Baú de Notícias e Copy Pastes
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Baú de Notícias e Copy Pastes
Às vezes, acho que a realidade é inverossímil demais para virar ficção. Eu não sei onde li isto, mas volta e meia alguém cai do 10º andar de um edifício e sobrevive. Mas se coloco isto em Lost ou num gibi do Homem Aranha, vão dizer... "Ah, tá bom...!"
Este tópico serve pra colocar notícias e histórias "não-checadas", mas que tem todo o jeito de serem verdadeiras. A idéia é servir de inspiração a ensaios, matérias, roteiros de gibis...
Please, coloque os links.
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Última edição por Brontops em Seg Jan 26, 2009 2:32 pm, editado 1 vez(es)
Brontops- Apagati CRTL+ALT+DEL
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Data de inscrição : 16/01/2009
Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Pra começar uma "bomba" do Braulio Tavares. Fale a verdade: vc já imaginava que algo asqueroso assim deveria estar ocorrendo em alguma parte do mundo.
* ** **
http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=3774
Milionários de Moscou
Por Braulio Tavares
O saudoso Paulo Francis costumava dizer que a União Soviética era uma ditadura latino-americana sem plantações de bananas e com neve. A URSS se dissolveu, mas a Rússia não. Essa é feita de esmalte dentário ou de outra substância igualmente resistente. Só pode se destruída com dinamite concentrada. A velha Rússia, esse país fascinante, parece hoje uma collage da babilônia dos Czares, dos pesadelos stalinistas, do surrealismo político da América Latina e das sagas mafiosas de Manhattan.
Tomemos, por exemplo, Sergei Knyazev. É um mega-empresário cujo papel é fornecer festas e diversões fora do comum para os multi-milionários de Moscou. Acredite ou não, mas ele ficou rico organizando corridas de baratas, um esporte tão popular na Rússia quanto a briga de galos aqui. Uma matéria que colhi na Web (www.hs.fi/english/article/Entertaining+the+bored+Russian+mega-rich/1135218851514) diz: “Os ricos e super-ricos que já viram tudo, já provaram de tudo, estão à procura de diversões que atenuem o tédio de suas vidas, e estão cada vez mais exigentes em matéria de entretenimento”. Knyazev é rico e imaginativo, e virou o “wonderboy” dos bilionários.
Por exemplo: lutar com um urso. Claro que o urso é adestrado, velho, bem alimentadíssimo. Mas não deixa de ser emocionante, para um cara riquinho, subir no ringue e se atracar pra valer com a fera. Nunca se sabe, né? Outra diversão da moda é levar os clientes (curiosamente, mulheres são a maioria) para uma área urbana onde eles podem pegar seus carros esporte e dirigir no máximo de velocidade que quiserem, fazendo o que quiserem, sem ninguém interferir.
Uma das diversões preferidas dos ricos é disfarçar-se de mendigo, como o califa Harum Al-Rachid fazia nas “Mil e Uma Noites”. Sujam-se, cobrem-se de andrajos, e saem pelas ruas de Moscou, relacionando-se com os mendigos reais, pedindo esmolas, deitando-se ao relento... Claro que, a uma prudente distância, uma limusine cheia de seguranças está a postos para qualquer imprevisto. No fim do dia, os participantes tomam banho e se reúnem num restaurante caro, onde o que recolheu mais esmolas é declarado vencedor e paga a conta.
São clientes que chegam a pagar 800 mil euros por um programa inédito, excitante, fora do comum. Knyazev hoje é proprietário de duas fábricas de roupas que trabalham apenas para prover os convidados de suas festas, “peças” e reality-games que exigem disfarces e caracterização (“Três Mosqueteiros”, Mitologia Grega, etc.). Políticos importantes, por exemplo, gostam de tomar parte em jogos baseados nos romances de Dostoiévski ambientados num hospício ou num campo de concentração. Claro que nem todos. Knyazev explica que muitos clientes querem apenas viver o dia-a-dia do povo, e pagam pelo direito de se espremer anonimamente nos trens lotados do metrô. Para quem nasceu e cresceu rodeado de criados, em palácios, numa vida nababesca, isto é tão emocionante e perigoso quando um safari na África.
Braulio Tavares é escritor e compositor, e este artigo foi publicado, em quatro partes, em sua coluna diária sobre Cultura no "Jornal da Paraíba" (http://jornaldaparaiba.globo.com).
E-mail: btavares13@terra.com.br
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http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=3774
Milionários de Moscou
Por Braulio Tavares
O saudoso Paulo Francis costumava dizer que a União Soviética era uma ditadura latino-americana sem plantações de bananas e com neve. A URSS se dissolveu, mas a Rússia não. Essa é feita de esmalte dentário ou de outra substância igualmente resistente. Só pode se destruída com dinamite concentrada. A velha Rússia, esse país fascinante, parece hoje uma collage da babilônia dos Czares, dos pesadelos stalinistas, do surrealismo político da América Latina e das sagas mafiosas de Manhattan.
Tomemos, por exemplo, Sergei Knyazev. É um mega-empresário cujo papel é fornecer festas e diversões fora do comum para os multi-milionários de Moscou. Acredite ou não, mas ele ficou rico organizando corridas de baratas, um esporte tão popular na Rússia quanto a briga de galos aqui. Uma matéria que colhi na Web (www.hs.fi/english/article/Entertaining+the+bored+Russian+mega-rich/1135218851514) diz: “Os ricos e super-ricos que já viram tudo, já provaram de tudo, estão à procura de diversões que atenuem o tédio de suas vidas, e estão cada vez mais exigentes em matéria de entretenimento”. Knyazev é rico e imaginativo, e virou o “wonderboy” dos bilionários.
Por exemplo: lutar com um urso. Claro que o urso é adestrado, velho, bem alimentadíssimo. Mas não deixa de ser emocionante, para um cara riquinho, subir no ringue e se atracar pra valer com a fera. Nunca se sabe, né? Outra diversão da moda é levar os clientes (curiosamente, mulheres são a maioria) para uma área urbana onde eles podem pegar seus carros esporte e dirigir no máximo de velocidade que quiserem, fazendo o que quiserem, sem ninguém interferir.
Uma das diversões preferidas dos ricos é disfarçar-se de mendigo, como o califa Harum Al-Rachid fazia nas “Mil e Uma Noites”. Sujam-se, cobrem-se de andrajos, e saem pelas ruas de Moscou, relacionando-se com os mendigos reais, pedindo esmolas, deitando-se ao relento... Claro que, a uma prudente distância, uma limusine cheia de seguranças está a postos para qualquer imprevisto. No fim do dia, os participantes tomam banho e se reúnem num restaurante caro, onde o que recolheu mais esmolas é declarado vencedor e paga a conta.
São clientes que chegam a pagar 800 mil euros por um programa inédito, excitante, fora do comum. Knyazev hoje é proprietário de duas fábricas de roupas que trabalham apenas para prover os convidados de suas festas, “peças” e reality-games que exigem disfarces e caracterização (“Três Mosqueteiros”, Mitologia Grega, etc.). Políticos importantes, por exemplo, gostam de tomar parte em jogos baseados nos romances de Dostoiévski ambientados num hospício ou num campo de concentração. Claro que nem todos. Knyazev explica que muitos clientes querem apenas viver o dia-a-dia do povo, e pagam pelo direito de se espremer anonimamente nos trens lotados do metrô. Para quem nasceu e cresceu rodeado de criados, em palácios, numa vida nababesca, isto é tão emocionante e perigoso quando um safari na África.
Braulio Tavares é escritor e compositor, e este artigo foi publicado, em quatro partes, em sua coluna diária sobre Cultura no "Jornal da Paraíba" (http://jornaldaparaiba.globo.com).
E-mail: btavares13@terra.com.br
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
O paradoxo de Kalakow (ou boas razões para o suicídio artístico na era digital)
http://www.cronopios.com.br/site/internet.asp?id=3543
27/9/2008 22:36:00
Por Olavo Amaral
O jornalista americano Calvin Ambler, em Angústia Digital, cita como uma das grandes causas de frustração no “novo mundo” da web 2.0 o paradoxo de Kalakow (do filósofo polonês Krzysztof Kalakow, morto recentemente e um dos primeiros críticos teóricos da internet, ainda em sua era incipiente no princípio dos anos 90). Segundo o filósofo, um dos grandes paradoxos de uma futura sociedade digital seria o de que em um futuro próximo um indivíduo qualquer poderia falar para bilhões de pessoas ao mesmo tempo, mas seguiria sendo capaz de ouvir apenas uma pessoa por vez. Kalakow argumentava que tal paradoxo fora mantido dormente por séculos devido ao monopólio dos meios de comunicação por parte da indústria cultural: como não mais do que uns poucos tinham o poder de falarem e serem ouvidos, o grande alcance de grito dos poucos falantes contrabalanceava a limitada capacidade de atenção dos muitos ouvintes.
E aí veio a web e mudou tudo. Subitamente se tornou incrivelmente fácil falar para o mundo inteiro. Mas isso não parece ter facilitado em nada a tarefa de ser ouvido.
E de alguma maneira todo mundo parece ter sido pego de surpresa pelo processo. E a maior parte da autodenominada classe artística e de seu séqüito segue vivendo estranhos sonhos empoeirados de glória que já perderam o sentido. Cineastas aspirantes gastam anos planejando seu primeiro longa-metragem em 35 milímetros pra ser visto por meia dúzia de pessoas em festivais obscuros enquanto adolescentes filmam bobagens com um celular e acumulam o primeiro milhão de hits no Youtube. Colecionadores de vinil seguem acumulando espólio feito toupeiras sem se dar conta que o Napster fez do seu esforço um capricho inútil. Amantes da literatura sonham escrever um livro que vá mudar o curso do mundo sem se dar conta que o mundo já não tem mais tempo de ler, e muito menos de ter seu curso alterado por isso. Fanzines culturais seguem imprimindo-se em tiragens de centenas quando com três cliques do mouse qualquer um se faz disponível pra alguns bilhões de pessoas. Secretarias da cultura e velhas senhoras organizam feiras do livro e exaltam um meio moribundo enquanto a cultura de verdade se reinventa todos os dias dentro dos computadores às suas costas. Músicos processam os próprios fãs por piratearem música enquanto outros mais inteligentes ganham milhões oferecendo-a a preço livre. E críticos seguem terminando suas matérias com o preço dos discos e livros resenhados, como se isso ainda tivesse alguma coisa a ver com o que eles representam. No fim das contas temos satélites, smart drugs e camundongos fosforescentes, mas a maioria dos ditos artistas continua olhando pra sua “obra” com a mesma mentalidade de um fabricante de sapatos.
Quando a arte se liberta da casca da indústria, ela se torna subitamente fugidia, arisca e avessa a definições. E ao invés de conviver com a dúvida de onde ela se esconde, a maioria prefere continuar se apegando à casca morta, tentando sugar uma essência que ela já não possui.
Cegueira? Talvez não. Talvez melhor seria chamar de temor presciente. Talvez estejam todos simplesmente antevendo com temor que a morte iminente da indústria cultural detonará de vez a bomba do paradoxo de Kalakow, e colocará os que até então eram “os artistas” em competição com bilhões de everymans anônimos numa imensa cacofonia de vozes que será o suficiente para fazê-los inaudíveis. E assim seguem se juntando todos como mariposas em volta de uma vela que se apaga, devido à confusão e o pavor que a imensidão escura lá fora inspira. Como aristocratas enfurnados em palácios enquanto a Bastilha desaba, seguem os rituais de todos os dias, colocam suas perucas e empanturram-se com os já escassos brioches, com uma pressa e angústia poucas vezes vista. E pra quem olha de fora o espetáculo é meio ridículo. E por vezes excruciantemente longo.
Mas enfim, o ser humano médio nunca foi muito brilhante mesmo, e talvez esperar isso do artista médio fosse mesmo meio injusto. Mas a verdade é que quase ninguém é mais retrógrado do que o artista médio hoje em dia. E talvez por isso os seus sonhos sejam cada vez mais como aquelas bandejas de iogurte, cujo prazo de validade sempre expira antes que dê pra comê-las inteiras. E fingir que o prazo não existe é uma forma bastante burra de contornar o problema. Kalakow pode nem ter existido, mas sua consagração não há de tardar. E eu, pelo menos, estou calando a boca, queimando minhas próprias páginas e saindo do palácio sem fazer alarde. Quando tudo for abaixo, melhor mesmo é estar do lado de fora.
** ** ** ** **
[Texto inicialmente publicado no jornal Vaia, www.jornalvaia.com.br/]
Olavo Amaral é de Porto Alegre. Autor do volume de contos Estática (IEL, 2005), além de ter participado da antologia Contos de Oficina 34 e colaborado com alguns sites e jornais literários. Também atua como roteirista de cinema, colaborando com a produtora Clube Silêncio desde sua fundação, e atualmente finaliza seu primeiro curta-metragem como diretor. Nas horas vagas, é médico e pesquisador em neurociências. Grita para o vazio em http://taquilalia.blogspot.com E-mail: olavoamaral@yahoo.com.br
http://www.cronopios.com.br/site/internet.asp?id=3543
27/9/2008 22:36:00
Por Olavo Amaral
O jornalista americano Calvin Ambler, em Angústia Digital, cita como uma das grandes causas de frustração no “novo mundo” da web 2.0 o paradoxo de Kalakow (do filósofo polonês Krzysztof Kalakow, morto recentemente e um dos primeiros críticos teóricos da internet, ainda em sua era incipiente no princípio dos anos 90). Segundo o filósofo, um dos grandes paradoxos de uma futura sociedade digital seria o de que em um futuro próximo um indivíduo qualquer poderia falar para bilhões de pessoas ao mesmo tempo, mas seguiria sendo capaz de ouvir apenas uma pessoa por vez. Kalakow argumentava que tal paradoxo fora mantido dormente por séculos devido ao monopólio dos meios de comunicação por parte da indústria cultural: como não mais do que uns poucos tinham o poder de falarem e serem ouvidos, o grande alcance de grito dos poucos falantes contrabalanceava a limitada capacidade de atenção dos muitos ouvintes.
E aí veio a web e mudou tudo. Subitamente se tornou incrivelmente fácil falar para o mundo inteiro. Mas isso não parece ter facilitado em nada a tarefa de ser ouvido.
E de alguma maneira todo mundo parece ter sido pego de surpresa pelo processo. E a maior parte da autodenominada classe artística e de seu séqüito segue vivendo estranhos sonhos empoeirados de glória que já perderam o sentido. Cineastas aspirantes gastam anos planejando seu primeiro longa-metragem em 35 milímetros pra ser visto por meia dúzia de pessoas em festivais obscuros enquanto adolescentes filmam bobagens com um celular e acumulam o primeiro milhão de hits no Youtube. Colecionadores de vinil seguem acumulando espólio feito toupeiras sem se dar conta que o Napster fez do seu esforço um capricho inútil. Amantes da literatura sonham escrever um livro que vá mudar o curso do mundo sem se dar conta que o mundo já não tem mais tempo de ler, e muito menos de ter seu curso alterado por isso. Fanzines culturais seguem imprimindo-se em tiragens de centenas quando com três cliques do mouse qualquer um se faz disponível pra alguns bilhões de pessoas. Secretarias da cultura e velhas senhoras organizam feiras do livro e exaltam um meio moribundo enquanto a cultura de verdade se reinventa todos os dias dentro dos computadores às suas costas. Músicos processam os próprios fãs por piratearem música enquanto outros mais inteligentes ganham milhões oferecendo-a a preço livre. E críticos seguem terminando suas matérias com o preço dos discos e livros resenhados, como se isso ainda tivesse alguma coisa a ver com o que eles representam. No fim das contas temos satélites, smart drugs e camundongos fosforescentes, mas a maioria dos ditos artistas continua olhando pra sua “obra” com a mesma mentalidade de um fabricante de sapatos.
Quando a arte se liberta da casca da indústria, ela se torna subitamente fugidia, arisca e avessa a definições. E ao invés de conviver com a dúvida de onde ela se esconde, a maioria prefere continuar se apegando à casca morta, tentando sugar uma essência que ela já não possui.
Cegueira? Talvez não. Talvez melhor seria chamar de temor presciente. Talvez estejam todos simplesmente antevendo com temor que a morte iminente da indústria cultural detonará de vez a bomba do paradoxo de Kalakow, e colocará os que até então eram “os artistas” em competição com bilhões de everymans anônimos numa imensa cacofonia de vozes que será o suficiente para fazê-los inaudíveis. E assim seguem se juntando todos como mariposas em volta de uma vela que se apaga, devido à confusão e o pavor que a imensidão escura lá fora inspira. Como aristocratas enfurnados em palácios enquanto a Bastilha desaba, seguem os rituais de todos os dias, colocam suas perucas e empanturram-se com os já escassos brioches, com uma pressa e angústia poucas vezes vista. E pra quem olha de fora o espetáculo é meio ridículo. E por vezes excruciantemente longo.
Mas enfim, o ser humano médio nunca foi muito brilhante mesmo, e talvez esperar isso do artista médio fosse mesmo meio injusto. Mas a verdade é que quase ninguém é mais retrógrado do que o artista médio hoje em dia. E talvez por isso os seus sonhos sejam cada vez mais como aquelas bandejas de iogurte, cujo prazo de validade sempre expira antes que dê pra comê-las inteiras. E fingir que o prazo não existe é uma forma bastante burra de contornar o problema. Kalakow pode nem ter existido, mas sua consagração não há de tardar. E eu, pelo menos, estou calando a boca, queimando minhas próprias páginas e saindo do palácio sem fazer alarde. Quando tudo for abaixo, melhor mesmo é estar do lado de fora.
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[Texto inicialmente publicado no jornal Vaia, www.jornalvaia.com.br/]
Olavo Amaral é de Porto Alegre. Autor do volume de contos Estática (IEL, 2005), além de ter participado da antologia Contos de Oficina 34 e colaborado com alguns sites e jornais literários. Também atua como roteirista de cinema, colaborando com a produtora Clube Silêncio desde sua fundação, e atualmente finaliza seu primeiro curta-metragem como diretor. Nas horas vagas, é médico e pesquisador em neurociências. Grita para o vazio em http://taquilalia.blogspot.com E-mail: olavoamaral@yahoo.com.br
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
SOMÁLIA, o verdadeiro lar dos Piratas...
http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-28_2008-10-04.html#2008_10-02_00_20_46-129032461-0
* * * * ** * ** * *
¿Os trapalhões previram seu próprio fim?
http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/tv/os-trapalhoes-previram-o-futuro/
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http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-28_2008-10-04.html#2008_10-02_00_20_46-129032461-0
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¿Os trapalhões previram seu próprio fim?
http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/tv/os-trapalhoes-previram-o-futuro/
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Este texto encontrei no site do Cronópios e o autor extraiu de um blog e etc.
http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=3521
15/9/2008 17:38:00
O que pode me fazer feliz em Washington D.C.?
Por Edson Cruz
(TRECHO_)
Reflexão sobre a percepção de valor intrínseco
(Texto do blog de Gustavo Felicíssimo, http://sopadepoesia.zip.net/)
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura, um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares, e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
Essa experiência mostra como na sociedade em que vivemos os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia, e pelas instituições que detém o poder financeiro.
Mais informações sobre esta manhã mágica:
www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
Edson Cruz nasceu em Ilhéus e mora em São Paulo há uma eternidade. É co-fundador do site Cronópios e editor. Escreve com constância no blog http://sambaquis.blogspot.com/
E-mail: edsoncruz@cronopios.com.br
http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=3521
15/9/2008 17:38:00
O que pode me fazer feliz em Washington D.C.?
Por Edson Cruz
(TRECHO_)
Reflexão sobre a percepção de valor intrínseco
(Texto do blog de Gustavo Felicíssimo, http://sopadepoesia.zip.net/)
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura, um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares, e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
Essa experiência mostra como na sociedade em que vivemos os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia, e pelas instituições que detém o poder financeiro.
Mais informações sobre esta manhã mágica:
www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
Edson Cruz nasceu em Ilhéus e mora em São Paulo há uma eternidade. É co-fundador do site Cronópios e editor. Escreve com constância no blog http://sambaquis.blogspot.com/
E-mail: edsoncruz@cronopios.com.br
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EUROTRASH
Mondo Bizarro
WEIRD EUROPA...
Dentro da sessão em inglês do jornal alemão DER SPIEGEL, encontrei uma série de artigos sobre a EUROPA BIZARRA. Pra quem só pensa em gente chique e tradições cheias de classe, é bom pra vc ver que o mundo tá assim de gringo doido.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,575011,00.html
Salto sobre o bebê (EM INGLÊS)
Seguindo a uma tradição que remonta a 1620, na cidade espanhola de Castrillo de Murcia, durante o festival de Colacho, faz-se uma estranha “coreografia” na qual homens fantasiados de demônios saltam sobre bebêzinhos. Tem fotos e tudo.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,576264,00.html
Luta de Camelos na Turquia (EM INGLÊS com fotos)
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553233,00.html
Vinho vivo.
Na Bélgica, durante um festival, bebe-se vinho e peixes vivos de uma só vez.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553504,00.html
A corrida do Queijo na Inglaterra.
Todos os anos em uma cidadezinha na Inglaterra, ocorre a corrida do queijo onde um queijo redondo é arremessado do alto de uma pirambeira e os doidos participantes se jogam atrás, quebrando pernas e cabeças tentando pegar o fujão. FOTOS.
http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/0,1518,559104,00.html
Decapitar ganso com as mãos
No país basco, durante um festival.
* * *
(membros somente)
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553070,00.html
The Annual Phallus Festival in Greece
Each year on the first Monday of Lent, the people of the tiny Greek town of Tyrnavos go crazy about penises, singing lewd songs and urging passersby to kiss their model phallusses. The pagan fertility festival is one of the most famous parties in Greece.
* * *
E muito mais:
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,k-7341,00.html
* * * * * *
WEIRD EUROPA...
Dentro da sessão em inglês do jornal alemão DER SPIEGEL, encontrei uma série de artigos sobre a EUROPA BIZARRA. Pra quem só pensa em gente chique e tradições cheias de classe, é bom pra vc ver que o mundo tá assim de gringo doido.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,575011,00.html
Salto sobre o bebê (EM INGLÊS)
Seguindo a uma tradição que remonta a 1620, na cidade espanhola de Castrillo de Murcia, durante o festival de Colacho, faz-se uma estranha “coreografia” na qual homens fantasiados de demônios saltam sobre bebêzinhos. Tem fotos e tudo.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,576264,00.html
Luta de Camelos na Turquia (EM INGLÊS com fotos)
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553233,00.html
Vinho vivo.
Na Bélgica, durante um festival, bebe-se vinho e peixes vivos de uma só vez.
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553504,00.html
A corrida do Queijo na Inglaterra.
Todos os anos em uma cidadezinha na Inglaterra, ocorre a corrida do queijo onde um queijo redondo é arremessado do alto de uma pirambeira e os doidos participantes se jogam atrás, quebrando pernas e cabeças tentando pegar o fujão. FOTOS.
http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/0,1518,559104,00.html
Decapitar ganso com as mãos
No país basco, durante um festival.
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(membros somente)
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,553070,00.html
The Annual Phallus Festival in Greece
Each year on the first Monday of Lent, the people of the tiny Greek town of Tyrnavos go crazy about penises, singing lewd songs and urging passersby to kiss their model phallusses. The pagan fertility festival is one of the most famous parties in Greece.
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E muito mais:
http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,k-7341,00.html
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Sobre a morte de Deus
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/joaopereiracoutinho/ult2707u494323.shtml
Trecho de "Ateus, poetas & messias" por João Pereira Coutinho
13 de janeiro
A estupidez humana não cessa de me espantar. Leio na imprensa do dia que uma associação "humanista" da Grã-Bretanha lançou em Londres uma campanha pública para defender a provável inexistência de Deus. A ideia foi escrever nos ônibus da cidade duas frases de arrasadora profundidade filosófica: "Deus provavelmente não existe. Por isso, deixa de te preocupar e aproveita a vida".
A tese espanta, não apenas pela infantilidade que a define --mas pela natureza ilógica que a contamina. Se Deus não existe, haverá necessariamente motivos para celebrar?
Os mais radicais "philosophes" do século 18 concordariam que sim. O próprio projeto iluminista, na sua crítica à instituição religiosa como autoritária e obscurantista, defendia que a libertação dos Homens passava pela libertação do divino. Nem todos os "philosophes" eram ateus, é certo: Rousseau ou Diderot, impenitentes "deístas", não são comparáveis a La Mettrie ou Helvétius. Mas o iluminismo continental abriria a primeira brecha na cultura ocidental, ao retirar a Fé do seu trono e ao coroar a deusa Razão.
Foi esse gesto primordial que tornaria possível as devastadoras críticas posteriores do trio maravilha (Feuerbach, Marx e Freud). Deus criou os Homens? Pelo contrário: Deus é uma criação dos Homens por razões várias e todas elas racionalmente explicáveis.
Os Homens criaram Deus por temerem a sua própria mortalidade (Feuerbach). Os Homens criaram Deus por contraposição às condições materiais das suas existências precárias (Marx). Os Homens criaram Deus por puro sentimento de culpa: parricidas arrependidos, eles buscam ainda uma autoridade perdida; Deus é o "fétiche" infantil de quem se recusa a viver uma vida adulta (Freud).
Infelizmente, aparece sempre alguém para estragar a festa. Falo de Doistóievski, claro, disposto a contrariar o otimismo liberal da burguesia russa oitocentista, para quem Deus era um empecilho de modernidade. Pela boca de Karamazov, Dostoiévski formularia a pergunta que Feuerbach, Marx, Freud e também Nietzsche se recusaram a enfrentar: e se a ausência de Deus significa também a ausência de qualquer limite ético para a acção humana?
Essa possibilidade seria confirmada no século seguinte: um século devastado por grandes construções coletivistas, utópicas e rigorosamente ateias que libertaram um fanatismo e uma crueldade indistinguíveis do fanatismo e da crueldade das antigas religiões tradicionais.
Quando os Homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam, antes, em qualquer coisa, como dizia profeticamente Chesterton. Antes de festejarmos a provável inexistência do barbudo, convém saber o que essa coisa será.
Trecho de "Ateus, poetas & messias" por João Pereira Coutinho
13 de janeiro
A estupidez humana não cessa de me espantar. Leio na imprensa do dia que uma associação "humanista" da Grã-Bretanha lançou em Londres uma campanha pública para defender a provável inexistência de Deus. A ideia foi escrever nos ônibus da cidade duas frases de arrasadora profundidade filosófica: "Deus provavelmente não existe. Por isso, deixa de te preocupar e aproveita a vida".
A tese espanta, não apenas pela infantilidade que a define --mas pela natureza ilógica que a contamina. Se Deus não existe, haverá necessariamente motivos para celebrar?
Os mais radicais "philosophes" do século 18 concordariam que sim. O próprio projeto iluminista, na sua crítica à instituição religiosa como autoritária e obscurantista, defendia que a libertação dos Homens passava pela libertação do divino. Nem todos os "philosophes" eram ateus, é certo: Rousseau ou Diderot, impenitentes "deístas", não são comparáveis a La Mettrie ou Helvétius. Mas o iluminismo continental abriria a primeira brecha na cultura ocidental, ao retirar a Fé do seu trono e ao coroar a deusa Razão.
Foi esse gesto primordial que tornaria possível as devastadoras críticas posteriores do trio maravilha (Feuerbach, Marx e Freud). Deus criou os Homens? Pelo contrário: Deus é uma criação dos Homens por razões várias e todas elas racionalmente explicáveis.
Os Homens criaram Deus por temerem a sua própria mortalidade (Feuerbach). Os Homens criaram Deus por contraposição às condições materiais das suas existências precárias (Marx). Os Homens criaram Deus por puro sentimento de culpa: parricidas arrependidos, eles buscam ainda uma autoridade perdida; Deus é o "fétiche" infantil de quem se recusa a viver uma vida adulta (Freud).
Infelizmente, aparece sempre alguém para estragar a festa. Falo de Doistóievski, claro, disposto a contrariar o otimismo liberal da burguesia russa oitocentista, para quem Deus era um empecilho de modernidade. Pela boca de Karamazov, Dostoiévski formularia a pergunta que Feuerbach, Marx, Freud e também Nietzsche se recusaram a enfrentar: e se a ausência de Deus significa também a ausência de qualquer limite ético para a acção humana?
Essa possibilidade seria confirmada no século seguinte: um século devastado por grandes construções coletivistas, utópicas e rigorosamente ateias que libertaram um fanatismo e uma crueldade indistinguíveis do fanatismo e da crueldade das antigas religiões tradicionais.
Quando os Homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam, antes, em qualquer coisa, como dizia profeticamente Chesterton. Antes de festejarmos a provável inexistência do barbudo, convém saber o que essa coisa será.
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Em minha humilde opinião, o "belogue" é um dos melhores blogs da Internet. Existem algumas limitações técnicas que atrapalham um pouco, mas nada grave (Por exemplo, não consigo linkar este post específico). Escrito por alguém (mulher eu acho) que manja muito de história da arte. Ou finge manjar muito bem. Atualiza pouco, mas quando escreve costuma ser uma aula. Segue um de seus textos recentes.
Ah, ela é lusitana.
http://obelogue.blogspot.com/
"post escatológico*
Estava a reler a História do Pudor de Jean Bologne quando descobri uma curiosidade sob a forma como os antigos encaravam os se4us escrementos, o lixo que produziam e que vinha dos prórorios, isto tendo em conta a forma como se livravam dele. Era comum comer frente aos outros, mas seria comum defecar e urinar frente aos outros? Os Gregos achavam bizarros os costumes egípcios: comiam na rua, mas satisfaziam as suas necessidades fisiológicas em casa, o que quer dizer que para estes o que era vergonhoso ao corpo tinha de ser privado do olhar alheio, mas as necessidades de outra ordem podem ficar à vista de todos. Os Gregos, como podemos depreender, faziam exactamente o contrário: defecavam e urinavam no exterior, fora de casa, mas comiam em casa. A Cloaca Maxima, ou rede de esgotos construída em Roma em parte devido aos hábitos vindos dos Gregos, era o espelho de uma sociedade que se preocupava com a limpeza do corpo, mas que o fazia em comunidade, tanto como fazia em comunidade a limpeza da alma (corpo sano, mente sana). Assim era possível ver homens a conviver nas piscinas públicas que funcionavam por três fases de banho (frigidarium, caldarium e tepidarium), bem como nas latrinas públicas. Nos banhos faziam negócios, nas latrinas públicas fazia-se conversa e esperava-se ser convidado para o serão em casa de X ou Z. Além disso a urina tinha outro papel: como continha amoníaco (em contacto com o ar liberta amoníaco), era utilizada para lavar peças de roupa o que fazia com que as pessoas, por mais que se lavassem, nunca cheirassem bem. Mais tarde os celtas inventaram os sabão feito de gordura animal e cinzas e já na Idade Méda alguém teve o bom senso de adicionar essências e pétalas de flores.
O costume de partilhar com desconhecidos o espaço físico para fazer as necessidades fisiológicas durou até à Revolução Francesa, pelo menos em França. Mas até aí, muito foi o que se passou na História da Escatologia que passo a referir brevemente se tal não vos enojar para primeiro dia do ano. Pelo menos fica dito já, para depois uma pessoa não andar com m*****. Na Idade Média, por exemplo, a questão dos excermenteos era muito ambígua. Até se costuma dizer que a atribuição da denominação "Idade das Trevas" está desactualizada pois nessa altura muitos foram os mecanismos criados para dar mais conforto à vida das pessoas. Em termos de higiene era comum, entre a classe mais elevada, os senhores lavarem sempre as mãos, frente aos convivas e já à mesa, antes das refeições. Nas latrinas medievais existentes nos mosteiros existia sempre um certo pudor devido à latente promiscuidade. As latrinas eram comun, mas só era possível entrar lá com a cabeça coberta (excepto os mais novos que só a cobriam quando já sentados) e digamos que as latrinas eram locais de convívio nocturno. Mas voltando ao domínio palaciano, podemos dizer que por volta do século XVI as latrinas comuns desaparecem dos palácios dando vez às cadeiras furadas. As cadeiras furadas eram, para os monarcas, o trono alternativo, o trono de "quando a vontade apertava". Eram cadeiras normais que estavam furadas no assento e em baixo, posicionado na direcção do furo, encontrava-se aquilo que os romanos designavam por dolia curta; ou seja, um pote, um penico para a urina e para as fezes. Mas os reis não estavam sozinhos quando defecavam: recebiam na cadeira furada e olhem que era uma honra para qualquer pessoa ser recebido pelo rei quando este estava na cadeira furada a fazer as suas necessidades fisiológicas. Muitos monarcas foram mesmo assassinados assim pois estavm impotentes perante o assassino. Nenhum rei iria erguer-se da sua cadeira furada, com os calções bufantes a arrastar pelos tornozelos, com o rabiosque sabe-se lá em que estado, e defrontar o inimigo vestido, armado e sem vontade de urinar! E cabia aos aios limpar o rabiosque real com folhas de árvores, musgo, algodão ou flanela para os mais afortunados. Não se aconselhava folhas de eucalipto que deixava o "respectivo" em brasa. Ah pois é!
No Renascimento este pudor aumenta de uma forma muito evidente primcipalmente no que concerne à pintura. Vejamos que nem a Idade Média cobre as partes pudibundas dos seus frescos e estátuas como o Renascimento. Os portais de muitas catedrais europeias têm mais cenas eróticas e de nu que muitas piunturas do Renascimento que cobriu o sexo com panos e achava indecente que uma mulher mostrasse mais que os seios. A nudez não é aplicada a pessoas de carne e osso, mas a seres mitológicos e bíblicos. Leonardo da Vinci que serviu a corte de Ludovico alertou o seu amo para a necessidade dos convivas não urinarem nos cantos da sala onde ía ser servida a refeição. Sim, essa era uma prática comum: Nos jantares os criados bem passavam com os bacios, mas era de mau tom pedir para usá-los ates de ir para mesa para não atrasar a refeição. Quando havia poucos bacios e criados e muitos convidados com vontade de urinar, urinava-se onde era possível: atrás dos cortinados, na lareira, nas varandas... Henrique III de França ordena aos seus criados para limparem o castelo todos os dias antes do monarca acordar, tal é a porcaria. Henrique IV proíbe que se defeque ou urine nos quartos do palácio, ordem que não tem efeitos imediatos. Luís XIV mudava frequentemente de palácio para fugir ao cheiro nauseabundo das suas habitações. Era costume a corte defecar e urinar em qualquer local dentro do palácio e não obsatante o grande número de quartos, chegava a uma determinada altura que era impossível fazer as necessidades num sítio que não estivesse já "ocupado". Por isso era necessário mudar ir para outro palácio enquanto Versailhes era limpo.
Quanto ao cidadão comum, fazia a mesma coisa. Um homem ou mulher a quem desse vontade de fazer as suas necessidade, fazia-as (o ratochino manda um beijinho) em qualquer lugar: na rua, frente a uma igreja, à porta de uma casa. E as senhoras apanhadas desprevenidas também se aliviavam no meio da rua, onde desse, sem xaile a proteger ou guardas a fazer uma cerca. Havia quem se queixasse e havia quem achasse uma grande liberdade poder fazer as suas necessidades no meio da rua, onde lhe aprouvesse. As senhoras que íam à igreja já começavam a ficar um pouco agastadas por não poderem, como os homens, urinar de pé e por isso levavam, quando saiam para a missa o seu próprio bacio. Como a roupa interior era escassa e muitas pessoas das classes mais baixas nem a usavam, muitas mulheres urinavam de pé. Essa era alías uma prática comum até há pouco tempo e diz-se que as mulheres ciganas ainda urinam de pé, no meio da rua graças às suas saias compridas às quais depois podem limpar-se. Quanto aos flatos, era de bom tom tossir para disfarçar o barulho. (É por isso que fico muito desconfiada quando vou à ópera!)
Com a entrada na Modernidade as classes com mais dinheiro começaram a associar o acto de defecar e urinar ao de tomar banho ou arranjar-se e por isso, mas também por uma questão de comodidade, as latrinas passam a fazer parte da casa-de-banho que é interior. O senhor e a senhora podem agora estar no mesmo espaço físico enquanto um deles se alivia numa linda imagem de promiscuidade. Ou intimidade, depende. Na rua a alternativa ao fazer de pé ou agachado em qualquer sítio é o sanitário público que logo caiu em desgraça por ser sinónimo de promiscuidade.
"Inter facces et urinam nascimur", disse Santo Agostinho. Pois, mas quando a escrevemos, pelo menos não cheira, como dizia Roland Barthes. E para este novo ano, muita m**** que é como quem diz: bom ano novo e com muita sorte.
*embora a Escatologia possa ser uma coisa completamente diferente.
posted by beluga at 12:03 AM
Ah, ela é lusitana.
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Estava a reler a História do Pudor de Jean Bologne quando descobri uma curiosidade sob a forma como os antigos encaravam os se4us escrementos, o lixo que produziam e que vinha dos prórorios, isto tendo em conta a forma como se livravam dele. Era comum comer frente aos outros, mas seria comum defecar e urinar frente aos outros? Os Gregos achavam bizarros os costumes egípcios: comiam na rua, mas satisfaziam as suas necessidades fisiológicas em casa, o que quer dizer que para estes o que era vergonhoso ao corpo tinha de ser privado do olhar alheio, mas as necessidades de outra ordem podem ficar à vista de todos. Os Gregos, como podemos depreender, faziam exactamente o contrário: defecavam e urinavam no exterior, fora de casa, mas comiam em casa. A Cloaca Maxima, ou rede de esgotos construída em Roma em parte devido aos hábitos vindos dos Gregos, era o espelho de uma sociedade que se preocupava com a limpeza do corpo, mas que o fazia em comunidade, tanto como fazia em comunidade a limpeza da alma (corpo sano, mente sana). Assim era possível ver homens a conviver nas piscinas públicas que funcionavam por três fases de banho (frigidarium, caldarium e tepidarium), bem como nas latrinas públicas. Nos banhos faziam negócios, nas latrinas públicas fazia-se conversa e esperava-se ser convidado para o serão em casa de X ou Z. Além disso a urina tinha outro papel: como continha amoníaco (em contacto com o ar liberta amoníaco), era utilizada para lavar peças de roupa o que fazia com que as pessoas, por mais que se lavassem, nunca cheirassem bem. Mais tarde os celtas inventaram os sabão feito de gordura animal e cinzas e já na Idade Méda alguém teve o bom senso de adicionar essências e pétalas de flores.
O costume de partilhar com desconhecidos o espaço físico para fazer as necessidades fisiológicas durou até à Revolução Francesa, pelo menos em França. Mas até aí, muito foi o que se passou na História da Escatologia que passo a referir brevemente se tal não vos enojar para primeiro dia do ano. Pelo menos fica dito já, para depois uma pessoa não andar com m*****. Na Idade Média, por exemplo, a questão dos excermenteos era muito ambígua. Até se costuma dizer que a atribuição da denominação "Idade das Trevas" está desactualizada pois nessa altura muitos foram os mecanismos criados para dar mais conforto à vida das pessoas. Em termos de higiene era comum, entre a classe mais elevada, os senhores lavarem sempre as mãos, frente aos convivas e já à mesa, antes das refeições. Nas latrinas medievais existentes nos mosteiros existia sempre um certo pudor devido à latente promiscuidade. As latrinas eram comun, mas só era possível entrar lá com a cabeça coberta (excepto os mais novos que só a cobriam quando já sentados) e digamos que as latrinas eram locais de convívio nocturno. Mas voltando ao domínio palaciano, podemos dizer que por volta do século XVI as latrinas comuns desaparecem dos palácios dando vez às cadeiras furadas. As cadeiras furadas eram, para os monarcas, o trono alternativo, o trono de "quando a vontade apertava". Eram cadeiras normais que estavam furadas no assento e em baixo, posicionado na direcção do furo, encontrava-se aquilo que os romanos designavam por dolia curta; ou seja, um pote, um penico para a urina e para as fezes. Mas os reis não estavam sozinhos quando defecavam: recebiam na cadeira furada e olhem que era uma honra para qualquer pessoa ser recebido pelo rei quando este estava na cadeira furada a fazer as suas necessidades fisiológicas. Muitos monarcas foram mesmo assassinados assim pois estavm impotentes perante o assassino. Nenhum rei iria erguer-se da sua cadeira furada, com os calções bufantes a arrastar pelos tornozelos, com o rabiosque sabe-se lá em que estado, e defrontar o inimigo vestido, armado e sem vontade de urinar! E cabia aos aios limpar o rabiosque real com folhas de árvores, musgo, algodão ou flanela para os mais afortunados. Não se aconselhava folhas de eucalipto que deixava o "respectivo" em brasa. Ah pois é!
No Renascimento este pudor aumenta de uma forma muito evidente primcipalmente no que concerne à pintura. Vejamos que nem a Idade Média cobre as partes pudibundas dos seus frescos e estátuas como o Renascimento. Os portais de muitas catedrais europeias têm mais cenas eróticas e de nu que muitas piunturas do Renascimento que cobriu o sexo com panos e achava indecente que uma mulher mostrasse mais que os seios. A nudez não é aplicada a pessoas de carne e osso, mas a seres mitológicos e bíblicos. Leonardo da Vinci que serviu a corte de Ludovico alertou o seu amo para a necessidade dos convivas não urinarem nos cantos da sala onde ía ser servida a refeição. Sim, essa era uma prática comum: Nos jantares os criados bem passavam com os bacios, mas era de mau tom pedir para usá-los ates de ir para mesa para não atrasar a refeição. Quando havia poucos bacios e criados e muitos convidados com vontade de urinar, urinava-se onde era possível: atrás dos cortinados, na lareira, nas varandas... Henrique III de França ordena aos seus criados para limparem o castelo todos os dias antes do monarca acordar, tal é a porcaria. Henrique IV proíbe que se defeque ou urine nos quartos do palácio, ordem que não tem efeitos imediatos. Luís XIV mudava frequentemente de palácio para fugir ao cheiro nauseabundo das suas habitações. Era costume a corte defecar e urinar em qualquer local dentro do palácio e não obsatante o grande número de quartos, chegava a uma determinada altura que era impossível fazer as necessidades num sítio que não estivesse já "ocupado". Por isso era necessário mudar ir para outro palácio enquanto Versailhes era limpo.
Quanto ao cidadão comum, fazia a mesma coisa. Um homem ou mulher a quem desse vontade de fazer as suas necessidade, fazia-as (o ratochino manda um beijinho) em qualquer lugar: na rua, frente a uma igreja, à porta de uma casa. E as senhoras apanhadas desprevenidas também se aliviavam no meio da rua, onde desse, sem xaile a proteger ou guardas a fazer uma cerca. Havia quem se queixasse e havia quem achasse uma grande liberdade poder fazer as suas necessidades no meio da rua, onde lhe aprouvesse. As senhoras que íam à igreja já começavam a ficar um pouco agastadas por não poderem, como os homens, urinar de pé e por isso levavam, quando saiam para a missa o seu próprio bacio. Como a roupa interior era escassa e muitas pessoas das classes mais baixas nem a usavam, muitas mulheres urinavam de pé. Essa era alías uma prática comum até há pouco tempo e diz-se que as mulheres ciganas ainda urinam de pé, no meio da rua graças às suas saias compridas às quais depois podem limpar-se. Quanto aos flatos, era de bom tom tossir para disfarçar o barulho. (É por isso que fico muito desconfiada quando vou à ópera!)
Com a entrada na Modernidade as classes com mais dinheiro começaram a associar o acto de defecar e urinar ao de tomar banho ou arranjar-se e por isso, mas também por uma questão de comodidade, as latrinas passam a fazer parte da casa-de-banho que é interior. O senhor e a senhora podem agora estar no mesmo espaço físico enquanto um deles se alivia numa linda imagem de promiscuidade. Ou intimidade, depende. Na rua a alternativa ao fazer de pé ou agachado em qualquer sítio é o sanitário público que logo caiu em desgraça por ser sinónimo de promiscuidade.
"Inter facces et urinam nascimur", disse Santo Agostinho. Pois, mas quando a escrevemos, pelo menos não cheira, como dizia Roland Barthes. E para este novo ano, muita m**** que é como quem diz: bom ano novo e com muita sorte.
*embora a Escatologia possa ser uma coisa completamente diferente.
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COMO PEGAR MENTIROSOS
Embora os dois textos abaixo possam se voltar a vida pessoal, acredito que podem ajudar bastante na hora de montar uma "cena" em quadrinhos ou qualquer outro tipo de narrativa (Um policial, por exemplo). São meio longos... Mas os encontrei assim. Só não vão ficar espalhando... Depois os mentirosos aprendem os truques e como é que a gente irá pegar eles depois...?
Como pegar um mentiroso
COMO RECONHECER UMA MENTIRA E DESMASCARAR MENTIROSOS
http://www.acidezmental.com/comodesmascararmentirosos.html
Sabemos que a honestidade é a base de qualquer relacionamento humano. Mas, muitas vezes mais do que gostaríamos, as pessoas deixam de ser honestas conosco e passam a mentir descaradamente.
Chegou a hora de saber as reais intenções das pessoas e impedir que elas tirem vantagem de você!
Apresento-lhe aqui os 30 sinais de uma mentira e métodos eficazes para você desmascarar mentirosos. Inclusive técnicas avançadas para você arrancar a verdade até de atores profissionais e políticos!
RECONHECENDO UMA MENTIRA
1. A pessoa fará pouco ou nenhum contato direto nos olhos;
2. A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos braços e das mãos. Quando tais movimentos ocorrem, eles parecem rígidos e mecânicos. As mãos, os braços e as pernas tendem a ficar encolhidos contra o corpo e a pessoa ocupa menos espaço;
3. Uma ou ambas as mãos podem ser levadas ao rosto (a mão pode cobrir a boca, indicando que ela não acredita - ou está insegura - no que está dizendo). Também é improvável que a pessoa toque seu peito com um gesto de mão aberta;
4. A fim de parecer mais tranqüila, a pessoa poderá se encolher um pouco;
5. Não há sincronismo entre gestos e palavras;
6. A cabeça se move de modo mecânico;
7. Ocorre o movimento de distanciamento da pessoa para longe de seu acusador, possivelmente em direção à saída;
8. A pessoa que mente reluta em se defrontar com seu acusador e pode virar sua cabeça ou posicionar seu corpo para o lado oposto;
9. O corpo ficará encolhido. É improvável que permaneça ereto;
10. Haverá pouco ou nenhum contato físico por parte da pessoa durante a tentativa de convencê-lo;
11. A pessoa não apontará seu dedo para quem está tentando convencer;
12. Observe para onde os olhos da pessoa se movem na hora da resposta de sua pergunta. Se olhar para cima e à direita, e for destra, tem grandes chances de estar mentindo.
13. Observe o tempo de demora na resposta de sua pergunta. Uma demora na resposta indica que ela está criando a desculpa e em seguida verificando se esta é coerente ou não. A pessoa que mente não consegue responder automaticamente à sua pergunta.
14. A pessoa que mente adquire uma expressão corporal mais relaxada quando você muda de assunto.
15. Se a pessoa ficar tranqüila enquanto você a acusa, então é melhor desconfiar. Dificilmente as pessoas ficam tranqüilas enquanto são acusadas por algo que sabem que são inocentes. A tendência natural do ser humano é manter um certo desespero para provar que é inocente. Por outro lado, a pessoa que mente fica quieta, evitando a todo custo falar de mais detalhes sobre a acusação;
16. Quem mente utilizará as palavras de quem o ouve para afirmar seu ponto de vista;
17. A pessoa que mente continuará acrescentando informações até se certificar de que você se convenceu com o que ela disse;
18. Ela pode ficar de costas para a parede, dando a impressão que mentalmente está pronta para se defender;
19. Em relação à história contada, o mentiroso, geralmente, deixa de mencionar aspectos negativos;
20. Um mentiroso pode estar pronto para responder as suas perguntas, mas ele mesmo não coloca nenhuma questão.
21. A pessoa que mente pode utilizar as seguintes frases para ganhar tempo, a fim de pensar numa resposta (ou como forma de mudar de assunto): "Por que eu mentiria para você?", "Para dizer a verdade...", "Para ser franco...", "De onde você tirou essa idéia?", "Por que está me perguntando uma coisa dessas?", "Poderia repetir a pergunta?", "Eu acho que este não é um bom lugar para se discutir isso", "Podemos falar mais tarde a respeito disso?", "Como se atreve a me perguntar uma coisa dessas?";
22. Ela evita responder, pedindo para você repetir a pergunta, ou então responde com outra pergunta;
23. A pessoa utiliza de humor e sarcasmo para aliviar as preocupações do interlocutor;
24. A pessoa que está mentindo pode corar, transpirar e respirar com dificuldade;
25. O corpo da pessoa mentirosa pode ficar trêmulo: as mãos podem tremer. Se a pessoa estiver escondendo as mãos, isso pode ser uma tentativa de ocultar um tremor incontrolável.
26. Observe a voz. Ela pode falhar e a pessoa pode parecer incoerente;
27. Voz fora do tom: as cordas vocais, como qualquer outro músculo, tendem a ficar enrijecidos quando a pessoa está sob pressão. Isso produzirá um som mais alto.
28. Engolir em seco: a pessoa pode começar a engolir em seco.
29. Pigarrear: Se ela estiver mentindo têm grandes chances de pigarrear enquanto fala com você. Devido à ansiedade, o muco se forma na garganta, e uma pessoa que fala em público, se estiver nervosa, pode pigarrear para limpar a garganta antes de começar a falar.
30. Já reparou que quando estamos convictos do que estamos dizendo, nossas mãos e braços gesticulam, enfatizando nosso ponto de vista e demonstrando forte convicção? A pessoa que mente não consegue fazer isso. Esteja atento.
DESMASCARANDO O MENTIROSO
Chegou a hora de usarmos um sofisticado e abrangente sistema de questionamentos que fará com que qualquer pessoa fale a verdade em apenas alguns minutos em qualquer conversa ou situação. Vou lhe armar com as melhores munições possíveis para que você vença rapidamente a batalha verbal e chegue até a verdade. Os resultados serão verdadeiramente surpreendentes. Importante: Não esqueça de observar as respostas não-verbais (inconscientes) - os sinais que você acabou de aprender - após a sua pergunta.
1. Não acuse - Insinue: O objetivo é fazer uma pergunta que não represente nenhuma acusação, mas que insinue o possível comportamento da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) foi infiel na noite passada. Pergunta incorreta: "Você andou me traindo?"
· Pergunta correta: "Aconteceu alguma coisa diferente na noite passada?" Observe sua expressão corporal e alguma possível pista de preocupação e nervosismo com sua pergunta. Qualquer resposta do tipo: "Porque perguntou isso?" ou "Alguém te falou alguma coisa?", seguidas de um certo nervosismo, indicam forte preocupação por parte da pessoa. Ela não estaria preocupada em saber porque você está fazendo tal pergunta, a menos que pense que você pode estar sabendo o que ela não quer que você saiba.
2. Situação semelhante: Aqui você vai apresentar uma situação semelhante à que suspeita que esteja acontecendo. O bom é que vai poder falar sobre o assunto sem parecer acusatório.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) está lhe traindo.
· Pergunta incorreta: "Você está me traindo com Fulana (o) de Tal?"
· Pergunta correta: "Sabe, minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me disse que está muito desconfiada (o) do (a) seu (sua) namorado (a). Ela (e) tem quase certeza que ele (a) está cometendo uma traição. Ele (a) fica muito estranho (a) e nervoso (a) quando ela (e) fala sobre histórias de traição. O que você acha disso?" Se a pessoa for culpada, ficará preocupada, constrangida ou embaraçada e vai querer rapidamente mudar de assunto. Porém, se a pessoa achar que sua pergunta é interessante e ela for inocente, poderá iniciar uma conversa a respeito da pergunta. Esta é uma forte indicação de inocência, porque ela não tem receio de discutir o tema e não está investigando por quê você faz a pergunta.
3. Não é surpreendente?: Como no exemplo acima, aqui você vai abordar o assunto, mas de uma forma geral. Nos permitirá uma grande percepção de culpa ou inocência da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você desconfia que seu (sua) noivo (a) está saindo com outra (o)
· Pergunta incorreta: "Você está saindo com outra (o)?"
· Pergunta correta: "Olha que absurdo... Hoje minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me contou que pegou seu (a) noivo (a) com outra (o). Não é impressionante como alguém consegue ser infiel e não ter receio de ser desmascarado?" Quaisquer respostas que demonstrem reações de embaraço, nervosismo ou constrangimento, seguidas de perguntas como: "Por que está me perguntado isso?", além de tentativas de mudança de assunto, demonstram grande carga de preocupação e culpa.
4. Atacando o ego da pessoa. Aqui vamos usar o ego da pessoa contra ela própria. Vamos dizer a ela que jamais seria capaz de confessar, pois está sendo 'pressionada' por outra pessoa à não dizer a verdade e que essa pessoa manda nela. Esta técnica é muito usada por policiais.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você tem quase certeza que Fulano (a) roubou sua empresa
· Pergunta incorreta: "Vai confessar que roubou minha empresa, ou não?"
· Pergunta correta: "Acho que já sei qual é o problema: Você não me diz a verdade porque alguém manda em você. Você não tem o poder para decidir isso. Tem outra pessoa por trás disso e você não quer 'ficar mal' com ela, não é?" O mais incrível é que geralmente as pessoas acabam confessando e se sentindo orgulhosas de ter feito isso.
5. Indução: Aqui está uma poderosa técnica. Particularmente, já utilizei e obtive ótimos resultados. Elabore uma pergunta que restrinja sua resposta a algo que a pessoa pense ser positivo, de forma que ela não se importe em responder sinceramente.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Alguém viu seu (a) namorado (a) numa festa na noite passada.
· Pergunta incorreta: "Você andou fazendo festa escondido de mim?"
· Pergunta correta: "Ontem, você chegou em casa após as 24h, não foi?" Se a pessoa tiver ficado em casa, ficará livre para responder, mas se tiver, realmente saído, mesmo assim se sentirá a vontade em responder sinceramente, porque você deu a entender que já sabia e não havia problemas. O fato de a pessoa ter voltado para casa de madrugada não está em questão. O importante é que você conseguiu a resposta à verdadeira pergunta.
6. Bumerangue psicológico: Com esta técnica, você diz à pessoa que ela fez algo bom, e não mau. Assim, ela ficará, completamente livre para lhe dizer toda a verdade.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você suspeita que fulano (a) está roubando sua empresa.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você anda me roubando?"
· Pergunta correta: "Ei, Fulano (a)! Acho que podemos nos tornar sócios muito ricos! Parece que você, ultimamente, tem 'passado à perna' em mim, mas está tudo bem. Nós podemos trabalhar juntos, seu (sua) espertinho (a)! Me conte mais sobre suas incríveis técnicas... Quero aprender tudo!" Você quer aparentar que está contente por saber o que a pessoa está fazendo. Ela não terá saída e vai se abrir para você.
Outro exemplo: (Utilizado em entrevistas para emprego)
· Suspeita: Você suspeita que o candidato à vaga oferecida mentiu sobre as informações em seu currículo.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você andou colocando informações falsas em seu currículo?"
· Pergunta correta: "Fulano (a), nós dois sabemos que todo mundo inventa um pouco sobre seu currículo. Pessoalmente, acho que isso demonstra coragem, porque a pessoa não tem medo de assumir novas responsabilidades. Me diga, quais partes em que você foi mais criativo no seu currículo?"
7. Paranóia: Esta técnica de sugestão é muito poderosa e pode induzir a um estado temporário de paranóia na pessoa - principalmente se várias pessoas falarem a mesma coisa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você suspeita que sua (seu) colega de trabalho está roubando o material de escritório da empresa
· Pergunta incorreta: "Fulana (o), você anda roubando o material de escritório?"
· Pergunta correta: "Fulana (o), acho que todo mundo já sabe sobre o material. Já reparou que, às vezes, eles ficam encarando você?" Se ela for mesmo culpada, vai se sentir encarada por todos e logo passará a aceitar a sugestão de que todos já estão sabendo do roubo. Você poderá verificar isso na sua expressão corporal de tensão e pavor, seguida de uma atitude de desconfiança diante das pessoas. Caso ela não seja culpada, não demonstrará nenhuma atitude e apenas vai achar que você está brincando com ela.
Como pegar um mentiroso
COMO RECONHECER UMA MENTIRA E DESMASCARAR MENTIROSOS
http://www.acidezmental.com/comodesmascararmentirosos.html
Sabemos que a honestidade é a base de qualquer relacionamento humano. Mas, muitas vezes mais do que gostaríamos, as pessoas deixam de ser honestas conosco e passam a mentir descaradamente.
Chegou a hora de saber as reais intenções das pessoas e impedir que elas tirem vantagem de você!
Apresento-lhe aqui os 30 sinais de uma mentira e métodos eficazes para você desmascarar mentirosos. Inclusive técnicas avançadas para você arrancar a verdade até de atores profissionais e políticos!
RECONHECENDO UMA MENTIRA
1. A pessoa fará pouco ou nenhum contato direto nos olhos;
2. A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos braços e das mãos. Quando tais movimentos ocorrem, eles parecem rígidos e mecânicos. As mãos, os braços e as pernas tendem a ficar encolhidos contra o corpo e a pessoa ocupa menos espaço;
3. Uma ou ambas as mãos podem ser levadas ao rosto (a mão pode cobrir a boca, indicando que ela não acredita - ou está insegura - no que está dizendo). Também é improvável que a pessoa toque seu peito com um gesto de mão aberta;
4. A fim de parecer mais tranqüila, a pessoa poderá se encolher um pouco;
5. Não há sincronismo entre gestos e palavras;
6. A cabeça se move de modo mecânico;
7. Ocorre o movimento de distanciamento da pessoa para longe de seu acusador, possivelmente em direção à saída;
8. A pessoa que mente reluta em se defrontar com seu acusador e pode virar sua cabeça ou posicionar seu corpo para o lado oposto;
9. O corpo ficará encolhido. É improvável que permaneça ereto;
10. Haverá pouco ou nenhum contato físico por parte da pessoa durante a tentativa de convencê-lo;
11. A pessoa não apontará seu dedo para quem está tentando convencer;
12. Observe para onde os olhos da pessoa se movem na hora da resposta de sua pergunta. Se olhar para cima e à direita, e for destra, tem grandes chances de estar mentindo.
13. Observe o tempo de demora na resposta de sua pergunta. Uma demora na resposta indica que ela está criando a desculpa e em seguida verificando se esta é coerente ou não. A pessoa que mente não consegue responder automaticamente à sua pergunta.
14. A pessoa que mente adquire uma expressão corporal mais relaxada quando você muda de assunto.
15. Se a pessoa ficar tranqüila enquanto você a acusa, então é melhor desconfiar. Dificilmente as pessoas ficam tranqüilas enquanto são acusadas por algo que sabem que são inocentes. A tendência natural do ser humano é manter um certo desespero para provar que é inocente. Por outro lado, a pessoa que mente fica quieta, evitando a todo custo falar de mais detalhes sobre a acusação;
16. Quem mente utilizará as palavras de quem o ouve para afirmar seu ponto de vista;
17. A pessoa que mente continuará acrescentando informações até se certificar de que você se convenceu com o que ela disse;
18. Ela pode ficar de costas para a parede, dando a impressão que mentalmente está pronta para se defender;
19. Em relação à história contada, o mentiroso, geralmente, deixa de mencionar aspectos negativos;
20. Um mentiroso pode estar pronto para responder as suas perguntas, mas ele mesmo não coloca nenhuma questão.
21. A pessoa que mente pode utilizar as seguintes frases para ganhar tempo, a fim de pensar numa resposta (ou como forma de mudar de assunto): "Por que eu mentiria para você?", "Para dizer a verdade...", "Para ser franco...", "De onde você tirou essa idéia?", "Por que está me perguntando uma coisa dessas?", "Poderia repetir a pergunta?", "Eu acho que este não é um bom lugar para se discutir isso", "Podemos falar mais tarde a respeito disso?", "Como se atreve a me perguntar uma coisa dessas?";
22. Ela evita responder, pedindo para você repetir a pergunta, ou então responde com outra pergunta;
23. A pessoa utiliza de humor e sarcasmo para aliviar as preocupações do interlocutor;
24. A pessoa que está mentindo pode corar, transpirar e respirar com dificuldade;
25. O corpo da pessoa mentirosa pode ficar trêmulo: as mãos podem tremer. Se a pessoa estiver escondendo as mãos, isso pode ser uma tentativa de ocultar um tremor incontrolável.
26. Observe a voz. Ela pode falhar e a pessoa pode parecer incoerente;
27. Voz fora do tom: as cordas vocais, como qualquer outro músculo, tendem a ficar enrijecidos quando a pessoa está sob pressão. Isso produzirá um som mais alto.
28. Engolir em seco: a pessoa pode começar a engolir em seco.
29. Pigarrear: Se ela estiver mentindo têm grandes chances de pigarrear enquanto fala com você. Devido à ansiedade, o muco se forma na garganta, e uma pessoa que fala em público, se estiver nervosa, pode pigarrear para limpar a garganta antes de começar a falar.
30. Já reparou que quando estamos convictos do que estamos dizendo, nossas mãos e braços gesticulam, enfatizando nosso ponto de vista e demonstrando forte convicção? A pessoa que mente não consegue fazer isso. Esteja atento.
DESMASCARANDO O MENTIROSO
Chegou a hora de usarmos um sofisticado e abrangente sistema de questionamentos que fará com que qualquer pessoa fale a verdade em apenas alguns minutos em qualquer conversa ou situação. Vou lhe armar com as melhores munições possíveis para que você vença rapidamente a batalha verbal e chegue até a verdade. Os resultados serão verdadeiramente surpreendentes. Importante: Não esqueça de observar as respostas não-verbais (inconscientes) - os sinais que você acabou de aprender - após a sua pergunta.
1. Não acuse - Insinue: O objetivo é fazer uma pergunta que não represente nenhuma acusação, mas que insinue o possível comportamento da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) foi infiel na noite passada. Pergunta incorreta: "Você andou me traindo?"
· Pergunta correta: "Aconteceu alguma coisa diferente na noite passada?" Observe sua expressão corporal e alguma possível pista de preocupação e nervosismo com sua pergunta. Qualquer resposta do tipo: "Porque perguntou isso?" ou "Alguém te falou alguma coisa?", seguidas de um certo nervosismo, indicam forte preocupação por parte da pessoa. Ela não estaria preocupada em saber porque você está fazendo tal pergunta, a menos que pense que você pode estar sabendo o que ela não quer que você saiba.
2. Situação semelhante: Aqui você vai apresentar uma situação semelhante à que suspeita que esteja acontecendo. O bom é que vai poder falar sobre o assunto sem parecer acusatório.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) está lhe traindo.
· Pergunta incorreta: "Você está me traindo com Fulana (o) de Tal?"
· Pergunta correta: "Sabe, minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me disse que está muito desconfiada (o) do (a) seu (sua) namorado (a). Ela (e) tem quase certeza que ele (a) está cometendo uma traição. Ele (a) fica muito estranho (a) e nervoso (a) quando ela (e) fala sobre histórias de traição. O que você acha disso?" Se a pessoa for culpada, ficará preocupada, constrangida ou embaraçada e vai querer rapidamente mudar de assunto. Porém, se a pessoa achar que sua pergunta é interessante e ela for inocente, poderá iniciar uma conversa a respeito da pergunta. Esta é uma forte indicação de inocência, porque ela não tem receio de discutir o tema e não está investigando por quê você faz a pergunta.
3. Não é surpreendente?: Como no exemplo acima, aqui você vai abordar o assunto, mas de uma forma geral. Nos permitirá uma grande percepção de culpa ou inocência da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você desconfia que seu (sua) noivo (a) está saindo com outra (o)
· Pergunta incorreta: "Você está saindo com outra (o)?"
· Pergunta correta: "Olha que absurdo... Hoje minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me contou que pegou seu (a) noivo (a) com outra (o). Não é impressionante como alguém consegue ser infiel e não ter receio de ser desmascarado?" Quaisquer respostas que demonstrem reações de embaraço, nervosismo ou constrangimento, seguidas de perguntas como: "Por que está me perguntado isso?", além de tentativas de mudança de assunto, demonstram grande carga de preocupação e culpa.
4. Atacando o ego da pessoa. Aqui vamos usar o ego da pessoa contra ela própria. Vamos dizer a ela que jamais seria capaz de confessar, pois está sendo 'pressionada' por outra pessoa à não dizer a verdade e que essa pessoa manda nela. Esta técnica é muito usada por policiais.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você tem quase certeza que Fulano (a) roubou sua empresa
· Pergunta incorreta: "Vai confessar que roubou minha empresa, ou não?"
· Pergunta correta: "Acho que já sei qual é o problema: Você não me diz a verdade porque alguém manda em você. Você não tem o poder para decidir isso. Tem outra pessoa por trás disso e você não quer 'ficar mal' com ela, não é?" O mais incrível é que geralmente as pessoas acabam confessando e se sentindo orgulhosas de ter feito isso.
5. Indução: Aqui está uma poderosa técnica. Particularmente, já utilizei e obtive ótimos resultados. Elabore uma pergunta que restrinja sua resposta a algo que a pessoa pense ser positivo, de forma que ela não se importe em responder sinceramente.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Alguém viu seu (a) namorado (a) numa festa na noite passada.
· Pergunta incorreta: "Você andou fazendo festa escondido de mim?"
· Pergunta correta: "Ontem, você chegou em casa após as 24h, não foi?" Se a pessoa tiver ficado em casa, ficará livre para responder, mas se tiver, realmente saído, mesmo assim se sentirá a vontade em responder sinceramente, porque você deu a entender que já sabia e não havia problemas. O fato de a pessoa ter voltado para casa de madrugada não está em questão. O importante é que você conseguiu a resposta à verdadeira pergunta.
6. Bumerangue psicológico: Com esta técnica, você diz à pessoa que ela fez algo bom, e não mau. Assim, ela ficará, completamente livre para lhe dizer toda a verdade.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você suspeita que fulano (a) está roubando sua empresa.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você anda me roubando?"
· Pergunta correta: "Ei, Fulano (a)! Acho que podemos nos tornar sócios muito ricos! Parece que você, ultimamente, tem 'passado à perna' em mim, mas está tudo bem. Nós podemos trabalhar juntos, seu (sua) espertinho (a)! Me conte mais sobre suas incríveis técnicas... Quero aprender tudo!" Você quer aparentar que está contente por saber o que a pessoa está fazendo. Ela não terá saída e vai se abrir para você.
Outro exemplo: (Utilizado em entrevistas para emprego)
· Suspeita: Você suspeita que o candidato à vaga oferecida mentiu sobre as informações em seu currículo.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você andou colocando informações falsas em seu currículo?"
· Pergunta correta: "Fulano (a), nós dois sabemos que todo mundo inventa um pouco sobre seu currículo. Pessoalmente, acho que isso demonstra coragem, porque a pessoa não tem medo de assumir novas responsabilidades. Me diga, quais partes em que você foi mais criativo no seu currículo?"
7. Paranóia: Esta técnica de sugestão é muito poderosa e pode induzir a um estado temporário de paranóia na pessoa - principalmente se várias pessoas falarem a mesma coisa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você suspeita que sua (seu) colega de trabalho está roubando o material de escritório da empresa
· Pergunta incorreta: "Fulana (o), você anda roubando o material de escritório?"
· Pergunta correta: "Fulana (o), acho que todo mundo já sabe sobre o material. Já reparou que, às vezes, eles ficam encarando você?" Se ela for mesmo culpada, vai se sentir encarada por todos e logo passará a aceitar a sugestão de que todos já estão sabendo do roubo. Você poderá verificar isso na sua expressão corporal de tensão e pavor, seguida de uma atitude de desconfiança diante das pessoas. Caso ela não seja culpada, não demonstrará nenhuma atitude e apenas vai achar que você está brincando com ela.
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
TÉCNICAS AVANÇADAS PARA REVELAR A VERDADE: OS TRUQUES DOS PROFISSIONAIS.
As técnicas abaixo devem ser usadas caso você esteja muito desconfiado da pessoa e ela se recusa a confessar.
Céu e inferno: Esta técnica cria uma espécie de fobia na pessoa e a única saída é confessar a verdade para você. Aqui usamos as forças que moldam o comportamento humano: Dor e o Prazer nos seus limites para nos revelar a verdade.
Exemplo de uso:
Se você acha que sua colega de trabalho está roubando o material de escritório da empresa. Você falaria: "Fulana, já sei da verdade. Sei também que você já está se arrependendo de ter feito isso. Podemos resolver isso agora. Você pode me contar tudo e esquecemos isso para sempre. Ninguém mais ficará sabendo e você continuará no seu emprego. Mas, pode escolher um caminho mais doloroso: Posso ir até nosso chefe e falar para ele. Você sabe que isso seria demissão na certa, não é? Além do mais sua imagem ficaria suja. Imagina todos seus colegas comentando sobre o que você fez? Portanto, para o seu bem, me confesse agora e terminamos com isso de uma vez por todas". Se vincularmos dor intensa e insuportável à idéia de mentir e prazer imediato à idéia de falar a verdade, ela só terá uma saída: falar a verdade!
Curto circuito: Com essa técnica você cria uma confusão mental na pessoa, enquanto implanta sugestões diretamente no inconsciente. Ela ficará confusa com a frase de abertura (estão em sublinhado nos exemplos abaixo) e entrará num leve transe enquanto você lança uma frase com comandos implícitos (estão em negrito) que serão completamente absorvidos pelo seu inconsciente.
Exemplo de uso:
"Fulano (a), você pode muito bem acreditar nas coisas que pensava que sabia, e, se você quer... dizer a verdade... ou... não quer dizer a verdade...a decisão é sua. Portanto, me... diga a verdade..., agora!" Essa sentença é registrada pelo inconsciente em sua totalidade. Os comandos, "dizer a verdade", "diga a verdade" (Muito importante: o inconsciente não registra uma negativa - o 'não') e "agora" são enviados diretamente para o inconsciente, sem a pessoa - a parte consciente - se dar conta e mostrar resistência.
Outro exemplo:
Fulano (a). Eu não quero que você diga nada, a menos que, realmente, queira. E entendo que você já esqueceu o que havia pensado em querer, não é? Se estiver pensando consigo mesmo algo como... eu quero dizer à você, então simplesmente... diga ... Quando perceber que... esta é a decisão certa...você... irá me dizer a verdade... agora!
Importante:
· Antes e depois do comando - que está em negrito - você deve dar uma pausa (...)
· Ao dar o comando, aumente um pouco a voz e utilize uma tonalidade descendente.
· Gesticule com as mãos ao dizer o comando.
Você também pode usar a técnica do curto circuito, com o intuito de apenas interromper a linha de raciocínio de uma pessoa. Utilize as frases abaixo quando quiser tomar o controle de uma conversa, ou temporariamente confundir a pessoa, enquanto você reúne seus próprios pensamentos. Abaixo você tem algumas frases que desenvolvi. Não esqueça de gesticular enquanto fala. Use com moderação. Se usar várias delas seguidas, poderá provocar uma forte confusão mental na pessoa.
· Porque você ainda acredita em algo que duvidava?
· Você, realmente, ainda acredita nas coisas que pensava que sabia?
· Você duvidaria menos se acreditasse mais nas coisas que imaginava que sabia?
· Você não lembra do que havia esquecido?
· Se acreditasse mais nas coisas que falou, duvidaria menos das coisas que escutou?
· Você acredita nas coisas que já sabia?
· Como pode acreditar nas coisas que pensa que sabia?
· Essa pergunta significa que você ainda duvida das coisas que imaginava serem verdadeiras, não é?
· Você acredita mesmo, que já sabia disso?
· Porque me perguntou algo que já sabia?
· Se você já acreditava nisso, porque pensou que têm dúvidas?
· Se você não esperava que eu acreditasse numa coisa dessas, porque me contou?
· Você está concordando com uma coisa que já sabia, não é?
· Como pode concordar de algo que acreditava ser mentira, antes mesmo de aceitar a verdade?
· Quanto mais você acredita nas coisas que duvidava, mais concorda com a possibilidade de que tudo não passou de uma grande mentira?
As técnicas abaixo devem ser usadas caso você esteja muito desconfiado da pessoa e ela se recusa a confessar.
Céu e inferno: Esta técnica cria uma espécie de fobia na pessoa e a única saída é confessar a verdade para você. Aqui usamos as forças que moldam o comportamento humano: Dor e o Prazer nos seus limites para nos revelar a verdade.
Exemplo de uso:
Se você acha que sua colega de trabalho está roubando o material de escritório da empresa. Você falaria: "Fulana, já sei da verdade. Sei também que você já está se arrependendo de ter feito isso. Podemos resolver isso agora. Você pode me contar tudo e esquecemos isso para sempre. Ninguém mais ficará sabendo e você continuará no seu emprego. Mas, pode escolher um caminho mais doloroso: Posso ir até nosso chefe e falar para ele. Você sabe que isso seria demissão na certa, não é? Além do mais sua imagem ficaria suja. Imagina todos seus colegas comentando sobre o que você fez? Portanto, para o seu bem, me confesse agora e terminamos com isso de uma vez por todas". Se vincularmos dor intensa e insuportável à idéia de mentir e prazer imediato à idéia de falar a verdade, ela só terá uma saída: falar a verdade!
Curto circuito: Com essa técnica você cria uma confusão mental na pessoa, enquanto implanta sugestões diretamente no inconsciente. Ela ficará confusa com a frase de abertura (estão em sublinhado nos exemplos abaixo) e entrará num leve transe enquanto você lança uma frase com comandos implícitos (estão em negrito) que serão completamente absorvidos pelo seu inconsciente.
Exemplo de uso:
"Fulano (a), você pode muito bem acreditar nas coisas que pensava que sabia, e, se você quer... dizer a verdade... ou... não quer dizer a verdade...a decisão é sua. Portanto, me... diga a verdade..., agora!" Essa sentença é registrada pelo inconsciente em sua totalidade. Os comandos, "dizer a verdade", "diga a verdade" (Muito importante: o inconsciente não registra uma negativa - o 'não') e "agora" são enviados diretamente para o inconsciente, sem a pessoa - a parte consciente - se dar conta e mostrar resistência.
Outro exemplo:
Fulano (a). Eu não quero que você diga nada, a menos que, realmente, queira. E entendo que você já esqueceu o que havia pensado em querer, não é? Se estiver pensando consigo mesmo algo como... eu quero dizer à você, então simplesmente... diga ... Quando perceber que... esta é a decisão certa...você... irá me dizer a verdade... agora!
Importante:
· Antes e depois do comando - que está em negrito - você deve dar uma pausa (...)
· Ao dar o comando, aumente um pouco a voz e utilize uma tonalidade descendente.
· Gesticule com as mãos ao dizer o comando.
Você também pode usar a técnica do curto circuito, com o intuito de apenas interromper a linha de raciocínio de uma pessoa. Utilize as frases abaixo quando quiser tomar o controle de uma conversa, ou temporariamente confundir a pessoa, enquanto você reúne seus próprios pensamentos. Abaixo você tem algumas frases que desenvolvi. Não esqueça de gesticular enquanto fala. Use com moderação. Se usar várias delas seguidas, poderá provocar uma forte confusão mental na pessoa.
· Porque você ainda acredita em algo que duvidava?
· Você, realmente, ainda acredita nas coisas que pensava que sabia?
· Você duvidaria menos se acreditasse mais nas coisas que imaginava que sabia?
· Você não lembra do que havia esquecido?
· Se acreditasse mais nas coisas que falou, duvidaria menos das coisas que escutou?
· Você acredita nas coisas que já sabia?
· Como pode acreditar nas coisas que pensa que sabia?
· Essa pergunta significa que você ainda duvida das coisas que imaginava serem verdadeiras, não é?
· Você acredita mesmo, que já sabia disso?
· Porque me perguntou algo que já sabia?
· Se você já acreditava nisso, porque pensou que têm dúvidas?
· Se você não esperava que eu acreditasse numa coisa dessas, porque me contou?
· Você está concordando com uma coisa que já sabia, não é?
· Como pode concordar de algo que acreditava ser mentira, antes mesmo de aceitar a verdade?
· Quanto mais você acredita nas coisas que duvidava, mais concorda com a possibilidade de que tudo não passou de uma grande mentira?
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Descubra se alguém mente para você
http://br.news.yahoo.com/s/29012009/48/saude-descubra-se-alguem-mente-voce.html
Qui, 29 Jan, 11h16
Por Por María Jesús Ribas/ EFE Reportagens
Por necessidade, para conseguir algo, evitar um castigo, não causar dano, sobreviver, manipular, para exagerar os méritos próprios ou dissimular os aspectos menos agradáveis de nossa personalidade, ou ainda por costume. As razões são muitas, mas o certo é que todos mentimos em algum momento, embora não gostemos de reconhecê-lo.Não é apenas importante aprender a defender a verdade, porque com o passar do tempo ela nos leva mais longe na vida; também é preciso descobrir quando nos mentem deliberadamente. Por trás da mentira podem se esconder intenções pouco benéficas para nós.
Permanecer atento a alguns elementos da conversa da pessoa com a qual nos comunicamos, sobretudo a alguns indícios muito reveladores em sua forma de se expressar, é uma das maneiras mais simples de averiguar se quem fala diz a verdade.
Os sinais do engano
As pistas não são infalíveis, mas quando se acumulam são um claro sinal de que alguém está nos "contando uma história", ao invés de nos dizer o que está acontecendo ou pensa de verdade.
É provável que uma pessoa esteja mentindo quando:
Dá uma determinada informação ou dado sem razão aparente ou nenhuma necessidade. Nesses casos convém perguntar por que faz isso, já que essa "cortina de fumaça" costuma ser um indício de que ela quer esconder outra coisa que não deseja revelar. Alguém se desculpar ou se justificar sem que o tenham pedido costuma ser outro indício inequívoco de que não está dizendo a verdade.
Lança opiniões a respeito de uma terceira pessoa ou de uma situação com uma mistura de humor e ironia que acabam sendo excessivos. As brincadeiras saudáveis são agradáveis para todos os que as ouvem, e fazem todos sorrirem por igual de maneira natural. Quando são realizados comentários com "humor demais" ou uma hilaridade forçada, costuma-se esconder alguma opinião negativa, "envenenada" ou depreciativa. O sarcasmo é um sinal frequente de hostilidade mal-dissimulada.
Dá respostas excessivamente longas ou vagas> Os mentirosos costumam recorrer a este tipo de contestação para esconder ou deformar a verdade. Também costumam fazer rodeios, ou então contestar com outra pergunta, para evitar entrar totalmente em um assunto ou se esquivar de um tema. Para comprovar se se trata de uma manobra de distração, convém esquecer o tema e voltar a abordá-lo quando o interlocutor estiver relaxado ou tenha mudado de atitude. Se ele novamente começar a dar respostas "nebulosas", há razões para suspeitar que mente ou tenta esconder a verdade.
Recorre a uma série de "frases feitas" para começar suas afirmações."Vou ser sincero com você". "A verdade é que...". "O certo é que...". "Você não vai acreditar, mas...". "O que me aconteceu é incrível!". Por trás desses comentários, que costumam se referir à veracidade do que se vai dizer, na realidade vem o contrário: uma ou várias mentiras. A pessoa que as diz sabe que está cometendo um embuste, e inconscientemente tenta compensá-lo assegurando que diz a verdade.
http://br.news.yahoo.com/s/29012009/48/saude-descubra-se-alguem-mente-voce.html
Qui, 29 Jan, 11h16
Por Por María Jesús Ribas/ EFE Reportagens
Por necessidade, para conseguir algo, evitar um castigo, não causar dano, sobreviver, manipular, para exagerar os méritos próprios ou dissimular os aspectos menos agradáveis de nossa personalidade, ou ainda por costume. As razões são muitas, mas o certo é que todos mentimos em algum momento, embora não gostemos de reconhecê-lo.Não é apenas importante aprender a defender a verdade, porque com o passar do tempo ela nos leva mais longe na vida; também é preciso descobrir quando nos mentem deliberadamente. Por trás da mentira podem se esconder intenções pouco benéficas para nós.
Permanecer atento a alguns elementos da conversa da pessoa com a qual nos comunicamos, sobretudo a alguns indícios muito reveladores em sua forma de se expressar, é uma das maneiras mais simples de averiguar se quem fala diz a verdade.
Os sinais do engano
As pistas não são infalíveis, mas quando se acumulam são um claro sinal de que alguém está nos "contando uma história", ao invés de nos dizer o que está acontecendo ou pensa de verdade.
É provável que uma pessoa esteja mentindo quando:
Dá uma determinada informação ou dado sem razão aparente ou nenhuma necessidade. Nesses casos convém perguntar por que faz isso, já que essa "cortina de fumaça" costuma ser um indício de que ela quer esconder outra coisa que não deseja revelar. Alguém se desculpar ou se justificar sem que o tenham pedido costuma ser outro indício inequívoco de que não está dizendo a verdade.
Lança opiniões a respeito de uma terceira pessoa ou de uma situação com uma mistura de humor e ironia que acabam sendo excessivos. As brincadeiras saudáveis são agradáveis para todos os que as ouvem, e fazem todos sorrirem por igual de maneira natural. Quando são realizados comentários com "humor demais" ou uma hilaridade forçada, costuma-se esconder alguma opinião negativa, "envenenada" ou depreciativa. O sarcasmo é um sinal frequente de hostilidade mal-dissimulada.
Dá respostas excessivamente longas ou vagas> Os mentirosos costumam recorrer a este tipo de contestação para esconder ou deformar a verdade. Também costumam fazer rodeios, ou então contestar com outra pergunta, para evitar entrar totalmente em um assunto ou se esquivar de um tema. Para comprovar se se trata de uma manobra de distração, convém esquecer o tema e voltar a abordá-lo quando o interlocutor estiver relaxado ou tenha mudado de atitude. Se ele novamente começar a dar respostas "nebulosas", há razões para suspeitar que mente ou tenta esconder a verdade.
Recorre a uma série de "frases feitas" para começar suas afirmações."Vou ser sincero com você". "A verdade é que...". "O certo é que...". "Você não vai acreditar, mas...". "O que me aconteceu é incrível!". Por trás desses comentários, que costumam se referir à veracidade do que se vai dizer, na realidade vem o contrário: uma ou várias mentiras. A pessoa que as diz sabe que está cometendo um embuste, e inconscientemente tenta compensá-lo assegurando que diz a verdade.
Brontops- Apagati CRTL+ALT+DEL
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Rodrigo! escreveu:caray. O.O' Isso é assustador...
"Se você acreditava nisso, por que pensou que ainda tem dúvidas?"
É de dar medo mesmo... Por isto, só gosto de discutir algumas coisas por escrito.
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¿Conformidade ou Conformismo?
Ser Maria-vai-com-as-outras é assunto de estudo científico:
Conformidade ou Conformismo?
http://dererummundi.blogspot.com/2009/01/conformidade-ou-conformismo.html
Na década de 50, Solomon Asch do Swarthmore College na Pensilvânia publicou uma série de artigos que realçavam o poder da conformidade na determinação de comportamentos individuais em grupos, algo que ficou conhecido como o «Paradigma de Asch». Asch mostrou que muitos tendem a mudar de opinião em relação a factos objectivos - nas suas experiências, as dimensões de uma linha desenhada num papel - para se conformarem às opiniões do grupo, mesmo quando este está obviamente errado.
Nas experiências de Asch participavam um «sujeito ingénuo» e um grupo previamente instruído para responder erradamente às questões colocadas. Após várias experiências, Asch chegou à conclusão de que, se isoladamente interrogados, os «sujeitos ingénuos» responderam correctamente 99% das vezes. No entanto, quando em grupo e respondendo depois dos restantes, 37% dos ingénuos seguiram a opinião errada dos outros membros do grupo. Asch comentou a propósito que: «Este resultado levanta questões sobre o modo como somos educados e sobre os valores que guiam a nossa conduta».
Desde então, vários investigadores têm sugerido que a conformidade ajuda as pessoas a ganhar aceitação social e a sentir confiança em que as suas percepções ou opiniões estão correctas. De facto, outras experiências têm indicado que levantar uma voz discordante causa ansiedade e confusão.
Um artigo recente na Neuron, sugere um papel para o nosso «brain's reinforcement learning system» na determinação do comportamento de rebanho. No artigo «Reinforcement Learning Signal Predicts Social Conformity», Vasily Klucharev, um neurocientista social da Radboud University na Holanda, confirma estudos prévios que indicavam que determinadas zonas do cérebro, áreas que se pensa fazerem parte do nosso sistema de aprendizagem, se activam quando as pessoas fazem previsões erradas em jogos e despoletam uma alteração de estratégia. Klucharev e colegas mostraram que as mesmas áreas são activadas quando a escolha de um indivíduo não se conforma à opinião do grupo.
(...)
Conformidade ou Conformismo?
http://dererummundi.blogspot.com/2009/01/conformidade-ou-conformismo.html
Na década de 50, Solomon Asch do Swarthmore College na Pensilvânia publicou uma série de artigos que realçavam o poder da conformidade na determinação de comportamentos individuais em grupos, algo que ficou conhecido como o «Paradigma de Asch». Asch mostrou que muitos tendem a mudar de opinião em relação a factos objectivos - nas suas experiências, as dimensões de uma linha desenhada num papel - para se conformarem às opiniões do grupo, mesmo quando este está obviamente errado.
Nas experiências de Asch participavam um «sujeito ingénuo» e um grupo previamente instruído para responder erradamente às questões colocadas. Após várias experiências, Asch chegou à conclusão de que, se isoladamente interrogados, os «sujeitos ingénuos» responderam correctamente 99% das vezes. No entanto, quando em grupo e respondendo depois dos restantes, 37% dos ingénuos seguiram a opinião errada dos outros membros do grupo. Asch comentou a propósito que: «Este resultado levanta questões sobre o modo como somos educados e sobre os valores que guiam a nossa conduta».
Desde então, vários investigadores têm sugerido que a conformidade ajuda as pessoas a ganhar aceitação social e a sentir confiança em que as suas percepções ou opiniões estão correctas. De facto, outras experiências têm indicado que levantar uma voz discordante causa ansiedade e confusão.
Um artigo recente na Neuron, sugere um papel para o nosso «brain's reinforcement learning system» na determinação do comportamento de rebanho. No artigo «Reinforcement Learning Signal Predicts Social Conformity», Vasily Klucharev, um neurocientista social da Radboud University na Holanda, confirma estudos prévios que indicavam que determinadas zonas do cérebro, áreas que se pensa fazerem parte do nosso sistema de aprendizagem, se activam quando as pessoas fazem previsões erradas em jogos e despoletam uma alteração de estratégia. Klucharev e colegas mostraram que as mesmas áreas são activadas quando a escolha de um indivíduo não se conforma à opinião do grupo.
(...)
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"Orkut" dos dirigentes mundiais
http://br.tecnologia.yahoo.com/article/05022009/7/tecnologia-nova-rede-social-reune-exclusivamente.html
Nova rede social reúne exclusivamente líderes mundiais Qui, 05 Fev - 11h51
O WELCOM hospedará reuniões entre mais de 10.000 pessoas; apenas chefes de governo e influentes na economia podem participar
Por Stella Dauer
Entre as decisões tomadas no Fórum Econômico Mundial em Davos, as novidades tecnológicas despontam. Uma delas é o lançamento da rede social WELCOM , destinada apenas a grandes líderes mundiais e outros influentes na economia.
De acordo com o site The Inquirer , o sistema terá como objetivo sediar futuras discussões entre as grandes figuras que estiveram presentes no Fórum.
O site, que ainda está em fase beta, pretende reunir 10.000 líderes para gerenciar crises online, resolver desafios globais, contatar especialistas e sincronizar agendas. Será possível compartilhar vídeos e documentos, além de organizar reuniões diárias.
“O WELCOM reúne os líderes, formadores de opinião e tomada de decisões mundiais em uma comunidade virtual um local único onde será possível trabalharmos juntos com eficiência e segurança, enviando opiniões e dirigindo agendas globais, regionais e industriais. O WELCOM é tanto uma comunidade quanto um recurso para auxiliar em nossos negócios e desafios mundiais de governo”, declarou o professor Klaus Schwab, um dos fundadores do Fórum Econômico Mundial.
O site Tech Crunch , que divulgou algumas imagens do site, também informou que o Fórum Econômico Mundial já utiliza outros recursos tecnológicos virtuais, como Facebook, MySpace, Twitter, Flickr e YouTube.
www.geek.com.br
****************************************
Já pensou as comunidades neste Fórum? Tipo "Terceiro Mundo é nóis!" ou "Países de fora na FIFA" ou "Ninguém acredita que não temos armas de destruição em massa" ou "Queremos uma saída para o mar", etc etc
Nova rede social reúne exclusivamente líderes mundiais Qui, 05 Fev - 11h51
O WELCOM hospedará reuniões entre mais de 10.000 pessoas; apenas chefes de governo e influentes na economia podem participar
Por Stella Dauer
Entre as decisões tomadas no Fórum Econômico Mundial em Davos, as novidades tecnológicas despontam. Uma delas é o lançamento da rede social WELCOM , destinada apenas a grandes líderes mundiais e outros influentes na economia.
De acordo com o site The Inquirer , o sistema terá como objetivo sediar futuras discussões entre as grandes figuras que estiveram presentes no Fórum.
O site, que ainda está em fase beta, pretende reunir 10.000 líderes para gerenciar crises online, resolver desafios globais, contatar especialistas e sincronizar agendas. Será possível compartilhar vídeos e documentos, além de organizar reuniões diárias.
“O WELCOM reúne os líderes, formadores de opinião e tomada de decisões mundiais em uma comunidade virtual um local único onde será possível trabalharmos juntos com eficiência e segurança, enviando opiniões e dirigindo agendas globais, regionais e industriais. O WELCOM é tanto uma comunidade quanto um recurso para auxiliar em nossos negócios e desafios mundiais de governo”, declarou o professor Klaus Schwab, um dos fundadores do Fórum Econômico Mundial.
O site Tech Crunch , que divulgou algumas imagens do site, também informou que o Fórum Econômico Mundial já utiliza outros recursos tecnológicos virtuais, como Facebook, MySpace, Twitter, Flickr e YouTube.
www.geek.com.br
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Já pensou as comunidades neste Fórum? Tipo "Terceiro Mundo é nóis!" ou "Países de fora na FIFA" ou "Ninguém acredita que não temos armas de destruição em massa" ou "Queremos uma saída para o mar", etc etc
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Data de inscrição : 16/01/2009
Internet Steampunk
Precursor da Web
Esta notícia é um tanto velha, mas perfeita pra quem quer bolar um universo steampunk. Alex Wright é um estudioso da história da "informação" e deu uma entrevista muito boa em uma revista que li em um consultório médico; Entretanto, acho quase nada dele na Internet (em português). Pior: não encontro nem menção a esta entrevista.
Seu blog é http://www.alexwright.org/blog/
http://todare.wordpress.com/2008/08/05/museu-celebra-o-verdadeiro-precursor-da-web-paul-otlet-2/
Museu celebra o verdadeiro precursor da web
Alex Wright/The New York Times
O museu dedicado a Otlet tem em seu arquivo slides, livros e milhões de fichas de catálogo originais
Em uma tarde enevoada de segunda-feira, a cidade medieval de Mons, na Bélgica, submersa na neblina, parece um lugar esquecido. Além da catedral gótica obrigatória, não há muito mais que ver por aqui, se excluirmos um pequeno museu chamado Mundaneum, que fica em uma rua estreita no canto nordeste da cidade. Ele parece ser uma casa isolada o bastante para abrigar o legado de um dos pioneiros perdidos da tecnologia: Paul Otlet.Em 1934, Otlet delineou os planos iniciais para uma rede mundial de computadores (ou “telescópios elétricos”, como os designava), cujo objetivo seria permitir que as pessoas vasculhassem milhões de documentos, imagens e arquivos de som e vídeo interligados. Ele descreveu a maneira pela qual as pessoas usariam aparelhos para trocar mensagens, arquivos e até mesmo se unir em redes sociais online. Otlet designou a estrutura como “reseau”, literalmente rede, ou, concebivelmente, “web” teia.
Os historiadores costumam traçar as origens da world wide web seguindo uma linhagem de inventores anglo-americanos como Vannevar Bush, Doug Engelbart e Ted Nelson. Mas mais de meio século antes que Tim Berners-Lee lançasse o primeiro browser, em 1991, Otlet descreveu um mundo interconectado no qual “qualquer pessoa, de sua cadeira, poderia contemplar toda a criação”.
Ainda que a proto-web de Otlet dependesse de uma colcha de retalhos de tecnologias analógicas como cartões de indexação e telégrafos, ainda assim ela antecipou a estrutura baseada em hiperlinks da web contemporânea.
“Era como que uma versão steampunk do hipertexto”, disse Kevin Kelly, ex-editor da revista Wired, que está escrevendo um livro sobre o futuro da tecnologia.
A visão de Otlet tinha por base a idéia de uma máquina operando em rede e integrando documentos por meio links simbólicos. Embora o conceito possa parecer evidente hoje, em 1934 representava uma grande inovação intelectual. “O hiperlink é uma das invenções mais subestimadas do século passado”, disse Kelly. “Mas um dia estará em companhia do rádio no panteão das grandes invenções”.
Hoje, Otlet e seu trabalho estão em larga medida esquecidos, mesmo em sua Bélgica natal. Ainda que Otlet tenha desfrutado de fama considerável durante a vida, seu legado caiu vítima de uma série de infortúnios históricos - não o menor dos quais foi a invasão da Bélgica pelos nazistas, que resultou na destruição de grande parte daquilo em que ele trabalhou durante toda sua vida.
Mas nos últimos anos um pequeno grupo de pesquisadores começou a recuperar a reputação de Otlet, publicando alguns de seus textos e arrecadando dinheiro para estabelecer seu museu e arquivo, em Mons.
Enquanto o museu Mundaneum se preparava para comemorar seu 10° aniversário, na quinta-feira, os curadores planejavam colocar parte de sua coleção na web moderna. O evento será não só uma confirmação póstuma das idéias de Otlet mas representará uma oportunidade para que sua posição na história da Internet seja reavaliada. O Mundaneum representa apenas uma curiosidade histórica, uma estrada que não foi percorrida? Ou a visão de seu criador pode ajudar a compreender a web tal qual a conhecemos hoje?
Ainda que Otlet tenha passado toda sua vida de trabalho na era anterior aos computadores, ele tinha notável senso de antecipação quanto às possibilidades da mídia eletrônica. Paradoxalmente, a visão dele sobre um futuro sem papel nasceu de um fascínio que durou toda sua vida pelos livros.
Otlet, nascido em 1868, só começou a freqüentar a escola aos 12 anos de idade. Sua mãe morreu quando ele tinha três anos; seu pai era um empresário de sucesso que fez fortuna vendendo bondes em todo o mundo. O pai preferiu não matricular Otlet na escola devido à convicção de que o estudo poderia sufocar o talento natural da criança. Deixado em casa com seus tutores e poucos amigos, Otlet levava uma vida solitária e dedicada aos livros.
Quando ele por fim começou a estudar, sua primeira atitude foi procurar a biblioteca. “Eu me trancava na biblioteca e vasculhava o catálogo, que para mim era miraculoso”, ele escreveu mais tarde.
Pouco depois de começar a estudar, ele se tornou bibliotecário da escola. Nos anos seguintes, Otlet jamais deixava a biblioteca. Ainda que seu pai o tenha pressionado a estudar Direito, ele logo deixou de lado a advocacia e retornou ao seu amor primeiro, os livros.
Em 1895, Otlet conheceu um espírito irmão, Henri LaFontaine, futuro ganhador do prêmio Nobel, que se uniu a ele na criação de uma bibliografia central contendo todo o conhecimento em forma de livro existente no mundo.
Mesmo em 1895, o projeto parecia indicar uma imensa arrogância intelectual. Os dois homens decidiram que coligiriam dados sobre todos os livros que já tivessem sido publicados, bem como uma vasta coleção de artigos de jornal, fotografias, cartazes e todos os tipos de objetos efêmeros - como panfletos - que as bibliotecas formais costumavam ignorar. Usando cartões de índice (então a mais avançada forma de armazenar informações), eles criaram um imenso banco de dados em papel contendo mais de 12 milhões de verbetes.
Otlet e LaFontaine conseguiram enfim convencer o governo belga a apoiar o projeto, propondo construir uma “cidade do conhecimento” que reforçaria a campanha do governo para fazer do país a sede da Liga das Nações. O governo lhes concedeu espaço em um edifício público, e Otlet expandiu suas operações. Contratou mais funcionários, e estabeleceu um serviço de pesquisa pago que permitia que qualquer pessoa do mundo fizesse uma pergunta por telegrama ou correio - uma espécie de serviço de busca analógico. Surgiram perguntas vindas de todo o mundo, mais de 1,5 mil ao ano, sobre tópicos tão diversos quanto os bumerangues e as finanças da Bulgária.
À medida que o Mundaneum evoluía, o volume de papel começou a se tornar grande demais. Otlet decidiu desenvolver idéias para novas tecnologias que ajudassem a administrar a sobrecarga de informações. Em determinado momento, ele propôs uma espécie de computador de papel, com rodas e eixos, que moveria documentos pela superfície de uma mesa. Mas ele acabou por decidir que a solução definitiva tinha de envolver o abandono completo do papel.
Porque não existiam aparelhos de armazenagem eletrônica de dados nos anos 20, Otlet teve de inventá-los. Começou a escrever longamente sobre a possibilidade da armazenagem eletrônica de dados, o que culminou em um livro lançado em 1934, Monde, no qual ele expunha sua visão sobre um “cérebro mecânico coletivo” que abrigaria todas as informações do mundo, a qual estaria facilmente disponível por intermédio de uma rede mundial de telecomunicações.
Tragicamente, no momento em que a visão de Otlet começava a se cristalizar, o Mundaneum começou a enfrentar dificuldades financeiras. Em 1934, o governo belga perdeu o interesse pelo projeto, quando a Liga das Nações escolheu a Suíça como sede. Otlet transferiu sua empreitada a um espaço menor, e devido às dificuldades financeiras teve de fechá-la ao público.
Alguns funcionários continuaram trabalhando no projeto, mas o sonho acabou quando os nazistas invadiram a Bélgica, em 1940. Os alemães removeram todo o conteúdo do local original do Mundaneum para abrir espaço a uma exposição sobre a arte do Terceiro Reich, e destruíram milhares de caixas com os cartões de índice. Otlet morreu em 1944, um homem derrotado e que não demoraria a ser esquecido.
Depois de sua morte, o que sobreviveu do Mundaneum original foi abandonado no velho edifício do departamento de anatomia na Universidade Livre de Parc Leopold, até 1968, quando um jovem estudante de pós-graduação chamado W. Boyd Rayward encontrou informações sobre a vida de Otlet. Depois de ler alguns dos trabalhos do inventor, ele visitou o escritório abandonado do projeto, em Bruxelas, onde descobriu uma sala com jeito de mausoléu, lotada de livros e montes de papéis cobertos por teias de aranha.
Rayward ajudou a promover uma retomada do interesse pelo trabalho de Otlet, um momento que terminou por gerar interesse suficiente para resultar no museu Mundaneum, em Mons.
Hoje, o novo Mundaneum apresenta traços instigantes da web que poderia ter surgido. Longas fileiras de gavetas estão ocupadas por milhões dos cartões de índice criados por Otlet, e mostram o caminho para um arquivo repleto de livros, cartazes, fotos, recortes de jornal e todo tipo de artefato. Uma equipe de arquivistas trabalhando em tempo integral conseguiu até o momento catalogar menos de 10% da coleção.
A imensidão do arquivo revela tanto as possibilidades quanto as limitações da visão de Otlet tal qual ele a concebeu. O inventor imaginava uma série de arquivistas profissionais analisando todas as informações que chegassem e catalogando- as, uma filosofia que contraria a hierarquia da web moderna, onde tudo funciona de baixo para cima.
“Creio que Otlet teria se sentido perdido diante da Internet”, diz François Lévie, sua biógrafa. Mesmo com um pequeno exército de bibliotecários profissionais, o Mundaneum original jamais teria acomodado o imenso volume de informação disponível hoje na web. “Não creio que o projeto dele pudesse crescer”, diz Rayward. “Nem mesmo em escala suficiente para atender à demanda do mundo de papel em que ele vivia”.
Apesar dessas limitações, a versão do hipertexto proposta por Otlet tinha vantagens importante sobre a web atual. Enquanto os links atuais da web servem como uma espécie de conexão muda entre documentos, Otlet imaginava conexões que portariam significado, por exemplo na forma de anotações que informariam se determinados documentos concordavam ou discordavam. Essa facilidade falta notoriamente aos hiperlinks modernos.
Otlet também antecipou as possibilidades das redes sociais, de permitir que os usuários “participem, aplaudam, ovacionem, cantem em coro”.
Embora ele muito provavelmente devesse terminar perplexo diante do ambiente do Facebook e do MySpace, Otlet anteviu alguns dos aspectos mais produtivos das redes sociais - a capacidade de trocar mensagens, participar de discussões e trabalhar em uníssono para a coleta e organização de documentos.
Alguns estudiosos acreditam que Otlet tenha antecipado algo como a web semântica, a estrutura emergente de computação baseada em assunto, que vem ganhando ímpeto entre cientistas do ramo como Berners-Lee. Como a web semântica, o Mundaneum aspirava não somente a criar links estáticos entre documentos mas a mapear relações conceituais entre fatos e idéias. “A web semântica tem algo de Otlet”, diz Michael Buckland, professor da Escola de Informação na Universidade da Califórnia em Berkeley.
Os curadores do atual Mundaneum esperam que o museu evite o destino de seu predecessor. Ainda que ele venha conseguindo garantir verbas, não atrai tantos visitantes.
“O problema é que pouca gente conhece a glória do Mundaneum, diz Stéphanie Manfroid, a diretora de arquivos da instituição. “As pessoas não se entusiasmam ao ver um arquivo”.
Tentando ampliar seu apelo, o museu organiza exposições regulares de cartazes, fotografias e arte contemporânea. Mas embora apenas alguns turistas aparecem para visitar o pequeno museu em Mons, a cidade pode em breve encontrar seu espaço no mapa da história tecnológica. Este ano, um novo morador planeja abrir um centro de dados bem perto da cidade. Seu nome é Google.
The New York Timeshttp://tecnologia. terra.com. br/interna/ 0,,OI2961494- EI4802,00- Museu+celebra+ o+verdadeiro+ precursor+ da+web.html
Esta notícia é um tanto velha, mas perfeita pra quem quer bolar um universo steampunk. Alex Wright é um estudioso da história da "informação" e deu uma entrevista muito boa em uma revista que li em um consultório médico; Entretanto, acho quase nada dele na Internet (em português). Pior: não encontro nem menção a esta entrevista.
Seu blog é http://www.alexwright.org/blog/
http://todare.wordpress.com/2008/08/05/museu-celebra-o-verdadeiro-precursor-da-web-paul-otlet-2/
Museu celebra o verdadeiro precursor da web
Alex Wright/The New York Times
O museu dedicado a Otlet tem em seu arquivo slides, livros e milhões de fichas de catálogo originais
Em uma tarde enevoada de segunda-feira, a cidade medieval de Mons, na Bélgica, submersa na neblina, parece um lugar esquecido. Além da catedral gótica obrigatória, não há muito mais que ver por aqui, se excluirmos um pequeno museu chamado Mundaneum, que fica em uma rua estreita no canto nordeste da cidade. Ele parece ser uma casa isolada o bastante para abrigar o legado de um dos pioneiros perdidos da tecnologia: Paul Otlet.Em 1934, Otlet delineou os planos iniciais para uma rede mundial de computadores (ou “telescópios elétricos”, como os designava), cujo objetivo seria permitir que as pessoas vasculhassem milhões de documentos, imagens e arquivos de som e vídeo interligados. Ele descreveu a maneira pela qual as pessoas usariam aparelhos para trocar mensagens, arquivos e até mesmo se unir em redes sociais online. Otlet designou a estrutura como “reseau”, literalmente rede, ou, concebivelmente, “web” teia.
Os historiadores costumam traçar as origens da world wide web seguindo uma linhagem de inventores anglo-americanos como Vannevar Bush, Doug Engelbart e Ted Nelson. Mas mais de meio século antes que Tim Berners-Lee lançasse o primeiro browser, em 1991, Otlet descreveu um mundo interconectado no qual “qualquer pessoa, de sua cadeira, poderia contemplar toda a criação”.
Ainda que a proto-web de Otlet dependesse de uma colcha de retalhos de tecnologias analógicas como cartões de indexação e telégrafos, ainda assim ela antecipou a estrutura baseada em hiperlinks da web contemporânea.
“Era como que uma versão steampunk do hipertexto”, disse Kevin Kelly, ex-editor da revista Wired, que está escrevendo um livro sobre o futuro da tecnologia.
A visão de Otlet tinha por base a idéia de uma máquina operando em rede e integrando documentos por meio links simbólicos. Embora o conceito possa parecer evidente hoje, em 1934 representava uma grande inovação intelectual. “O hiperlink é uma das invenções mais subestimadas do século passado”, disse Kelly. “Mas um dia estará em companhia do rádio no panteão das grandes invenções”.
Hoje, Otlet e seu trabalho estão em larga medida esquecidos, mesmo em sua Bélgica natal. Ainda que Otlet tenha desfrutado de fama considerável durante a vida, seu legado caiu vítima de uma série de infortúnios históricos - não o menor dos quais foi a invasão da Bélgica pelos nazistas, que resultou na destruição de grande parte daquilo em que ele trabalhou durante toda sua vida.
Mas nos últimos anos um pequeno grupo de pesquisadores começou a recuperar a reputação de Otlet, publicando alguns de seus textos e arrecadando dinheiro para estabelecer seu museu e arquivo, em Mons.
Enquanto o museu Mundaneum se preparava para comemorar seu 10° aniversário, na quinta-feira, os curadores planejavam colocar parte de sua coleção na web moderna. O evento será não só uma confirmação póstuma das idéias de Otlet mas representará uma oportunidade para que sua posição na história da Internet seja reavaliada. O Mundaneum representa apenas uma curiosidade histórica, uma estrada que não foi percorrida? Ou a visão de seu criador pode ajudar a compreender a web tal qual a conhecemos hoje?
Ainda que Otlet tenha passado toda sua vida de trabalho na era anterior aos computadores, ele tinha notável senso de antecipação quanto às possibilidades da mídia eletrônica. Paradoxalmente, a visão dele sobre um futuro sem papel nasceu de um fascínio que durou toda sua vida pelos livros.
Otlet, nascido em 1868, só começou a freqüentar a escola aos 12 anos de idade. Sua mãe morreu quando ele tinha três anos; seu pai era um empresário de sucesso que fez fortuna vendendo bondes em todo o mundo. O pai preferiu não matricular Otlet na escola devido à convicção de que o estudo poderia sufocar o talento natural da criança. Deixado em casa com seus tutores e poucos amigos, Otlet levava uma vida solitária e dedicada aos livros.
Quando ele por fim começou a estudar, sua primeira atitude foi procurar a biblioteca. “Eu me trancava na biblioteca e vasculhava o catálogo, que para mim era miraculoso”, ele escreveu mais tarde.
Pouco depois de começar a estudar, ele se tornou bibliotecário da escola. Nos anos seguintes, Otlet jamais deixava a biblioteca. Ainda que seu pai o tenha pressionado a estudar Direito, ele logo deixou de lado a advocacia e retornou ao seu amor primeiro, os livros.
Em 1895, Otlet conheceu um espírito irmão, Henri LaFontaine, futuro ganhador do prêmio Nobel, que se uniu a ele na criação de uma bibliografia central contendo todo o conhecimento em forma de livro existente no mundo.
Mesmo em 1895, o projeto parecia indicar uma imensa arrogância intelectual. Os dois homens decidiram que coligiriam dados sobre todos os livros que já tivessem sido publicados, bem como uma vasta coleção de artigos de jornal, fotografias, cartazes e todos os tipos de objetos efêmeros - como panfletos - que as bibliotecas formais costumavam ignorar. Usando cartões de índice (então a mais avançada forma de armazenar informações), eles criaram um imenso banco de dados em papel contendo mais de 12 milhões de verbetes.
Otlet e LaFontaine conseguiram enfim convencer o governo belga a apoiar o projeto, propondo construir uma “cidade do conhecimento” que reforçaria a campanha do governo para fazer do país a sede da Liga das Nações. O governo lhes concedeu espaço em um edifício público, e Otlet expandiu suas operações. Contratou mais funcionários, e estabeleceu um serviço de pesquisa pago que permitia que qualquer pessoa do mundo fizesse uma pergunta por telegrama ou correio - uma espécie de serviço de busca analógico. Surgiram perguntas vindas de todo o mundo, mais de 1,5 mil ao ano, sobre tópicos tão diversos quanto os bumerangues e as finanças da Bulgária.
À medida que o Mundaneum evoluía, o volume de papel começou a se tornar grande demais. Otlet decidiu desenvolver idéias para novas tecnologias que ajudassem a administrar a sobrecarga de informações. Em determinado momento, ele propôs uma espécie de computador de papel, com rodas e eixos, que moveria documentos pela superfície de uma mesa. Mas ele acabou por decidir que a solução definitiva tinha de envolver o abandono completo do papel.
Porque não existiam aparelhos de armazenagem eletrônica de dados nos anos 20, Otlet teve de inventá-los. Começou a escrever longamente sobre a possibilidade da armazenagem eletrônica de dados, o que culminou em um livro lançado em 1934, Monde, no qual ele expunha sua visão sobre um “cérebro mecânico coletivo” que abrigaria todas as informações do mundo, a qual estaria facilmente disponível por intermédio de uma rede mundial de telecomunicações.
Tragicamente, no momento em que a visão de Otlet começava a se cristalizar, o Mundaneum começou a enfrentar dificuldades financeiras. Em 1934, o governo belga perdeu o interesse pelo projeto, quando a Liga das Nações escolheu a Suíça como sede. Otlet transferiu sua empreitada a um espaço menor, e devido às dificuldades financeiras teve de fechá-la ao público.
Alguns funcionários continuaram trabalhando no projeto, mas o sonho acabou quando os nazistas invadiram a Bélgica, em 1940. Os alemães removeram todo o conteúdo do local original do Mundaneum para abrir espaço a uma exposição sobre a arte do Terceiro Reich, e destruíram milhares de caixas com os cartões de índice. Otlet morreu em 1944, um homem derrotado e que não demoraria a ser esquecido.
Depois de sua morte, o que sobreviveu do Mundaneum original foi abandonado no velho edifício do departamento de anatomia na Universidade Livre de Parc Leopold, até 1968, quando um jovem estudante de pós-graduação chamado W. Boyd Rayward encontrou informações sobre a vida de Otlet. Depois de ler alguns dos trabalhos do inventor, ele visitou o escritório abandonado do projeto, em Bruxelas, onde descobriu uma sala com jeito de mausoléu, lotada de livros e montes de papéis cobertos por teias de aranha.
Rayward ajudou a promover uma retomada do interesse pelo trabalho de Otlet, um momento que terminou por gerar interesse suficiente para resultar no museu Mundaneum, em Mons.
Hoje, o novo Mundaneum apresenta traços instigantes da web que poderia ter surgido. Longas fileiras de gavetas estão ocupadas por milhões dos cartões de índice criados por Otlet, e mostram o caminho para um arquivo repleto de livros, cartazes, fotos, recortes de jornal e todo tipo de artefato. Uma equipe de arquivistas trabalhando em tempo integral conseguiu até o momento catalogar menos de 10% da coleção.
A imensidão do arquivo revela tanto as possibilidades quanto as limitações da visão de Otlet tal qual ele a concebeu. O inventor imaginava uma série de arquivistas profissionais analisando todas as informações que chegassem e catalogando- as, uma filosofia que contraria a hierarquia da web moderna, onde tudo funciona de baixo para cima.
“Creio que Otlet teria se sentido perdido diante da Internet”, diz François Lévie, sua biógrafa. Mesmo com um pequeno exército de bibliotecários profissionais, o Mundaneum original jamais teria acomodado o imenso volume de informação disponível hoje na web. “Não creio que o projeto dele pudesse crescer”, diz Rayward. “Nem mesmo em escala suficiente para atender à demanda do mundo de papel em que ele vivia”.
Apesar dessas limitações, a versão do hipertexto proposta por Otlet tinha vantagens importante sobre a web atual. Enquanto os links atuais da web servem como uma espécie de conexão muda entre documentos, Otlet imaginava conexões que portariam significado, por exemplo na forma de anotações que informariam se determinados documentos concordavam ou discordavam. Essa facilidade falta notoriamente aos hiperlinks modernos.
Otlet também antecipou as possibilidades das redes sociais, de permitir que os usuários “participem, aplaudam, ovacionem, cantem em coro”.
Embora ele muito provavelmente devesse terminar perplexo diante do ambiente do Facebook e do MySpace, Otlet anteviu alguns dos aspectos mais produtivos das redes sociais - a capacidade de trocar mensagens, participar de discussões e trabalhar em uníssono para a coleta e organização de documentos.
Alguns estudiosos acreditam que Otlet tenha antecipado algo como a web semântica, a estrutura emergente de computação baseada em assunto, que vem ganhando ímpeto entre cientistas do ramo como Berners-Lee. Como a web semântica, o Mundaneum aspirava não somente a criar links estáticos entre documentos mas a mapear relações conceituais entre fatos e idéias. “A web semântica tem algo de Otlet”, diz Michael Buckland, professor da Escola de Informação na Universidade da Califórnia em Berkeley.
Os curadores do atual Mundaneum esperam que o museu evite o destino de seu predecessor. Ainda que ele venha conseguindo garantir verbas, não atrai tantos visitantes.
“O problema é que pouca gente conhece a glória do Mundaneum, diz Stéphanie Manfroid, a diretora de arquivos da instituição. “As pessoas não se entusiasmam ao ver um arquivo”.
Tentando ampliar seu apelo, o museu organiza exposições regulares de cartazes, fotografias e arte contemporânea. Mas embora apenas alguns turistas aparecem para visitar o pequeno museu em Mons, a cidade pode em breve encontrar seu espaço no mapa da história tecnológica. Este ano, um novo morador planeja abrir um centro de dados bem perto da cidade. Seu nome é Google.
The New York Timeshttp://tecnologia. terra.com. br/interna/ 0,,OI2961494- EI4802,00- Museu+celebra+ o+verdadeiro+ precursor+ da+web.html
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Pra vc pensar no que está fazendo cada vez que entra num fórum ou rede social...
(Outro texto de Alex Wright: como é normal cada vez que se dá um passo naquilo que parece ser uma coisa completamente nova e inédita, aparece um sujeito dizendo... " hmmm... Minha vó fazia a mesma coisa..." Desta vez, uma análise das redes sociais da Internet: haveria precedentes?)
Internet 'retribaliza' a cultura escrita
Rede acentua o aspecto oral da comunicação moderna
Alex Wright, The New York Times
A crescente popularidade dos sites de relacionamento como o Facebook, MySpace e Second Life lançou muitos de nós num novo mundo onde fazemos 'amizade' com pessoas que mal conhecemos, rabiscamos mensagens nos muros uns dos outros e projetamos nossa identidade usando símbolos visuais semelhantes a totens.
Estamos fazendo as regras à medida que avançamos. Mas será que este mundo é tão novo quanto parece? Pesquisadores acadêmicos estão começando a examinar essa questão assumindo uma abordagem incomum: explorando as semelhanças entre as redes de relacionamento online e as sociedades tribais. No padrão coletivo de xeretar perfis alheios, enviar e receber de mensagens e 'fazer amizades', eles enxergam o ressurgimento de padrões antigos de comunicação oral.
'A oralidade é a base de toda a experiência humana', diz Lance Strate, professor de Comunicação da Fordham University e um inveterado usuário do MySpace. Ele diz estar convencido de que a popularidade das redes de relacionamento deriva do seu apelo a padrões de comunicação humana pré-históricos e profundamente arraigados. 'Nós evoluímos por meio da fala', diz. 'Não evoluímos por meio da escrita.'
O crescimento das redes de relacionamento - e da internet como um todo - provém, em grande parte, de uma avalanche de manifestações que freqüentemente se parecem mais com 'conversar' do que com escrever: postagens em blogs, comentários, vídeos domésticos, uma avalanche de frases únicas que usam serviços como o Twitter (geralmente comprovando a máxima de Gertrude Stein de que 'literatura não são comentários').
'Se você analisar a web através das lentes da oralidade, é impossível não vê-la em todos os lugares', diz Irwin Chen, instrutor de projeto que trabalha para a Parson que está desenvolvendo um novo caminho para explorar o surgimento da cultura oral online. 'A oralidade é participativa, interativa, comunitária e concentrada no presente. E a web é todas essas coisas.'
ORALIDADE SECUNDÁRIA
Um dos primeiros estudantes da oralidade eletrônica foi o reverendo Walter J. Ong, professor na St. Louis University e aluno que Marshall McLuhan que cunhou o termo 'oralidade secundária' em 1982 para descrever a tendência da mídia eletrônica ecoar as cadências de culturas orais anteriores. O trabalho de Ong, falecido em 2003, parece um pressentimento à luz do fenômeno das redes de relacionamento social.
'A comunicação oral' como disse ele, 'junta as pessoas em grupos'.
Em outras palavras, a cultura oral significa mais do que apenas falar. Há uma dinâmica social em ação, mais sutil - e talvez mais importante. Michael Wesch, que leciona antropologia cultural na Kansas State University, passou dois anos vivendo numa tribo de Papua Nova Guiné, estudando como as pessoas forjam as relações sociais numa cultura puramente oral. Agora, ele aplica os mesmos métodos de pesquisa etnográfica aos ritos e rituais dos usuários do Facebook.
'Em culturas tribais, sua identidade está totalmente imbuída na questão de como as pessoas o conhecem', diz ele. 'Quando você observa o Facebook, pode ver o mesmo padrão em funcionamento - as pessoas projetando suas identidades demonstrando suas relações com os outros. Você se define em termos de quem são seus amigos.' Nas sociedades tribais, é comum as pessoas se presentearem com jóias, armas e objetos rituais para solidificar seus laços sociais. No Facebook, as pessoas realizam a mesma coisa trocando aplicativos.
'Esta é uma reminiscência de como as pessoas trocam presentes em culturas tribais', diz Strate, cuja página do MySpace lista seus 1.335 'amigos' juntamente com suas credenciais acadêmicas e sua predileção pela série Battlestar Galactica.
'Nas redes de relacionamento, há um fascínio pela intimidade porque ela simula a comunicação cara a cara', diz Wesch. 'Mas há também esta distância fundamental. E é essa distância que facilita que as pessoas se relacionem por meio de elos fracos em que podem ter a aparência de uma relação porque é seguro.'
E enquanto as culturas tribais geralmente se dedicam a rituais altamente formais, as redes de relacionamento parecem incentivar um nível de casualidade e familiaridade que seria impensável em culturas orais tradicionais.
'A oralidade secundária tem um efeito de nivelamento', diz Strate. 'Numa cultura oral primária, você provavelmente se referiria a mim como 'Dr. Strate' mas no MySpace todo mundo me chama de 'Lance'.'
Ainda assim, a popularidade absoluta das redes de relacionamentos parece sugerir que, para muitos, esses ambientes tocam um ponto profundo, talvez até primitivo. 'Eles satisfazem nossa necessidade de sermos reconhecidos como seres humanos e como membros de uma comunidade', diz Strate, 'Todos nós queremos que nos digam: Você existe.'
(Outro texto de Alex Wright: como é normal cada vez que se dá um passo naquilo que parece ser uma coisa completamente nova e inédita, aparece um sujeito dizendo... " hmmm... Minha vó fazia a mesma coisa..." Desta vez, uma análise das redes sociais da Internet: haveria precedentes?)
Internet 'retribaliza' a cultura escrita
Rede acentua o aspecto oral da comunicação moderna
Alex Wright, The New York Times
A crescente popularidade dos sites de relacionamento como o Facebook, MySpace e Second Life lançou muitos de nós num novo mundo onde fazemos 'amizade' com pessoas que mal conhecemos, rabiscamos mensagens nos muros uns dos outros e projetamos nossa identidade usando símbolos visuais semelhantes a totens.
Estamos fazendo as regras à medida que avançamos. Mas será que este mundo é tão novo quanto parece? Pesquisadores acadêmicos estão começando a examinar essa questão assumindo uma abordagem incomum: explorando as semelhanças entre as redes de relacionamento online e as sociedades tribais. No padrão coletivo de xeretar perfis alheios, enviar e receber de mensagens e 'fazer amizades', eles enxergam o ressurgimento de padrões antigos de comunicação oral.
'A oralidade é a base de toda a experiência humana', diz Lance Strate, professor de Comunicação da Fordham University e um inveterado usuário do MySpace. Ele diz estar convencido de que a popularidade das redes de relacionamento deriva do seu apelo a padrões de comunicação humana pré-históricos e profundamente arraigados. 'Nós evoluímos por meio da fala', diz. 'Não evoluímos por meio da escrita.'
O crescimento das redes de relacionamento - e da internet como um todo - provém, em grande parte, de uma avalanche de manifestações que freqüentemente se parecem mais com 'conversar' do que com escrever: postagens em blogs, comentários, vídeos domésticos, uma avalanche de frases únicas que usam serviços como o Twitter (geralmente comprovando a máxima de Gertrude Stein de que 'literatura não são comentários').
'Se você analisar a web através das lentes da oralidade, é impossível não vê-la em todos os lugares', diz Irwin Chen, instrutor de projeto que trabalha para a Parson que está desenvolvendo um novo caminho para explorar o surgimento da cultura oral online. 'A oralidade é participativa, interativa, comunitária e concentrada no presente. E a web é todas essas coisas.'
ORALIDADE SECUNDÁRIA
Um dos primeiros estudantes da oralidade eletrônica foi o reverendo Walter J. Ong, professor na St. Louis University e aluno que Marshall McLuhan que cunhou o termo 'oralidade secundária' em 1982 para descrever a tendência da mídia eletrônica ecoar as cadências de culturas orais anteriores. O trabalho de Ong, falecido em 2003, parece um pressentimento à luz do fenômeno das redes de relacionamento social.
'A comunicação oral' como disse ele, 'junta as pessoas em grupos'.
Em outras palavras, a cultura oral significa mais do que apenas falar. Há uma dinâmica social em ação, mais sutil - e talvez mais importante. Michael Wesch, que leciona antropologia cultural na Kansas State University, passou dois anos vivendo numa tribo de Papua Nova Guiné, estudando como as pessoas forjam as relações sociais numa cultura puramente oral. Agora, ele aplica os mesmos métodos de pesquisa etnográfica aos ritos e rituais dos usuários do Facebook.
'Em culturas tribais, sua identidade está totalmente imbuída na questão de como as pessoas o conhecem', diz ele. 'Quando você observa o Facebook, pode ver o mesmo padrão em funcionamento - as pessoas projetando suas identidades demonstrando suas relações com os outros. Você se define em termos de quem são seus amigos.' Nas sociedades tribais, é comum as pessoas se presentearem com jóias, armas e objetos rituais para solidificar seus laços sociais. No Facebook, as pessoas realizam a mesma coisa trocando aplicativos.
'Esta é uma reminiscência de como as pessoas trocam presentes em culturas tribais', diz Strate, cuja página do MySpace lista seus 1.335 'amigos' juntamente com suas credenciais acadêmicas e sua predileção pela série Battlestar Galactica.
'Nas redes de relacionamento, há um fascínio pela intimidade porque ela simula a comunicação cara a cara', diz Wesch. 'Mas há também esta distância fundamental. E é essa distância que facilita que as pessoas se relacionem por meio de elos fracos em que podem ter a aparência de uma relação porque é seguro.'
E enquanto as culturas tribais geralmente se dedicam a rituais altamente formais, as redes de relacionamento parecem incentivar um nível de casualidade e familiaridade que seria impensável em culturas orais tradicionais.
'A oralidade secundária tem um efeito de nivelamento', diz Strate. 'Numa cultura oral primária, você provavelmente se referiria a mim como 'Dr. Strate' mas no MySpace todo mundo me chama de 'Lance'.'
Ainda assim, a popularidade absoluta das redes de relacionamentos parece sugerir que, para muitos, esses ambientes tocam um ponto profundo, talvez até primitivo. 'Eles satisfazem nossa necessidade de sermos reconhecidos como seres humanos e como membros de uma comunidade', diz Strate, 'Todos nós queremos que nos digam: Você existe.'
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ACERVO DIGITAL DE 40 ANOS DA REVISTA VEJA
Acervo da Revista Veja, desde a edição nº 1.
Veja abre todo acervo de 40 anos na internet
A revista Veja está disponibilizando gratuitamente todo o acervo dos 40 anos de vida na internet, trabalho este estimado em R$ 3 milhões de reais.
Internautas poderão acessar todas as reportagens, entrevistas e até mesmo anúncios já publicados em 40 de existência da revista Veja. Todas as edições, desde a primeira, em 11 de setembro de 1968, poderão ser lidas e consultadas em www.veja.com.br/acervodigital
"A idéia é democratizar o acesso à história recente do país e do mundo", diz Yen Wen Shen, diretor da Veja. "Essa iniciativa coloca VEJA ao lado dos maiores acervos digitais do mundo e em condição única no Brasil."
O acervo digital VEJA segue a estrutura da própria revista, ou seja, o usuário navega na web como se estivesse folheando a publicação.
O conteúdo apresenta as edições em ordem cronológica e conta com um avançado sistema de busca desenvolvido pela Digital Pages especialmente para VEJA. Este sistema permite cruzar informações e realizar filtros por período e editorias.
Assim, basta o internauta digitar uma palavra-chave que automaticamente a ferramenta pesquisa em todos os textos de VEJA. Além disso, o usuário também terá acesso a um conjunto de pesquisas previamente elaborado pela redação do site da revista, com temas da atualidade e fatos históricos sobre o Brasil e o mundo. Será possível, ainda, navegar pelas capas, entrevistas, reportagens e anúncios publicitários, sempre visualizando a reprodução do material original.
Revista digital
Resultado de 12 meses de intenso trabalho, o projeto foi desenvolvido por VEJA em parceria com a Digital Pages, empresa responsável por estruturar a digitalização de cada uma das mais de 2 mil edições e convertê-las em revistas digitais.
Dado o porte do projeto, uma equipe de 30 pessoas foi montada para cuidar desde o desgrampeamento das edições impressas até a publicação dos quase nove milhões de arquivos que compõem o acervo.
"Como os exemplares em papel não poderiam ser inutilizados pelo processo de digitalização, o fluxo de trabalho contrapôs ciclos de uma sofisticada linha de produção industrial com procedimentos extremamente artesanais, como o nivelamento de página por página por meio de ferros de passar roupa antes do escaneamento", explica Shen.
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Resultado de 12 meses de intenso trabalho, o projeto foi desenvolvido por VEJA em parceria com a Digital Pages, empresa responsável por estruturar a digitalização de cada uma das mais de 2 mil edições e convertê-las em revistas digitais.
Dado o porte do projeto, uma equipe de 30 pessoas foi montada para cuidar desde o desgrampeamento das edições impressas até a publicação dos quase nove milhões de arquivos que compõem o acervo.
"Como os exemplares em papel não poderiam ser inutilizados pelo processo de digitalização, o fluxo de trabalho contrapôs ciclos de uma sofisticada linha de produção industrial com procedimentos extremamente artesanais, como o nivelamento de página por página por meio de ferros de passar roupa antes do escaneamento", explica Shen.
Querem recomeçar a internet "do zero"
(Notícia postada pelo Koppe no Farra)
Pesquisadores discutem a possibilidade de recomeçar tudo do zero para garantir mais segurança na rede
Por: John Markoff - O Estado SP
Há duas décadas, um estudante da Universidade Cornell, de 23 anos, levou a internet à beira do desastre com um simples software que saltava de um computador para outro a uma velocidade atroz, obstruindo a então minúscula rede em poucas horas.
A finalidade desse programa era ser uma espécie de “Kilroy esteve aqui” digital. Mas um erro de programação tornou-se um arauto anunciando a chegada de um ciberespaço mais sinistro, que seria mais um espelho de todo o caos e conflitos do mundo físico e não de um utópico refúgio disso tudo.
Desde então as coisas pioraram, e muito. A tal ponto que há uma crença cada vez mais forte entre engenheiros e especialistas da área de que a segurança e a privacidade na internet acabaram se tornando algo tão ilusório que o único meio de solucionar esse problema é recomeçar tudo de novo.
O grande debate é como seria essa nova internet. Uma alternativa seria a criação de uma “comunidade fechada” onde os usuários desistiriam do seu anonimato e de algumas liberdades em troca de segurança.
Hoje isso já ocorre com muitos usuários no âmbito do governo ou empresas. Quando uma nova rede, mais segura, for amplamente adotada, a atual internet acabará sendo a vizinha nociva do ciberespaço.
Você entra nela por sua própria conta e risco, mas sempre muito atento enquanto estiver por ali. “Se não nos dispusermos a repensar a internet de hoje”, diz Nick McKeown, engenheiro de Stanford envolvido na criação da nova rede, “podemos esperar uma série de catástrofes públicas”.
E isso foi bastante martelado no ano passado, quando um software nefasto, que teria sido lançado na rede por uma gangue criminosa da Europa Oriental, surgiu repentinamente, conseguindo enganar facilmente as melhores defesas cibernéticas do mundo.
Conhecido como Conficker, o programa rapidamente contaminou mais de 12 milhões de computadores, fazendo o maior estrago nos sistemas, afetando de centros cirúrgicos da Inglaterra a redes do exército francês.
O Conficker é uma bomba-relógio. Pode ainda hoje atacar todos aqueles computadores infectados e juntá-los numa vasta rede, formando um supercomputador, chamado Botnet, controlado clandestinamente pelos seus criadores.
O que ocorrerá proximamente ainda é um mistério. O Conficker pode ser usado como o mais poderoso mecanismo de spam do mundo, para distribuir programas que servem para lograr os usuários, levando-os a comprar proteção antivírus falsa.
Ou muito pior. Pode também ser usado para apagar seções inteiras da internet. Mas, que qualquer modo, o Conficker demonstrou que a rede continua muitíssimo vulnerável a um ataque concertado.
Os criadores da internet jamais imaginaram que a rede de pesquisa acadêmica e militar um dia teria que suportar o peso de transportar todo o comércio e comunicações do mundo. Não havia nenhum ponto central de controle, e a idéia era que uma rede pudesse trocar dados com qualquer outra rede. A questão da segurança recebeu menos atenção. Mas, desde então, enormes esforços têm sido feitos para ampliar a segurança, com poucos resultados.
“Em muitos aspectos, estamos hoje numa situação muito pior do que há vinte anos, pois todo o dinheiro foi aplicado para resolver os problemas atuais, no lugar de ser investido para redesenhar a nossa infraestrutura”, disse Eugene Spafford, diretor executivo do Centro de Educação e Pesquisa em Segurança da Informação, na universidade de Purdue.
Embora o setor global de segurança de computadores esteja em franca ascensão, com receitas que devem chegar a US$ 79 bilhões no próximo ano, e o fato de que, em 2002, a própria Microsoft iniciou um intenso trabalho para melhorar a segurança do seu software, a segurança na internet continua deteriorando globalmente.
É por isso que os cientistas amparados por fundos federais destinados à pesquisa e trabalhando em colaboração com o setor, estão tentando encontrar o melhor meio para recomeçar tudo novamente. Em Stanford, onde os protocolos de software da internet original foram criados, os pesquisadores desenvolvem um sistema que torne possível introduzir uma rede mais avançada discretamente embaixo da internet de hoje. No final do verão, essa rede estará em funcionamento em oito redes de universidades por todo o país.
A idéia é criar uma nova internet com maior segurança e capacidade para suportar uma nova geração de aplicativos ainda não inventados, e também fazer coisas que a internet atual mal consegue - como dar suporte a usuários de celulares.
O projeto chamado Stanford Clean Slate não vai resolver todos os principais problemas de segurança da internet, mas deve equipar os criadores de software e hardware com um conjunto de ferramentas que farão com que os programas de segurança sejam uma parte mais integral da rede, dando às autoridades policiais recursos mais eficazes para rastrear criminosos no ciberespaço. E só isso já pode ser um meio de dissuasão.
Apesar de todo esse esforço, os limites reais da segurança dos computadores podem estar na natureza humana. O atual design da internet garante virtualmente o anonimato dos usuários. Mas hoje esse anonimato é o desafio mais incômodo para as autoridades. Um agressor na internet pode rotear uma conexão através de muitos países para ocultar a sua localização, que pode ser em uma conta num Internet Café adquirida com um cartão de crédito roubado.
“Logo que você começa a lidar com a internet pública, a noção de confiança se perde num atoleiro”, disse Stefan Savage, especialista em segurança de computadores na Universidade da Califórnia, em San Diego.
Uma rede mais segura quase certamente vai oferecer menos anonimato e privacidade. Esse é o grande dilema dos criadores de uma futura internet. Uma idéia, por exemplo, seria exigir algo equivalente às carteiras de motorista para permitir que as pessoas se conectem a uma rede pública de computador. Mas isso vai contra o espírito libertário, profundamente arraigado, da internet.
O fornecimento de uma identidade será uma dificuldade num mundo onde é comum alguém se apossar do computador de uma pessoa a meio mundo de distância e operá-lo como se fosse seu. Enquanto isso ocorrer, criar um sistema totalmente confiável continuará sendo virtualmente impossível.
Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/2009/02/nos-precisamos-de-uma-nova-internet/
***************************
(minha opinião pessoal)
Acho bastante difícil a Internet continuar sendo 100% livre. É fato que o "Sistema" entende liberdade como sendo somente liberdade para "consumir" e fazer compras. Por outro lado, passados 15 anos de Internet e qual foi a grande revolução das idéias? Ela ainda me parece um botecão sem direção, onde o objetivo principal é traçar aquelas meninas da outra mesa... Devo estar errado... Mas me parece às vezes que se troca muita informação rasa e bizarra, e poucos dados para se saber para onde e como ir e para onde o mundo vai. E estas são as informações realmente importantes... Só isto justifica as notícias cada vez mais bisonhas que surgem do mercado financeiro...
Pesquisadores discutem a possibilidade de recomeçar tudo do zero para garantir mais segurança na rede
Por: John Markoff - O Estado SP
Há duas décadas, um estudante da Universidade Cornell, de 23 anos, levou a internet à beira do desastre com um simples software que saltava de um computador para outro a uma velocidade atroz, obstruindo a então minúscula rede em poucas horas.
A finalidade desse programa era ser uma espécie de “Kilroy esteve aqui” digital. Mas um erro de programação tornou-se um arauto anunciando a chegada de um ciberespaço mais sinistro, que seria mais um espelho de todo o caos e conflitos do mundo físico e não de um utópico refúgio disso tudo.
Desde então as coisas pioraram, e muito. A tal ponto que há uma crença cada vez mais forte entre engenheiros e especialistas da área de que a segurança e a privacidade na internet acabaram se tornando algo tão ilusório que o único meio de solucionar esse problema é recomeçar tudo de novo.
O grande debate é como seria essa nova internet. Uma alternativa seria a criação de uma “comunidade fechada” onde os usuários desistiriam do seu anonimato e de algumas liberdades em troca de segurança.
Hoje isso já ocorre com muitos usuários no âmbito do governo ou empresas. Quando uma nova rede, mais segura, for amplamente adotada, a atual internet acabará sendo a vizinha nociva do ciberespaço.
Você entra nela por sua própria conta e risco, mas sempre muito atento enquanto estiver por ali. “Se não nos dispusermos a repensar a internet de hoje”, diz Nick McKeown, engenheiro de Stanford envolvido na criação da nova rede, “podemos esperar uma série de catástrofes públicas”.
E isso foi bastante martelado no ano passado, quando um software nefasto, que teria sido lançado na rede por uma gangue criminosa da Europa Oriental, surgiu repentinamente, conseguindo enganar facilmente as melhores defesas cibernéticas do mundo.
Conhecido como Conficker, o programa rapidamente contaminou mais de 12 milhões de computadores, fazendo o maior estrago nos sistemas, afetando de centros cirúrgicos da Inglaterra a redes do exército francês.
O Conficker é uma bomba-relógio. Pode ainda hoje atacar todos aqueles computadores infectados e juntá-los numa vasta rede, formando um supercomputador, chamado Botnet, controlado clandestinamente pelos seus criadores.
O que ocorrerá proximamente ainda é um mistério. O Conficker pode ser usado como o mais poderoso mecanismo de spam do mundo, para distribuir programas que servem para lograr os usuários, levando-os a comprar proteção antivírus falsa.
Ou muito pior. Pode também ser usado para apagar seções inteiras da internet. Mas, que qualquer modo, o Conficker demonstrou que a rede continua muitíssimo vulnerável a um ataque concertado.
Os criadores da internet jamais imaginaram que a rede de pesquisa acadêmica e militar um dia teria que suportar o peso de transportar todo o comércio e comunicações do mundo. Não havia nenhum ponto central de controle, e a idéia era que uma rede pudesse trocar dados com qualquer outra rede. A questão da segurança recebeu menos atenção. Mas, desde então, enormes esforços têm sido feitos para ampliar a segurança, com poucos resultados.
“Em muitos aspectos, estamos hoje numa situação muito pior do que há vinte anos, pois todo o dinheiro foi aplicado para resolver os problemas atuais, no lugar de ser investido para redesenhar a nossa infraestrutura”, disse Eugene Spafford, diretor executivo do Centro de Educação e Pesquisa em Segurança da Informação, na universidade de Purdue.
Embora o setor global de segurança de computadores esteja em franca ascensão, com receitas que devem chegar a US$ 79 bilhões no próximo ano, e o fato de que, em 2002, a própria Microsoft iniciou um intenso trabalho para melhorar a segurança do seu software, a segurança na internet continua deteriorando globalmente.
É por isso que os cientistas amparados por fundos federais destinados à pesquisa e trabalhando em colaboração com o setor, estão tentando encontrar o melhor meio para recomeçar tudo novamente. Em Stanford, onde os protocolos de software da internet original foram criados, os pesquisadores desenvolvem um sistema que torne possível introduzir uma rede mais avançada discretamente embaixo da internet de hoje. No final do verão, essa rede estará em funcionamento em oito redes de universidades por todo o país.
A idéia é criar uma nova internet com maior segurança e capacidade para suportar uma nova geração de aplicativos ainda não inventados, e também fazer coisas que a internet atual mal consegue - como dar suporte a usuários de celulares.
O projeto chamado Stanford Clean Slate não vai resolver todos os principais problemas de segurança da internet, mas deve equipar os criadores de software e hardware com um conjunto de ferramentas que farão com que os programas de segurança sejam uma parte mais integral da rede, dando às autoridades policiais recursos mais eficazes para rastrear criminosos no ciberespaço. E só isso já pode ser um meio de dissuasão.
Apesar de todo esse esforço, os limites reais da segurança dos computadores podem estar na natureza humana. O atual design da internet garante virtualmente o anonimato dos usuários. Mas hoje esse anonimato é o desafio mais incômodo para as autoridades. Um agressor na internet pode rotear uma conexão através de muitos países para ocultar a sua localização, que pode ser em uma conta num Internet Café adquirida com um cartão de crédito roubado.
“Logo que você começa a lidar com a internet pública, a noção de confiança se perde num atoleiro”, disse Stefan Savage, especialista em segurança de computadores na Universidade da Califórnia, em San Diego.
Uma rede mais segura quase certamente vai oferecer menos anonimato e privacidade. Esse é o grande dilema dos criadores de uma futura internet. Uma idéia, por exemplo, seria exigir algo equivalente às carteiras de motorista para permitir que as pessoas se conectem a uma rede pública de computador. Mas isso vai contra o espírito libertário, profundamente arraigado, da internet.
O fornecimento de uma identidade será uma dificuldade num mundo onde é comum alguém se apossar do computador de uma pessoa a meio mundo de distância e operá-lo como se fosse seu. Enquanto isso ocorrer, criar um sistema totalmente confiável continuará sendo virtualmente impossível.
Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/2009/02/nos-precisamos-de-uma-nova-internet/
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(minha opinião pessoal)
Acho bastante difícil a Internet continuar sendo 100% livre. É fato que o "Sistema" entende liberdade como sendo somente liberdade para "consumir" e fazer compras. Por outro lado, passados 15 anos de Internet e qual foi a grande revolução das idéias? Ela ainda me parece um botecão sem direção, onde o objetivo principal é traçar aquelas meninas da outra mesa... Devo estar errado... Mas me parece às vezes que se troca muita informação rasa e bizarra, e poucos dados para se saber para onde e como ir e para onde o mundo vai. E estas são as informações realmente importantes... Só isto justifica as notícias cada vez mais bisonhas que surgem do mercado financeiro...
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PREVISÕES MARXISTAS
http://dererummundi.blogspot.com/2009/02/previsoes-marxistas.html
Neste tempo de rápido “corta-e-cola” de e na Net, tendo sido abandonada a verificação da fiabilidade das fontes, o disparate circula a uma velocidade muito grande, crescendo e multiplicando-se à medida que avança. Uma boa ilustração é a notícia que vem no El País de 22 de Fevereiro passado, sob o título “Marx não disse isso”. Cayo Laro, o líder da Esquerda Unida (força política, com origem no Partido Comunista, que nas eleições espanholas de 2008 obteve quase um milhão de votos), quis sublinhar a actualidade do pensamento de Karl Marx com a leitura, numa reunião do seu Conselho Político, de uma previsão do filósofo alemão que, embora fosse de 1867, parecia ajustar-se como uma luva à actual crise económica:
“Os proprietários do capital estimularão a classe trabalhadora para que comprem mais e mais bens, casas, tecnologia cara, empurrando-os a contrair dívidas cada vez maiores até que a dívida se torne insustentável. A dívida por pagar levará à bancarrota dos bancos, os quais terão que ser nacionalizados”.
A profecia batia demasiado certo. E, quando a esmola é grande, o pobre deve desconfiar. Mas Laro, talvez por excesso de voluntarismo, não desconfiou. Desconfiaram, isso sim, muitos leitores, alguns dos quais concluíram rapidamente que a citação era falsa e que se tinha vindo a propalar pela Net a partir de um jornal satírico norte-americano. Era como se alguém tivesse levado para a reunião cimeira de um partido um texto recortado do Inimigo Público. O sítio malaprensa.com, que aponta o dedo a erros da imprensa espanhola (bem poderia o sítio tornar-se ibérico!), publicou uma nota com o esclarecedor título “Marx não era Nostradamus”. E o dirigente viu-se obrigado a pedir desculpa pelo erro.
Errar é humano e as desculpas devem ser dadas a quem, contrito, as pede. Contudo, o mais extraordinário está a seguir na notícia do El País. Um outro dirigente da Esquerda Unida não se coibiu de comentar: “Pode ser que Marx não tenha dito isso, mas decerto que o pensou”. E, tendo analisado à lupa O Capital, encontrou algo vagamente parecido: “Num sistema de produção em que todo o processo produtivo se baseia no crédito, quanto este cessa de repente e só se admitem pagamentos a pronto, tem de haver imediatamente uma crise...” Mas Marx não disse que a história se repete, primeiro como comédia e depois como tragédia. Embora parecido, disse outra coisa.
Este episódio ensina-nos, pelo menos, duas coisas. Em primeiro lugar, o enorme perigo que corre quem se dedica ao corte-e-cola. Infelizmente, as nossas escolas não têm feito o suficiente para dissuadir os infantes dessa prática. O "Magalhães" vai ampliar o processo de imbecilização em curso, assente no corta-e-cola indiscriminado. Vão proliferar entre nós os textos apócrifos, como a crónica falsa de Eduardo Prado Coelho sobre o chico-espertismo nacional ou as fontes bastante originais de João César das Neves sobre a nossa economia (inventou há tempos uma fundação alemã e um relatório dela que tem sido citado). Em segundo lugar, ensina a facilidade com que uma forte vontade pode iludir a realidade. Se não é verdade podia muito bem ser... Num filme dos Irmãos Marx, os famosos comediantes americanos, um deles diz que um quadro está numa casa ao lado. E outro responde: “Mas aqui ao lado não há nenhuma casa!” Réplica do primeiro: “Não faz mal, nós podemos construir uma”.
A propósito dos Irmãos Marx, não resisto a colar aqui um texto de Groucho, que em 1963 também previu a crise. Invoco como atenuante o facto de não o ter copiado de fonte anónima da Net, mas sim do livro Memórias de um Pinga-Amor (Assírio e Alvim, 1980), cuja autenticidade confirmei:
“Nos velhos tempos, quando as pessoas eram pobres viviam pobres. Hoje vivem ricas. Já discuti isto com inúmeros assalariados de oito-a-dez-mil-dólares-por-ano e, na maior parte dos casos, admitem que quase tudo o que possuem não lhes pertence - os automóveis, as televisões, as casas, as mobílias. A filosofia deles parece ser: Que se lixe – podemos morrer amanhã!“
Neste tempo de rápido “corta-e-cola” de e na Net, tendo sido abandonada a verificação da fiabilidade das fontes, o disparate circula a uma velocidade muito grande, crescendo e multiplicando-se à medida que avança. Uma boa ilustração é a notícia que vem no El País de 22 de Fevereiro passado, sob o título “Marx não disse isso”. Cayo Laro, o líder da Esquerda Unida (força política, com origem no Partido Comunista, que nas eleições espanholas de 2008 obteve quase um milhão de votos), quis sublinhar a actualidade do pensamento de Karl Marx com a leitura, numa reunião do seu Conselho Político, de uma previsão do filósofo alemão que, embora fosse de 1867, parecia ajustar-se como uma luva à actual crise económica:
“Os proprietários do capital estimularão a classe trabalhadora para que comprem mais e mais bens, casas, tecnologia cara, empurrando-os a contrair dívidas cada vez maiores até que a dívida se torne insustentável. A dívida por pagar levará à bancarrota dos bancos, os quais terão que ser nacionalizados”.
A profecia batia demasiado certo. E, quando a esmola é grande, o pobre deve desconfiar. Mas Laro, talvez por excesso de voluntarismo, não desconfiou. Desconfiaram, isso sim, muitos leitores, alguns dos quais concluíram rapidamente que a citação era falsa e que se tinha vindo a propalar pela Net a partir de um jornal satírico norte-americano. Era como se alguém tivesse levado para a reunião cimeira de um partido um texto recortado do Inimigo Público. O sítio malaprensa.com, que aponta o dedo a erros da imprensa espanhola (bem poderia o sítio tornar-se ibérico!), publicou uma nota com o esclarecedor título “Marx não era Nostradamus”. E o dirigente viu-se obrigado a pedir desculpa pelo erro.
Errar é humano e as desculpas devem ser dadas a quem, contrito, as pede. Contudo, o mais extraordinário está a seguir na notícia do El País. Um outro dirigente da Esquerda Unida não se coibiu de comentar: “Pode ser que Marx não tenha dito isso, mas decerto que o pensou”. E, tendo analisado à lupa O Capital, encontrou algo vagamente parecido: “Num sistema de produção em que todo o processo produtivo se baseia no crédito, quanto este cessa de repente e só se admitem pagamentos a pronto, tem de haver imediatamente uma crise...” Mas Marx não disse que a história se repete, primeiro como comédia e depois como tragédia. Embora parecido, disse outra coisa.
Este episódio ensina-nos, pelo menos, duas coisas. Em primeiro lugar, o enorme perigo que corre quem se dedica ao corte-e-cola. Infelizmente, as nossas escolas não têm feito o suficiente para dissuadir os infantes dessa prática. O "Magalhães" vai ampliar o processo de imbecilização em curso, assente no corta-e-cola indiscriminado. Vão proliferar entre nós os textos apócrifos, como a crónica falsa de Eduardo Prado Coelho sobre o chico-espertismo nacional ou as fontes bastante originais de João César das Neves sobre a nossa economia (inventou há tempos uma fundação alemã e um relatório dela que tem sido citado). Em segundo lugar, ensina a facilidade com que uma forte vontade pode iludir a realidade. Se não é verdade podia muito bem ser... Num filme dos Irmãos Marx, os famosos comediantes americanos, um deles diz que um quadro está numa casa ao lado. E outro responde: “Mas aqui ao lado não há nenhuma casa!” Réplica do primeiro: “Não faz mal, nós podemos construir uma”.
A propósito dos Irmãos Marx, não resisto a colar aqui um texto de Groucho, que em 1963 também previu a crise. Invoco como atenuante o facto de não o ter copiado de fonte anónima da Net, mas sim do livro Memórias de um Pinga-Amor (Assírio e Alvim, 1980), cuja autenticidade confirmei:
“Nos velhos tempos, quando as pessoas eram pobres viviam pobres. Hoje vivem ricas. Já discuti isto com inúmeros assalariados de oito-a-dez-mil-dólares-por-ano e, na maior parte dos casos, admitem que quase tudo o que possuem não lhes pertence - os automóveis, as televisões, as casas, as mobílias. A filosofia deles parece ser: Que se lixe – podemos morrer amanhã!“
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
Sites de "Observatório" da Imprensa:
http://malaprensa.com/ (espanhol)
http://apentefino.blogs.sapo.pt/ (lusitano)
(Existe algo similar no Brasil?)
http://malaprensa.com/ (espanhol)
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(Existe algo similar no Brasil?)
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Re: Baú de Notícias e Copy Pastes
(Texto muito bom do Braulio, para ser levado em consideração toda vez que se for criar algo)
A Técnica e o Sentimento, por Braulio Tavares
http://mundofantasmo.blogspot.com/2009/03/0860-tecnica-e-o-sentimento-18122005.html
Numa oficina literária, quando o orientador propôs aos alunos um exercício para desenvolver uma técnica qualquer, um deles repondeu: “Eu não quero fazer exercícios técnicos. O excesso de técnica está matando a poesia. Poesia não é técnica, é sentimento. Pode-se fazer poesia sem técnica, mas não se faz poesia sem emoção”.
Temos aí um ótimo exemplo de verdades e equívocos tão misturados quanto uma xícara de café com leite. Vamos tentar separá-los de volta. Peguemos a primeira frase, para mim a mais sincera de todas: “Eu não quero fazer exercícios técnicos”. Isto, sim, é uma verdade límpida e indiscutível. Um neófito geralmente não gosta desse tipo de coisa. Garotos em geral detestam exercícios de matemática, exercícios físicos, qualquer coisa que exija ao mesmo tempo esforço e disciplina.
“O excesso de técnica está matando a poesia”. Concordo. Folheando antologias poéticas a gente se depara muitas vezes com poemas e mais poemas numa técnica impecável e que não dizem absolutamente nada, pelo menos a este leitor que vos fala. Um dos problemas da técnica é que quando pensamos tê-la dominado acabamos sendo dominados por ela. Ela toma conta de nossa mente, invade tudo que queremos escrever. Viramos uma máquina repetitiva, como aqueles guitarristas que improvisam super bem mas são incapazes de acompanhar uma música (e incapazes de deixar que os companheiros também improvisem).
“Poesia não é técnica, é sentimento”. Errado. Poesia (qualquer arte) é um máximo de tensão possível entre sentimento e técnica. A técnica serve para compactar o sentimento, torná-lo útil, dar-lhe sentido. Pense num automóvel. O automóvel tem dois sistemas: um de propulsão (motor) e um de deslocamento (pneus). Poeta que acha que poesia é só emoção é como um motorista que acha que um automóvel é apenas um motor acelerando e quatro pneus rodando. Mas a propulsão é controlada pela caixa-de-marchas, e os pneus são controlados pelo volante e a transmissão. A técnica não serve para matar a emoção, mas para recebê-la, comprimi-la, multiplicar sua força propulsora, projetá-la numa direção em que ela se desperdice o menos possível e chegue aonde quer chegar. Emoção com técnica é ar comprimido: tem poder. Emoção sem técnica é ar boiando no ar.
“Pode-se fazer poesia sem técnica, mas não sem emoção”. Discordo da primeira parte, concordo com a segunda. Ninguém faz poesia sem técnica. Juntar um B com um A para dizer BA é técnica, assim como todo o resto que daí decorre. Poeta que não gosta de técnica é como jogador de futebol que não gosta de lidar com a bola, quer apenas entrar em campo e ser visto pela torcida. Quanto à emoção, acho que quem quer ser poeta parte de uma emoção inicial: amor pela poesia, amor pela palavra, amor pela frase, amor pelas infinitas possibilidades da fala e da escrita. Se você não ama essas coisas, caro colega, vá ser cineasta, pintor, artista plástico, qualquer coisa cuja técnica lhe emocione.
A Técnica e o Sentimento, por Braulio Tavares
http://mundofantasmo.blogspot.com/2009/03/0860-tecnica-e-o-sentimento-18122005.html
Numa oficina literária, quando o orientador propôs aos alunos um exercício para desenvolver uma técnica qualquer, um deles repondeu: “Eu não quero fazer exercícios técnicos. O excesso de técnica está matando a poesia. Poesia não é técnica, é sentimento. Pode-se fazer poesia sem técnica, mas não se faz poesia sem emoção”.
Temos aí um ótimo exemplo de verdades e equívocos tão misturados quanto uma xícara de café com leite. Vamos tentar separá-los de volta. Peguemos a primeira frase, para mim a mais sincera de todas: “Eu não quero fazer exercícios técnicos”. Isto, sim, é uma verdade límpida e indiscutível. Um neófito geralmente não gosta desse tipo de coisa. Garotos em geral detestam exercícios de matemática, exercícios físicos, qualquer coisa que exija ao mesmo tempo esforço e disciplina.
“O excesso de técnica está matando a poesia”. Concordo. Folheando antologias poéticas a gente se depara muitas vezes com poemas e mais poemas numa técnica impecável e que não dizem absolutamente nada, pelo menos a este leitor que vos fala. Um dos problemas da técnica é que quando pensamos tê-la dominado acabamos sendo dominados por ela. Ela toma conta de nossa mente, invade tudo que queremos escrever. Viramos uma máquina repetitiva, como aqueles guitarristas que improvisam super bem mas são incapazes de acompanhar uma música (e incapazes de deixar que os companheiros também improvisem).
“Poesia não é técnica, é sentimento”. Errado. Poesia (qualquer arte) é um máximo de tensão possível entre sentimento e técnica. A técnica serve para compactar o sentimento, torná-lo útil, dar-lhe sentido. Pense num automóvel. O automóvel tem dois sistemas: um de propulsão (motor) e um de deslocamento (pneus). Poeta que acha que poesia é só emoção é como um motorista que acha que um automóvel é apenas um motor acelerando e quatro pneus rodando. Mas a propulsão é controlada pela caixa-de-marchas, e os pneus são controlados pelo volante e a transmissão. A técnica não serve para matar a emoção, mas para recebê-la, comprimi-la, multiplicar sua força propulsora, projetá-la numa direção em que ela se desperdice o menos possível e chegue aonde quer chegar. Emoção com técnica é ar comprimido: tem poder. Emoção sem técnica é ar boiando no ar.
“Pode-se fazer poesia sem técnica, mas não sem emoção”. Discordo da primeira parte, concordo com a segunda. Ninguém faz poesia sem técnica. Juntar um B com um A para dizer BA é técnica, assim como todo o resto que daí decorre. Poeta que não gosta de técnica é como jogador de futebol que não gosta de lidar com a bola, quer apenas entrar em campo e ser visto pela torcida. Quanto à emoção, acho que quem quer ser poeta parte de uma emoção inicial: amor pela poesia, amor pela palavra, amor pela frase, amor pelas infinitas possibilidades da fala e da escrita. Se você não ama essas coisas, caro colega, vá ser cineasta, pintor, artista plástico, qualquer coisa cuja técnica lhe emocione.
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