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Edição 17 - Textos para Revisão

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Mensagem por Agente Dias Dom Jun 13, 2010 11:48 pm

Tomei a liberdade, pessoal... Se fiz errado podem deletar.
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Mensagem por Agente Dias Dom Jun 13, 2010 11:54 pm

A SUA COR

Essa é a quarta noite que a Lua fica incomodada. Isso não é normal, ela sempre fica atenta a tudo ao seu redor, sempre preocupada com os solitários, amargurados e os românticos, mas agora se esqueceu deles. O pior nem é isso... O pior é ter acontecido eclipse todas essas noites. Deve ser por causa daquela jovem mulher. Toda vez que chega à hora do Sol ir embora a Lua entra em sua frente e começa a questioná-lo se aquela jovem mulher acordou bem, se chegou bem na faculdade, se foi em outros lugares no meio da tarde...

A própria Lua sabe o que está causando, ela sabe que os solitários precisam do prateado de sua luz, que os amargurados precisam trocar as experiências ruins com ela e que os românticos precisam dela pra sonhar com seus amores. Isso pode causar uma desordem nos sentimentos e o Criador não quer isso.

- Lua!

- Senhor!? Pode falar Criador, estou lhe ouvindo.

- Você ouve tantas coisas dos humanos, você observa tantas coisas que eles fazem e ainda consegue obedece à ordem de não palpitar sobre o futuro deles. Até hoje nunca me questionou por que Eu te dei essa função. Olha! Eu te gerei para que haja uma luz, uma esperança aos meus filhos quando a noite chegar. E sinto que você está tendo um sentimento de esperança.

- Sim, Criador! Desculpe não ter ido falar o Senhor. Acho que de tanto estar acompanhando os mortais eu acabei adquirindo algo deles.

- Pode continuar. Está na hora de você ser ouvido.

- Obrigado... É aquela jovem mulher, Criador. Na primeira noite que a reparei, naquele sinal fechado do centro da cidade, eu não parei mais de pensar nela. Aquela pele... Aquela cor de pele... Um negrito mais apaixonante que o negro do universo que me certa. Quando terei essa cor ao meu redor?

- Isso não pode ser possível, Lua.

- Mas por que Criador??? Por que o Senhor não fez a cor do universo igual à cor pintada na pele daquela estrela humana? Eu então não me sentiria tão só.

- Porque, ela é pro universo do coração de um mortal.

- O Senhor tem razão, Criador. É que o Senhor faz coisas tão lindas que até as suas obras se encantam com as outras obras. Posso lhe fazer uma pergunta antes de ir corrigir o que errei?

- Sim, Claro!

- Pelo menos posso saber qual é o nome dela?

- Tamires de Alcântara Almeida , esse é o nome da minha filha.

- Até o nome é bonito... Obrigado, Senhor!


OBS: Texto diagramado na cor roxa e a diagramação tendo alguma relação a cor de pele negra, feminina.
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Mensagem por snuckbinks Ter Jun 15, 2010 8:08 am

Blues, parte 3

Muitos cantores de Blues, não apenas cantavam suas músicas, mas acabavam vivendo elas. Por isso acabavam-se em bebedeiras, e não raro, em drogas.

O próprio Robert Johnson, acabou vítima de seu vício, pois misturaram veneno à sua bebida, que fatalmente trouxe um fim precoce á sua carreira.

Muitos outros músicos talentosos também colheram os frutos amargos do pacto com o demônio da garrafa.

Entre eles Little Walter, um dos maiores gênios, se não o maior, gaitista à deixar sua contribuição para o mundo da música, podendo ser comparado à Jimi Hendrix e Charlie Parker.

Little Walter ficava incomodado pelo som de sua gaita ser abafado pelo som da guitarra, assim ele usou um artifício inovador, na concha que formava na mão para tocar a gaita, ele colocou um microfone, assim amplificou o som de sua harmônica.

E além de usar isso para amplificar o som da gaita, ele ousou experimentar novos timbres e efeitos inéditos, assim ele acabou criando e utilizando a distorção eletrônica, inspirando os gaitistas posteriores.

No entanto, Little Walter era alcoólatra e tinha um temperamento difícil, por isso se envolvia sempre em brigas, se você fizer uma busca no google por fotos dele, notará as diversas cicatrizes resultantes de seu comportamento, e foi como resultado de uma dessas brigas em que ele ficou gravemente ferido, e morreu, devido à complicações de uma trombose coronária, vindo a morrer no dia 15 de fevereiro de 1968.

Infelizmente o que levava os músicos ao mundo das drogas licítas ou ilícitas era o rítimo alucinante com o qual se apresentavam, acordos entre empresários, impedia que fizessem shows em localidades muito próximas, assim eles tinham de percorrer distâncias muito longas em períodos curtos, e sempre acabavam recorrendo a medicamentos, bebida ou drogas para suportar esse ritmo alucinante.
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Mensagem por Marcelo Soares Dom Jul 11, 2010 9:43 am

O Poeta
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Ficava ali sentado, olhos atentos para o nada, fixos em lugar nenhum. Na mão direita o cigarro queima erguendo uma fumaça que gera imagens só percebidas por ele. Na boca a secura provocada pelo vicio, o vicio da água de chuva destilada que não toca os seus lábios há algumas horas.

Os papéis sobre a mesa a sua frente mostram os seus poemas, delírios de uma mente há muito tempo desconectada dessa realidade. Junções de palavras desprezadas pelos que ali passam. “Sem graça”, “não tem sentido”, “pseudo-poeta”, dizem as vozes quando se retiram de perto do homem sentado com olhar fixo. Ele sabe o que falam, não dá ouvidos ou a mente nem processa mais. Aquelas letras reunidas são um escape, um portal para seus pensamentos, seus desejos.

O cigarro se apaga em seus dedos, o movimento de seres fantasmas ao redor cessa. Seus olhos pesam, um vento leve que chega vindo de um além qualquer leva os papéis ao chão. O homem por trás da poesia era levado também.

Os olhos dele se fecham enquanto o cigarro cai de sua mão e a respiração lentamente desaparece, tudo junto com a ida de seu queixo de encontro ao seu peito. Sua poesia suspende-se no ar, levada pela brisa. O poeta, enfim, transporta-se para sua realidade.
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