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[Conto] Andanças Por Um Local Distante

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Mensagem por Apgrilo Sáb Jul 09, 2011 5:55 pm

Olá,
cheguei aqui pelo Red Baron. Ele me incentivou a participar do Farrazine com contos, e aqui está um deles. Critiquem, por favor. E caso gostem e aceitem, podemos usar na próxima Farrazine.


Andanças Por Um Local Distante

Ramuel viajava. Andar era só o que sabia fazer. Passeava por entre os países, costumava conversar com as pessoas próximas aos reis, rainhas, tiranos e acabava sabendo meio que sem querer o que pensava todos os diversos soberanos da região.

Parou para beber vinho em uma estalagem da estrada que conectava todos os reinos.

- Ramuel, está sabendo? - Perguntou sussurrando o dono, que atendia os fregueses por trás do balcão.

- De quê?

- Da guerra.

- Guerra, você diz? - E o dono anuiu.

- Mas, porquê?

- Dizem os viajantes que param aqui que algum rei guarda um tesouro. E que todos os outros vão tentar tomar para si.
Isso amedrontou Ramuel, ele não gostava de violência. Decidiu pesquisar a respeito.

Em 2 dias entrou na capital de Hur e procurou por seu conhecido que sabia das coisas, mas não o achou de início. Encontrou um albergue e decidiu que lá se estalaria até que o encontrasse para saber do que pensava o rei e se a tal guerra viria.

- Tem quarto? - Perguntou ao funcionário, que anuiu. - Gostaria de um.

Foi andar pelas ruas com o intuito de procurá-lo. Se maravilhou com a arquitetura dos prédios com até 4 andares, muitas janelas e o domo arredondado. Percebeu como as pessoas que lá viviam eram tratadas pelos funcionários reais. A forma de governar o povo se refletida na rua nos vários empregos que garantiam a sobrevivência de alguns e faziam com que Ramuel entendesse mais sobre aquele local. Não encontrou o informante.

Antes de ir embora, viu alguns centauros adultos, que com espadas na mão, treinavam duro e forte, que segundo seus cálculos seria para a tal batalha. Para não perder tempo e com medo iminente, foi ao próximo reino.

O reino de Har.

Chegou na capital, mas agora tinha em mente achar um velho conhecido, amigo de um amigo, que por si conhecia outro amigo que achava que era um dos conselheiros do rei.

- Ramuel, quanto tempo. - Disse sorrindo. - Venha conhecer minha casa e família.

- Meu velho amigo, não temos muito tempo para cumprimentos. Preciso lhe falar sobre a guerra. - O conhecido mudou de semblante.

- Sim, entre, vou lhe contar tudo.

Ele entrou. Por lá passou a noite. No dia seguinte, saiu de sua casa satisfeito do almoço e da conversa. Foi andar pelas ruas da capital para tentar achar transporte ao terceiro reino.

Pelo que Ramuel notou, em Har havia prédios maiores, delgados e menos janelas. A rua era menos suja, porém os mendigos eram tantos que se confundiam com os habitantes. Notou alguns bichos esquisitos, como fênix e filhotes de dragões, e quando viu a criação dos animais se lembrou para o que as criaturas seriam utilizadas.

Tremeu.

Respirou fundo e voltou a andar.

E somente depois de 2 dias encontrou quem o levasse ao outro reino para que pudesse continuar sua missão.

Atingiu Her ao meio do dia, ou pelo menos era o que pensava de acordo com os 3 sóis que os iluminavam. Ramuel notou agora que outra arquitetura reinava no país daquele soberano, com prédios altos como Har, porém mais largos, mas com amplas janelas que permitiam entrar a brisa da tarde. Caminhou pelas ruas sujas, com tantos ratos quanto mendigos.

Parou em frente a sede administrativa. Ali, via entrando e saindo pessoas com roupas diferentes e notava pela língua comum falada que eram vários os funcionários governamentais diferentes. Continuou e passou embaixo de um grande aqueduto até atingir a casa de seu informante.

- Chame seu mestre. Diga que Ramuel está aqui.

Enquanto o servo o chamava, ele observava mais quando alguns batalhões passaram por ele rumo ao descampado em frente do grande castelo. Eles só levavam quimeras adultas, porém muitas delas e algumas expeliam fogo pela boca.

- Ramuel, entre rápido. Vamos.

E Ramuel entrou. Sentou-se na sala, e o servo veio com chás e biscoitos para os dois.

- O que se passa em Her?

- É muito complicado, Ramuel.

- Entendo. É pior do que se suspeitava? - O informante anuiu. - O que podemos fazer?

- Não sei.

- E quando começa?

- Acho que em alguns dias.

- Então eu vou. Ainda preciso ir a Hir e Hor, tenho conhecidos por lá que falarei.

- Alguma instrução, senhor?

- Sim, descubra mais sobre o rei e envie-me por ave.

O informante anuiu e Ramuel saiu.

Passou por Hir e não encontrou nenhum conhecido e por lá não ficou nem 1 dia. Mas pelas horas que passou não pode deixar de notar as casas de pedra em que viviam os moradores, e no castelo de mármore em que o rei vivia. Além das roupas dos trabalhadores reais, muito bonitas.

Chegou a Hor a noite depois de 2 dias e meio.

Mesmo preocupado, não pôde deixar de notar a arquitetura. Prédios com aparência sinistra, de cores escuras, ruas mal iluminadas, mas estranhamente não tão sujas quanto os outros reinos. Com poucos ratos e quase nenhum mendigo.

Ele passou por um cercado onde viu quimeras e dragões dormindo.

Agora estava quase aflito.

Correu para procurar seu primo, que trabalhava como consultor de um dos nobres que auxiliava o rei. Parou em frente da sua casa e mandou chamá-lo. O parente veio em questão de minutos.

- Ramuel, o que faz aqui?

- A guerra. O que acontecerá a todos nós?

- Venha que lhe contarei tudo.

Ramuel entrou.

FIM


Pablo Grilo - Julho de 2011
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Mensagem por snuckbinks Ter Jul 12, 2011 3:50 pm

Gostei do texto, me deixou curioso. Achei que o próprio personagem por fim acabaria fomentando a guerra, com seus rumores, criando fofoca.

No entanto a mudança final foi interessante! Gostei sim, seja bem vindo ao FARRAZINE!
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Mensagem por Apgrilo Ter Jul 12, 2011 6:55 pm

Po, valeu bicho.

A ideia desse conto era brincar com o neo-realismo na fantasia. Pelo visto, não ficou ruim.

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