braço empunhando a espada para decepar a cabeça do velho que se inclina para frente conforme previsto pelo jovem.
Mas o velho empurra o corpo para trás se apoiando no cajado, como uma terceira perna e um movimento inesperado para o jovem. Com um passo largo o velho põe-se ao lado e o cajado trança a perna do oponente.
- Não desguarneça tuas pernas meu jovem. - Completa o velho com um forte puxão de alavanca. E o aprendiz se precipita ao chão com tanta violência que não só se desarma, mas sente uma dor aguda no tornozelo.
- Não tens mais nada para aprender comigo jovem fidalgo.
Hagar fica atônito.
- Como fez isso?
- Já lhe contei várias vezes, mas teu ego inchado foi maior que meus ensinamentos, não há nada a ensinar para quem não quer aprender.
- Volte, eu lhe ordeno que me ensine... Senão encontrarei outro que me ensine a arte da espada para que eu possa lhe matar.
Hagar grita: - aonde vai?
- Quer realmente que eu te ensine? Tente me encontrar, talvez eu morra antes.
- Volte aqui!
Hagar corre para dentro do castelo, monta as pressas o cavalo não selado para não perder o tutor de vista, mas quando chega ao lado de fora do castelo. Nem sinal do mestre de bengala.
- Para onde foi este lento e senil aleijado. Vou procurá-lo, depois decido se o mato ou se ele me ensina.
Durante anos, munido de um cavalo e de sua espada, procura o mestre.
O rei está preocupado com seu valente, mas desmiolado filho. E pergunta ao velho, que nunca tinha se afastado do castelo.
- Disseste que um dia meu filho voltaria. Isso será antes de eu morrer?
- Dependerá da capacidade dele de aprender meu senhor. Enquanto for guiado pela raiva, ele não retornará.
Última edição por wilton pacheco em Seg Out 26, 2009 6:13 pm, editado 1 vez(es)
Re: Contos de Capa e Espada - Calma Hagar
Pode publicar, Wilton?
Kio- Editor aposentado
- Mensagens : 1599
Data de inscrição : 29/12/2008
Idade : 52
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|