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Ainda é possivel apresentar textos?

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Mensagem por Nano Falcão Seg Nov 02, 2009 3:40 pm

Pessoal, desculpem o novo "sumiço". Como sabem, aqui em Santa Catarina o vento tá foda. Eu tenho internet a rádio, e ela quebrou na última ventania. Fiquei sem banda larga, e por isso limitei muito meu uso da internet.

Eu estava devendo dois textos para a edição 14... Não sei se ainda é possivel aceitá-los. Aqui estão.

Por onde Anda?

SAL BUSCEMA

Dando continuidade a nossa busca pelo paradeiro de figurinhas carimbadas dos quadrinhos americanos na década de 80, chegou a vez de falarmos de SAL BUSCEMA.
Afinal, o nome e o traço do desenhista era quase “onipresente” em diversas séries da Marvel Comics. Era muito difícil você abrir um gibi da editora Abril, duas décadas atrás, e não encontrar pelo menos uma história com desenhos ou arte-final de Sal.
Ele começou justamente finalizando a arte do irmão mais velho, o grande e saudoso John Buscema. E isso foi em 1968, na revista dos Vingadores, onde Sal contribuiu por mais de 30 anos!
No entanto, ele é mais lembrado pelos fãs por seu trabalho no Incrível Hulk, onde foi o desenhista regular por dez anos, formando parceria de sucesso com Len Wein, Roger Stern e Bill Mantlo. Outro personagem que bateu recorde foi o Homem-Aranha, onde deve ter ilustrado mais de 100 edições do herói!
Outros de seus trabalhos incluem passagem pelo Capitão América, Defensores, Rom e Thor.
Ele se aposentou nos anos 90, mas não conseguiu ficar muito tempo afastado dos gibis. Convidado por fãs do seu trabalho, Tom DeFalco e Ron Frenz, Sal fez a arte-final da revista da Garota Aranha dos números 59 a 100, histórias infelizmente inéditas no Brasil.
Desde então ele tem acompanhado a filha de Peter Parker, nos títulos Spider-Man Family e na re-lançada “Web of Spider-Man”. Buscema também tem feito algumas “participações especiais” em revistas como Nova, Punho de Ferro e “A Era do Sentinela”.
Recentemente, em outubro deste ano, foi lançado o livro Sal Buscema: Comics’ Fast & Furious Artist, um apanhado da obra e influência nos quadrinhos de super-herói. Embora não tenha sido o maior artista da sua geração, Sal Buscema se tornou sinônimo do bom profissional, o cara que salvava os editores da Marvel diversas vezes, produzindo edições “tapa-buracos”, e dando conta dos gibis que precisavam ir pras bancas na data certa. Se alguém for pesquisar os quadrinhos na “Era de Bronze”, basta dar uma olhada nos desenhos de Sal Buscema que teremos o real visual dos heróis desta época dos gibis.


A MARVEL DE 70 ANOS ATRÁS

Imagine um Universo Marvel onde o personagem mais popular era um andróide de quais as pessoas tinham medo porque ele pegava fogo. Ou onde o objetivo principal do Príncipe Submarino era destruir a humanidade. O herói que aparentava ser mais “normal” era um cara que apesar de vestir fantasia colorida fazia justiça com as próprias mãos, matando os criminosos sem pensar duas vezes.
Esse era o panorama de Marvel Comics nº 01, lançada pela editora Timely Publishing em outubro de 1939. Como as demais revistas da época, Marvel Comics tinha 68 páginas e muitos, muitos quadrinhos.
O carro-chefe da publicação era o Tocha Humana, uma HQ de ficção científica criada por Carl Burgos. Apesar de super-heróis de repente terem se tornado a grande moda a partir do surgimento do Superman, um ano antes, em 1938, as publicações eram ecléticas e traziam de tudo: faroeste, mistério, romance, aventura e ficção. Marvel Comics não era diferente.
Com o tempo, o Tocha, é claro, virou um super-herói, a mando do editor e dono da Timely Martin Goodman, que viu naquelas histórias fantásticas de Burgos um caminho para tentar morder um pouquinho na nova febre da América. O Tocha original era temido pelas pessoas. Ele não era humano. E até fazia sentido, afinal, qual a reação em ver um homem pegando fogo por aí? Era realmente assustador.
A Marvel Comics era um tanto mais bizarra do que editoras então de sucesso como a National Periodics (que publicava Superman e Batman) ou a Fawcett (editora do Capitão Marvel). Diferente dos heróis garbosos, justos e honestos da concorrência, não era fácil simpatizar com os protagonistas da primeira publicação da Timely.
Namor, o príncipe submarino era um anti-herói, com a missão de vingar a morte de seu povo, os atlantes, devido as ações inconseqüentes dos humanos. No entanto, o personagem caiu nas graças do publico assim mesmo, em parte devido ao traço de Bill Everett, que desenhava as melhores páginas de Marvel Comics. Martin Goodman logo o forçou a fazer de Namor também um herói, por ocasião da Segunda Guerra Mundial.
Tanto o Tocha quanto o Namor ganharam suas revistas, como eram as revistas do Superman, Batman e Lanterna Verde daquela época: trimestrais e trazendo uma mistura de republicações com material inédito.
Mesmo o herói mais “tradicional” da Marvel Comics, o vigilante Anjo, se vestia nas mesmas cores do Superman. Mas não tinha poder algum, apenas o hábito de bater primeiro e perguntar depois. Ele era implacável com os inimigos, e não vacilava na violência. As pessoas lembram que o Batman chegou a matar no começo da carreira, mas para o Anjo isso era um hábito.
E Marvel Comics nº 01 também trazia as histórias do... KA-ZAR! Mas não o rei da Terra Selvagem, oculta na Antártida. E sim uma cópia descarada do Tarzan, um adolescente que tinha aventuras na África Equatorial. Mas ao invés de andar com uma macaca a tira-colo, o rapaz tinha o leão Zar como melhor amigo (Ka-Zar significaria “irmão de Zar” na língua nativa). O personagem na verdade havia sido “criado” para as pulp-magazines, e as histórias na Marvel Comics eram uma adaptação para os quadrinhos.
Apesar de não serem super-heróis convencionais, os gibis vendiam tanto e tão bem no período – afinal ele não é chamado de Era de Ouro a toa – que a revista foi um sucesso e estimulou a Timely a outras publicações.
O grande sucesso veio mesmo em 1941, com a criação do Capitão América, por Joe Simon e Jack Kirby. Mas o primeiro trabalho da dupla para a Marvel foi com o personagem Visão, que criaram para ter histórias na Marvel Mystery Comics (como a revista passou a ser chamada), a partir do número 13.
O Visão original era um alienígena que ao contrário do Superman realmente se parecia com um alienígena. Ele era um policial de outra dimensão que aparecia numa nuvem de fumaça. Como era hábito com outros personagens, os seres humanos normais tinham um pouco de medo dele.
Tudo isso mudou com o lançamento de Capitain America Comics numero 01, em março de 1941. Os Estados Unidos ainda não tinham entrado na Grande Guerra, mas o herói patriota já aparecia desferindo um murro na cara de Adolf Hitler. Ao contrário da National, que ficou em cima do muro até a hora da declaração de guerra contra o eixo, em dezembro de 1941, a Timely acertou o ponto ao se engajar na discussão de que a América deveria realmente entrar na Guerra ao lado das forças Aliadas.
A coragem de Martin Goodman, que não se importou com os setores isolacionistas da população norte-americana (os que defendiam que os EUA ficassem neutros) foi recompensada com boas vendas, e em pouco tempo Namor e Tocha Humana também se alistariam. Os heróis da Timely agora eram simpáticos e sorridentes defensores do American Way of Life, definitivamente comprometidos com o sistema.
Outros gibis da Timely que marcaram presença na Era de Ouro dos quadrinhos incluem DARING MYSTERY COMICS – que apresentou personagens como Cidadão V, Marvel Boy e Silver Scorpion – e MYSTIC COMICS – onde apareceram pela primeira vez o Blazing Skull e Destroyer, um dos primeiros super-heróis a serem criados por Stan Lee.
Em 1946, alguns dos heróis da editora finalmente se juntaram num super-grupo: O “Esquadrão Vitorioso” (All-Winner Squad) apareceu no número 18 da All Winner Comics, uma revista que trazia ainda mais histórias das estrelas da Timely: Capitão América, Tocha Humana e Namor. A estes se juntaram o velocista Whizzer e a feiticeira Miss América para formar a super-equipe, que teve vida curta.
Os super-heróis foram caindo de moda, e vendendo cada vez menos. Em 1949, a Marvel Mystery Comics deu lugar a Marvel Tales, uma revista de horror e suspense. Destino semelhante teve a revista do Capitão América. Ele, o Tocha, Namor, entre outros não tão conhecidos, todos caíram no limbo dos super-heróis.
Nem o nome Timely sobreviveu. Para escapar das dívidas, Martim Goodman espertamente decretou falência, e abriu uma editora nova: A Atlas Comics, especializada em gibis de fantasia, ficção cientifica, suspense, horror inofensivo e... histórias de monstros.
Assim, eles viveram os anos 50, e nessa época, acabou se tornando o principal escritor e editor da casa um certo Stan Lee, sobrinho de Martin, que nessas revistas conheceria Jack Kirby, Steve Ditko e Don Heck... Mas essa é uma outra história.
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Mensagem por Rodrigo! Seg Nov 02, 2009 6:31 pm

Olha, Nano... Pro 14 não dá mais. A paginação está fechada já... Mas tem a edição de Natal (dezembro) e o número 15 (janeiro)... Pode ser?
Rodrigo!
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