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FARRAZINE # 10 - TEXTOS

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Mensagem por Rodrigo! Qua Jan 28, 2009 12:32 pm

scratch scratch scratch


...


Spoiler:
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Mensagem por Kio Qua Jan 28, 2009 1:07 pm

Texto de Julyano Abnner
1 página


CLUBE DA LUTA
Nós somos os filhos de um país ridículo, sem história, propósito ou lugar. Não tivemos uma grande guerra, não tivemos uma grande depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão são nossas vidas.
Sou um lixo, um merda, um doido, para você e para toda esta porra de mundo. Você nem quer saber onde moro, o que sinto, como faço para alimentar meus filhos ou como vou pagar o médico caso fique doente.
Estamos arriscados a morrer a qualquer hora, o trágico é que não morremos, fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema ou do rock, mas não seremos. Aos poucos vamos aprendendo a lição, a propaganda nos faz correr atrás de mercadorias e a trabalhar em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos, essa é a sua vida e está acabando a cada minuto.
Assim se lança Clube da luta, obra escrita em 1996 pelo mestre Chuck Palahnuick e adaptada ao cinema brilhantemente por David Fincher.
O filme narra a trajetória de Jack (Edward Norton), executivo frustrado com sua vida que para esquecer o quanto se sente derrotado começa a comprar compulsivamente e a visitar sessões de terapia grupal de câncer, tuberculose e outras doenças, atitudes estas feitas para se sentir vivo e conseguir superar sua insônia e dormir tranquilamente. No entanto surge Marla Singer (Helena Bonhan), uma viciada em heroína suicida, que acaba com a alegria de Jack ao começar a participar dos grupos também, mesmo não tendo nenhuma doença, como ele; e Tyler Durden (Brad Pitt), um vendedor de sabonetes infame que mora numa mansão abandonada e tem uma visão anti-capitalista, e é neste enredo que se dá o clube da luta.

Que tem como base 8 regras básicas:
1. Você não fala sobre o Clube da Luta
2. VOCÊ NUNCA, JAMAIS, FALA SOBRE O CLUBE DA LUTA
3. Quando alguém gritar "pára!", ficar no chão ou desmaiar, a luta acaba
4. Somente duas pessoas por luta
5. Uma luta de cada vez
6. Sem camisa, sem sapatos
7. As lutas duram o tempo que for necessário
8. Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que lutar

A partir desse momento o filme se desenrola facilmente, Tyler e Jack, Jack e Tyler começam a viver um novo estilo de vida que se desliga da opressão social e se liberta a partir da agressividade, em lutas corpo a corpo. Ao decorrer da trama vão surgindo mais adeptos a este estilo de vida, na qual vai se espalhando rapidamente e criando focos ao redor do mundo. Inicialmente, com a intenção de aliviar as suas tensões nas lutas clandestinas, nessas idas e voltas o simples clube evolui pra algo mais: O projeto caos, uma organização anti-materialista, anarco-primativista que tem por objetivo destruir a estrutura consumista, focando na destruição de bancos, cafeterias (Starbucks), e até sedes de prédios financeiros do país.
Clube da luta é mais do que um mero filme, é uma lição filosófica de um estilo único de ver a vida, o estilo de um homem perdido, lunático, sem escrúpulos, que tem coragem pra ir contra o sistema.
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Mensagem por Rodrigo! Qua Jan 28, 2009 1:17 pm

Ah tah... Jah ia reclamar de v.s. ter posto esse texto só lá na Sem Comentários... Muito bom, e me deu vontade de ler o livro - aliás, minha listinha tah aumentando...
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Mensagem por Kio Qua Jan 28, 2009 1:50 pm

wilton pacheco escreveu:Quando eu li o primeiro paragrafo. Pensei... ei, alguém acabou de escrever o que eu já escrevi... Não esperava que fosse sobre um filme. Fiquei bem curioso, se eu fosse apenas pelo título, nem me interessaria em saber sobre o que é.


Edit.: Wilton, tomei a liberdade de trazer este comentário pra cá. Você comentou na área do "Sem Comentários", então...
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Mensagem por jluismith Qua Jan 28, 2009 6:43 pm

Muito interessante o texto sobre o Clube da Luta. É um filme bem instigante, pra dizer o mínimo. E Chuck Palahniuk merecia um espaço no Zine mesmo, acho que faz pouco tempo saiu "Choke", também baseado num livro dele, com o Sam Rockwell, ainda tenho que assistir...E o cara saber escrever coisas que te deixam...não sei...preocupado...sem deixar de ser divertido.

E Jacques, Hank Williams não é um músico, é quase uma dinastia...acho que até o neto dele eu já vi cantando!
Mas eu sempre curti mais o Johnny Cash... Very Happy
E eu agora já aceitei que você não é um cara, pode deixar... Laughing
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Mensagem por snuckbinks Qui Jan 29, 2009 9:07 am

Texto: Snuckbinks
Diagramação: ??????????
Revisão: ?????????


SCI-FI - A PRIMEIRA VEZ

Agora em Janeiro de 2009, completam 107 anos que foi exibido o que é considerado o primeiro filme de ficção científica "Le Voyage dans la lune", mesmo que você nunca o tenha assistido, tenho absoluta certeza que você já deve ter visto a famosa imagem do foguete sendo cravado no olho da Lua.

É claro que não há plena certeza sobre esse ser o primeiro, pois em 1902, muitos pioneiros da 7ª arte se aventuravam por esses caminhos, mas a certeze que se tem é George Méliès, foi o primeiro cineasta ligado ao gênero de ficção científica, bem como o primeiro a fazer muita coisa ligada à esse campo.

Por exemplo: Foi o primeiro a usar maquiagem para caracterizar alienígenas, pintava os quadros da película para obter cor na tela, esteve também entre os primeiros cineastas a utilizar efeitos especias, estes eram exagerados na tela, realmente para maravilhar o expectador, eram efeitos para se notar e admirar, para encantar e porque não, assustar o público. E num tempo onde o hábito era apenas mostrar cenas do cotidiano, sem continuidade ou sequer mesmo história, apenas gravações, Méliès cria a continuidade das cenas e os storyboards.

Foi também o primeiro a utilizar técnicas conhecidas como Fade In e Fade Out, que é quando a imagem vai esmaecendo pra dar lugar a outra imagem.

Sua experiência de teatro, permite com que ele cria cenários, que utilizaria na sua filmagem, dando assim toda a impressão de profundidade e ambientação, utiliza a própria câmera para fazer sobreposições, ou uma espécie de ilusão de ótica, sempre com o intuito de criar o que chamamos de "magia do cinema".

O filme de 14 mintuos, baseando nos Livros de Júlio Verne e H.G. Wells, o filme mostra os esforços de uma equipe de astrônomos, fabricando uma nave, explorando a Lua e o encontro com seres alienígenas, bem como a fuga desse lugar. O filme tem um ar surreal, mas é divertido.

Nessa produção Méliès participou em quase tudo, foi roteirista, ator, produtor, cenógrafo, figurinista e fotógrafo, além de dirigir, criou os efeitos especiais, que como vimos a cima, foram inovadores e serviram de base para chegarmos ao que temos hoje.

Vale ressaltar que Méliès, era mágico ilusionista, e teve seu primeiro contato com cinema quando, à convite dos irmãos Lumière, assistiu a primeira sessão de cinema ocorrida no Grand Café. Os Lumière tinham acabado de criar uma máquina chamada cinematógrafo, máquina que exibia imagens capturadas em fotogramas e as prejetava de forma acelerada, dando assim a impressão de movimento.

Méliès, ficou adimirado, no exato momento viu as inúmeras possibilidades em que poderia aplicar a máquina durante suas apresentações de ilusionimo, e tentou, embora sem sucesso, comprar tal máquina. Insistente e mostrando que além de gostar de desafios, queria mesmo era superá-los, contruiu seu próprio cinematógrafo em 1896.

E mesmo tendo sido o idealizador de tudo isso que vimos, já em 1912 estava falido. E mesmo tendo sido redescoberto em 1926, onde teve reconhecimento por seu pioneirismo, bem como cerca de 500 filmes restaurados, morreu na miséria.

Se você tiver um tempinho livre, coisa de 8 minutos, procure esse vídeo, ele pode ser assistido gratuitamente na internet, se você gosta de cinema e do gênero de SCI-FI, sem dúvida vai se encantar com esse vídeo, e lembre-se, ele foi gravado em 1902, portanto não espere nada estilo Peter Jackson, e duvido muito que teríamos pessoas do calibre de Peter se não houvesse pessoas como Méliès.
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Mensagem por Murilo - MAP Qui Jan 29, 2009 10:01 am

Texto:: Murilo
Diagramação:: Snuck
Revisão:: ????


galera, ta ai a entrevista completa, se alguem quiser ir revisando blz, mas esperem para diagramar, pois ainda vou pegar algumas imagens com a Amanda (Snuck, dpois t passo pelo msn)

mas ta ai:

D.T.C. Comics, a comics brasileira que luta por reconhecimento.


Digam-me, fiéis fãs de quadrinhos, quem nunca quis ver (ou ao menos pensou) em HQs nacionais? Um universo todo feito de personagens brasileiros, uma comics que fosse encontrada facilmente nas nossas bancas e fosse tão boa quanta as internacionais. Pois bem, é ai que surge a D.T.C. Comics, criada por Diogo Tavares Costa, que tem como objetivo, fazer com que esta Comics brasileira dispute de igual para igual com grandes comics internacionais (como Marvel e DC). Há pouco tempo eles estão no mercado, mas vêem ganhando espaço aos poucos (inclusive, a edição n° 2 vendeu um mil exemplares publicados em um mês). Por enquanto eles possuem apenas uma revista, a Ecos Sombrios, que terá nova impressão da segunda edição e uma impressão de releitura da primeira, além disso, a terceira está para sair, e em fevereiro, um novo quadrinho será lançado pela comics, o Universo D.T.C.
Pois bem, para que saibam mais sobre esta D.T.C., entrevistei Amanda Ferreira Katrablc, segunda diretora da D.T.C. e roteirista também.
Tivemos uma boa conversa, inclusive eu aprendi muito também sobre a D.T.C.. Bom, mas sem mais embolação, ai vai a entrevista:


Entrevistada: Amanda Ferreira katrablc.


Quem é: a segunda na diretoria da D.T.C e roteirista.



1. Quando surgiu a idéia de uma comics brasileira que concorresse com diversas outras grandes comics?

Tudo começou com a idéia de fazer algo de qualidade aqui no Brasil, criar um universo de heróis que saísse um pouco do que sempre criaram por aqui... Se você analisar, o Guardião (assim como seu universo) é totalmente diferente dos demais heróis nacionais, foi daqui que começou a grande demanda de público pelos títulos da D.T.C.. É difícil... O Diogo (diretor da D.T.C.) assim como toda a equipe se esforça muito. No inicio tivemos a saída de muita gente, e isso dificultou muito.



2. Todos sabem que a criação de uma nova comics não é algo fácil. Quais as dificuldades que vocês tiveram de enfrentar até a concretização da D.T.C.?

“Falta de união com artistas da terra”, esse foi o nosso pior obstáculo. Muitos querem fama antes do tempo, e muito dinheiro... a maioria das pessoas que saíram da equipe de inicio, pensavam assim: queriam fama, nome e dinheiro, e isso atrapalhou muito nosso processo de produção.
Uma barreira que foi quebrada foi a questão do preconceito. Sofremos no inicio, tipo, alguns olhavam e diziam "credo, quadrinho brasileiro, tô fora", isso é algo que estamos quebrando a cada mês de luta.



3. Por que, em sua opinião, há esse preconceito por quadrinhos brasileiros?

A meu ver, pelo fato de terem feito muita merda! Tipo, muitos pensam que quadrinho brasileiro é apenas índios, pornografia, contos de lendas, ou copias de heróis americanos. Isso foi uma herança que foi deixada para nós, muitos ainda insistem nessa temática. A Ecos tem provado que é um quadrinho sério, mostrando uma nova temática inspirada na nova visão ótica dos quadrinhos mundiais, estilo europeu, Sandman e por ai...



4. E como está sendo aceita a D.T.C. pelos brasileiros, agora que vocês mostraram que também podem fazer material de qualidade?

Está sendo ótima, tem muita gente que ainda não conhece a revista e procura a gente para obter alguma edição. Estamos aprendendo com os erros e colocando a Ecos num patamar que muita gente gostaria de estar (principalmente em relação a publico, dificilmente uma HQ nacional possui um publico fixo de mais de mil leitores, é algo raro, e sabemos disso porque vendemos revistas, e quando acaba o estoque a gente pensa "Poxa, precisamos fazer mais", e isso é legal). Olha... a chegada do papel Pisa Brait (o mesmo utilizado pela Panini em suas edições) foi fundamental para isso também, todos os leitores gostaram muito do material.

Eu estou conversando com mais de vinte pessoas, e com todas é apenas um assunto: Guardião.



5. Quando vocês puderam ter o prazer de ver o primeiro HQ da D.T.C. publicado e sendo vendido junto a outros grandes HQs?

Foi no final de 2007. Lançamos a Ecos n°1 (Teste) para ver qual seria a reação do publico, e foi super positiva... Poderíamos ter lançado outra em curto tempo, mas ai veio o problema das pessoas que trabalhavam com a gente, a fama subiu a cabeça, e o projeto parou, pelo fato da gente não ter equipe de produção... Mas é um problema que graças a Deus foi resolvido.



6. Em média, com quantas pessoas conta a equipe atual da D.T.C.?

No total de 13 pessoas.



7. Não há certa dificuldade para manter as revistas com 13 pessoas?

Não, tipo, só para o título da Ecos, ficam 5 pessoas: roteirista, desenhista, arte-finalista, letreador e diagramador e por último, o revisor. Estamos colocando mais um título nas bancas, são mais cinco pessoas. Fora os especiais que estão programados para o ano. A galera se entendi numa boa, um ajudando o outro e a produção anda de forma perfeita.



8. Falando dos projetos, o que aguarda os leitores neste ano? Quais os especiais? (caso você possa divulgar, lógico)

Bom... a Ecos continua com força total, entra em cena o novo título: Universo D.T.C, que irá mostrar outros personagens da D.T.C, e no segundo semestre, sai o especial Silêncio Mortal (Guardião e Lobo Guará de Carlos Henry). O mar de Sangue ainda está sendo estudado... Temos em mente também, lançar uma revista estilo Wizmania, mas só de quadrinhos nacionais, porem, estamos estudando ainda!



9. Tratando mais desse universo criado por vocês, pode nos contar um pouco sobre os personagens da D.T.C.? (tenho conhecimento apenas do Guardião e Vitrine)

Olha só, dos outros personagens, realmente é ultra secreto, ainda pelo fato, que só queremos divulgar quando todo material estiver pronto para impressão, tipo, um mês antes estaremos divulgando na net outros personagens do universo D.T.C.



10. Certo, então fale para nós um pouco sobre o Guardião e o Vitrine mesmo, para que os leitores tomem conhecimento.

Com certeza será um dos duelos mais interessantes já vistos, porque o Guardião veste uma armadura de ultima geração e ainda é meta-humano. Já o vitrine, é apenas um homem normal, um serial-kiler que possui como sua grande virtude a esperteza. Tenho certeza que será um dos melhores duelos do quadrinho nacional...



11. Amanda, para curiosidade minha e dos leitores, pode nos dizer o que significa a sigla D.T.C.?

É uma sigla simples, é o próprio nome do Diogo, só que completo. (Diogo Tavares Costa)



12. Como vocês da D.T.C. se sentem ao ver suas HQs sendo vendidas nas bandas do Brasil?

Quase realizados, pois ainda faltam muitos lugares para chegar a revista, e em determinados estados à demora é imensa, temos muita batalha pela frente ainda...



13. Para finalizar, o que você pode dizer para aqueles que sonham em um dia trabalhar com HQs aqui no Brasil, e quem sabe alcançar o sucesso que vocês alcançaram.

Firmeza, União entre os amigos, honestidade, humildade, acreditar no potencial do personagem no qual você quer lançar no mercado e acima de qualquer coisa, a fé em DEUS., Esses são as peças fundamentais para o sucesso de qualquer pessoa!




Para aqueles que ficaram interessados e pretendem adquirir as edições da D.T.C., é possível fazê-lo por pedidos por e-mail (Diogo.t.c@hotmail.com). Além disso, desde o dia 27 a Ecos Sombrios está sendo vendida em lojas especializadas por todo o Brasil.
As edições da D.T.C. são em formato 17x26 com miolo em papel Pisa Brait, e quem quiser adquirir as três edições (releitura da primeira, a segunda e a terceira) pagaram quatro reais incluindo postagem.



obs: os textos para 10 tao muito massa!
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por snuckbinks Qui Jan 29, 2009 10:48 am

Maravilha Murilo... Parabéns!
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Mensagem por jluismith Qui Jan 29, 2009 6:45 pm

Excelente material, galera, muito bom mesmo. Parabéns pro Murilo e pra ti, Snuck.
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Mensagem por Hiro Dom Fev 01, 2009 4:05 pm

Provavelmente só o JL vai lembrar desse:


Koumorinin


Depois daquele dia, nunca mais foi o mesmo. Nenhum deles foi. Depois do dia em que Wain no Tomo encontrou seu destino. Wain sabia qual era seu papel neste mundo, nesta vida. Historiador formado pela Toudai, a Universidade de Toukyou, se especializou em movimentos religiosos e folclore clássico. Durante os últimos anos, aparentava ter se inebriado com o trabalho. Sua esposa quase nunca o via. Chegava a esquecer que seu primogênito chegara, esquecia do pequeno Buruse. Mas que homenzinho não se comportaria como Tomo se estivesse em seu lugar? Qual deles não ficaria consumido pela visão da grandeza a tão poucos passos?
Fora em um sítio arqueológico a algumas centenas de quilômetros de Kyouto. Estava lá o esperando. Sempre estivera lá. Era seu destino, sua chance, era sua função. Fora naquele lugar que Wain encontrou a caverna e, em seu interior, o templo… Não, era uma prisão. Acreditavam os antigos do século XII que houveram eles ali aprisionado um oni imortal conhecido por Hazu Aru-Guru. Wain creditava à caverna função de clausura de um verdadeiro espírito do mundo inferior. Ali, sob a peça de porcelana na forma de um rosto obscuro e macabro, com um largo e chato nariz, com presas inferiores que se projetavam para além da boca larga e retorcida, com sua fronte tingida por um antigo pigmento rubro e com cabelos alvos que aparentavam ser verdadeiros cabelos humanos… Nesse lugar, Wain no Tomo ofereceu sua essência mais profunda, a energia que ligava sua consciência abstrata à força biológica incontrolável que comandava seu corpo. Naquele lugar, naquele momento, Wain no Tomo ofereceu seu reiki, ou o que vocês ocidentais vagamente conseguem identificar pelo termo “alma”.
Em troca desse precioso presente, Tomo reclamou Poder. Mas o que seria O Poder, perguntam vocês, oh tolos? Poder é a chave que abre as portas em seu mundo. Ele já teve inúmeras formas. Sempre em mutação, sempre em movimento, mas sempre igual. Sim, eternamente igual, vocês não vêem? Claro que não, homenzinhos, é só isso o que vocês são. Entretanto, Wain no Tomo entendeu, oh sim, ele entendeu. Desejava o poder para mudar o mundo. Queria derrotar a fome e a miséria, queria acabar com o sofrimento do seu povo, do povo de ningenkai, o mundo dos homenzinhos.
E Tomo recebeu, sim, ele recebeu. Recebeu O Poder na forma em que ele se encontrava naqueles dias. Recebeu em uma das mãos riquezas infinitas. Na outra, lhe foi ofertado o poder de controlar os daimyo daqueles dias. Só que o oni não estava interessado em reiki algum. Por que estaria? Já possuía o seu. O oni desejava outra coisa, aquilo que ele não possuía. Estava aprisionado há muito, oh sim, homenzinhos, muito além do que vocês poderiam contar em toda uma de suas vidas. O oni fora arrancado se seu corpo e colocado ali, naquela imagem. O que lhe faltava agora era um corpo. O espírito do mundo profundo pediu a Tomo o que lhe fora negado. As partes de seu corpo que uma vez lhe foram arrebatadas uma a uma.
Tomo necessitava de um corpo, necessitava se realmente pretendia alcançar seu destino. Mas onde um homenzinho encontra um corpo seu além do próprio que ocupa? Sim, sim. Vocês começam a entender. Percebem a posição de Tomo. Aquele seria um pequeno sacrifício, um pequeno pagamento pelo bem maior. Seria um mísero preço pela salvação de todos os homenzinhos e de todos os demais que os acompanham em ningenkai. Como Tomo poderia dizer “não”?
Oh, sim, homenzinhos. Tomo fez como qualquer um de vocês faria. Não importa que digam o contrário, eu sei, e vocês também sabem, que qualquer um de vocês tomaria a mesma decisão. Sim, sim, homenzinhos, vocês podem se enganar, mas não podem enganar a mim. Tomo deixou a caverna com riqueza em uma mão e influência em outra. Tomo deixou a caverna sem o pequeno Buruse nos braços.
O pequeno Buruse agora pertencia ao oni. Era o justo, fora o combinado. Arrancando-lhe cada parte de que necessitava, arrancando seus olhos e ouvidos, seus braços e pernas, pulmão e fígado. O oni reconstruiu o seu corpo. Agora, ele era quase igual a um homenzinho como vocês. Exceto, claro, por seu interior. Antes de partir, o oni deixou a carcaça do pequenino ali, caída no campo.
Então, homenzinhos, agiu aquilo que alguns de vocês chamam de sina; e outros, de sorte, sem perceberem, pobres tolos, que ambos são uma única e mesma força. Vindo de uma caçada bem sucedida, passava um ancião cujo nome na sua língua de homenzinho pronunciava-se Arufu Redo. Esse homenzinho era um artesão. Vivia da arte de dissecar e empalhar outros animais, que de fato são idênticos aos homenzinhos, mas que vocês os renegam para tentarem alcançar o status de superioridade. Esse homenzinho que se chamara Arufu Redo encontrou a carcaça daquele pequeno Buruse. Ao examiná-lo, percebeu que a criança tivera quase todos os órgãos de seu corpo removidos, mas havia permanecido em seu lugar o coração. Pois para que o oni desejaria um coração?
Em sua cabana, Arufu Redo trabalhou durante toda a noite. Trabalhou para salvar a vida que aquele pequeno homenzinho nem sabia que possuía. Usando as partes que lhe pareceram mais apropriadas, retiradas de sua caça, Arufu Redo remendou, reforçou, costurou e reconstruiu o corpo daquela criança. Sim, a criança sobreviveu, mas só para desfrutar de uma existência nas sombras, oculta pelo homenzinho que o salvara, para que sua monstruosidade não aterrorizasse os demais homenzinhos.
Pois pensam vocês que Arufu Redo era um monstro ainda maior por permitir que aquela criança continuasse a viver sendo um monstro? Então se espantem, homenzinhos. Espantem-se como ocorreu até a mim. Arufu era um homenzinho muito acima da média. Ele vagou por vilas pequenas e quase esquecidas atrás de homenzinhos que haviam deixado ningenkai. Logo que suas famílias não mais conseguiam chorar, pois todas suas lágrimas já haviam tombado, Arufu retirava seus corpos da boca da terra e lhes roubava as partes que serviriam ao velho homenzinho e não mais aos que jaziam sob o chão. Com essas partes de corpos, Arufu Redo reconstituía o menino que fora de Tomo, que fora do oni e que naqueles dias era seu. Removia a parte de animal, e, em seu lugar, colocava a parte tirada de um outro homenzinho. Com o passar dos anos, Arufu foi lentamente devolvendo a humanidade àquela carcaça que encontrara caída no campo em um crepúsculo.
Entretanto, mesmo estando acima de seus pares, Arufu Redo era só um homenzinho. Como ocorre a todos, seu tempo em ningenkai expirou, e ele se juntou ao sono daqueles que perturbava. E quanto ao menino, vocês me perguntam? Ele ficou lá, oculto nas sombras, inacabado. Quase um homenzinho como os outros, como você, mas muito longe de ser um de vocês.
Por essa razão, eu lhes afirmo, homenzinhos: depois daquele dia há anos em que Wain no Tomo encontrou seu destino, eu, Hazu Aru-Guru, nunca mais fui o mesmo. Hoje, eu ando entre vocês, rindo de suas existências efêmeras e frustradas como uma explosão de energia que se manifesta ao máximo em um único pulsar, e, no momento seguinte, sucumbe como se nunca tivesse existido. Eu estou aqui sentado ao seu lado, olhando você passar e rindo de como vocês são tolos ao se imaginarem sábios.


Última edição por Hiro em Dom Fev 01, 2009 11:05 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Rodrigo! Dom Fev 01, 2009 7:15 pm

Shocked Shocked Shocked

Caray

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Mensagem por Hiro Dom Fev 01, 2009 10:41 pm

Rodrigo! escreveu:Shocked Shocked Shocked

Caray

Shocked Shocked Shocked

Só não sei se isso é uma coisa boa ou ruim.
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Mensagem por Rodrigo! Dom Fev 01, 2009 11:07 pm

aaahnnn... é bom. Very Happy
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Mensagem por Hiro Dom Fev 01, 2009 11:13 pm

Eu tenho um "capítulo dois" disso em algum lugar...
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Mensagem por snuckbinks Seg Fev 02, 2009 7:21 am

Koumorinin

Acho que esse texto merece ilustrações no próprio estilo japonês... talvez o Murilo possa fazê-las pra gente... ah eu quero diagramar!
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Hiro Ter Fev 03, 2009 11:09 pm

Coisas:

Coisa um: acho melhor colocar o título de "Terra-53: Koumorinin", porque essa história faz parte do "universo" da Terra-53 que eu e o JL bolamos há algum tempo. Daí, caso mais alguma daquelas idéias vire algo mais concreto e vá pro zine, dá pra fazer a referência que fazem parte de um mesmo universo.



Coisa dois: uma ilustração. Imaginei algo desse tipo.

FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 03-1930545825T
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Rodrigo! Qua Fev 04, 2009 7:59 am

Ok. Agora explica o que é a Terra 53, que eu mal me lembro - só me lembro do termo Smile
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Mensagem por Hiro Qua Fev 04, 2009 10:55 pm

Era mundo repleto de versões "japonesas" dos personagens da DC.
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Rodrigo! Qui Fev 05, 2009 8:03 am

Da Marvel não?
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty De estréias...

Mensagem por cpt_knight Qui Fev 05, 2009 10:58 pm

Salve, Apagatti!

Bom, eu tinha que começar com alguma coisa, não é...

A QUEDA DE ZHINDAO

Imóvel na torre mais ao norte da amurada principal, sua silhueta era inconfundível. Os mais jovens o observavam com admiração. Os mais experientes o observavam com respeito. Mas os veteranos, os poucos que ainda estavam nas fileiras do exército do reino de Zhindao, sabiam que aquilo era um mau presságio.
Gyang Thai, o mais lendário guerreiro daquele reino. Nos áureos anos do rei Biamei No, ele se destacou por sua força, coragem e crueldade. Muitos diziam que a expansão do reino se devia única e exclusivamente a ele. Tal era sua destreza em batalha, que lhe foi concedido o comando de um batalhão – os Guerreiros da Lâmina Rubra, que levou o flagelo e o caos para os adversários de Zhindao. Quando as guerras se acabaram por já não haver quem pudesse fazer face ao poderio do reino, ele se tornou o chefe da guarda de elite do rei. E assim permaneceu até a morte do soberano.
Isolou-se, então, nas montanhas meridionais de Zhindao, onde começou a trabalhar como ferreiro – a maneira que encontrou de se manter lidando com armas. Nem seu vilarejo natal, nem a grande capital o atraíram. Era no campo de batalha o único lugar em que se sentia a vontade.
Os anos se passaram e com eles veio a divisão do reino entre os três príncipes herdeiros. Cada qual preocupado com riquezas e vaidades, negligenciaram as fronteiras e a preparação de seus exércitos. Zhindao, antes respeitado e temido, tornou-se cobiçado alvo de seus vizinhos. Sobretudo de um antigo aliado, o reino de Mayang.
O inevitável aconteceu. Forças invasoras assaltaram as terras de Zhindao. O mais velho dos princípes tentou se opôr aos inimigos e caiu lutando junto com suas tropas. O irmão do meio fugiu no meio da batalha, deixando seu exército à própria sorte. O último legado de Biamei No, a outrora orgulhosa cidade-fortaleza de Pyan Mu, sede do governo de seu filho mais novo, era o último bastião de Zhindao e próxima presa dos inimigos.
Os remanescentes do reino foram mobilizados, cada homem e mulher. Foi quando Gyang Thai saiu de seu exílio. A idade já pesava sobre seus ombros – não possuía mais a agilidade e a força da juventude, já não poderia lutar na linha de frente, mas sabia que sua presença traria inspiração. E o destino havia sorrido mais uma vez para ele, dando-lhe a oportunidade de uma batalha mais.
Os soldados se afastavam ao vê-lo passando com sua antiga armadura. Os comandantes respondiam a suas reverências. Levando consigo sua lança de larga lâmina, seu arco longo a tiracolo e três aljavas de flecha, Gyang Thai subiu resolutamente para sua posição.
E do alto da torre mais ao norte da amurada da cidade-fortaleza, ele viu o sol se levantar no horizonte naquele dia glorioso. Orou aos seus antepassados, rogando para que pudesse fazer cair tantos adversários quanto possível. Viu as inúmeras fileiras alinhadas do exército inimigo em ordem de batalha. Sentiu um frêmito percorrer seu corpo. Não era medo, nunca soube o que era isso. Era êxtase, a sensação que o acompanhou em cada luta que travou e que agora estava de volta.
Acompanhou a comitiva de nobres e o próprio monarca de Mayang se aproximar para propor a rendição. Viu o jovem príncipe e seu séquito sair pelos portões da fortaleza e se dirigir para o ponto de encontro. Mas não acreditou quando o príncipe desceu do seu cavalo e se ajoelhou diante do monarca inimigo. De súbito entendeu o que estava acontecendo: o príncipe iria se render, numa tentativa de manter suas terras e seus servos, se tornando um lacaio de Mayang.
A surpresa deu lugar a ira. Sem hesitar, retesando seu arco, Gyang Thai fez um disparo. A flecha atravessou os ares e acertou o peito do monarca de Mayang. Seguiu-se uma escaramuça, onde o príncipe e seus acompanhantes foram mortos. E, a uma ordem de um enraivecido general, as hordas inimigas avançaram em fúria, para vingar seu rei.
Gyang Thai selara, assim, a sorte do reino de Zhindao e de seu povo. Mas por nada, nem ninguém, ele iria abrir mão do direito de morrer como um guerreiro.
.....
E por muito tempo foi cantada a queda de Pyan Mu, sua resistência desesperada e inútil. E de como o último homem na última torre não se rendeu, nem se entregou – lutando até seu último suspiro, com um ensandecido sorriso no rosto.
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Hiro Sex Fev 06, 2009 12:27 am

Rodrigo! escreveu:Da Marvel não?

A princípio, não. Mas creio que nada impeça que seja feito.
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por jluismith Sex Fev 06, 2009 11:48 pm

Era da DC sim...Já tínhamos criado algumas coisas, o Nano estava envolvido também, e mais algumas pessoas. Estava bem divertido e ainda iria me ajudar a impressionar garotas nipo-brasileiras (se eu conhecesse alguma).

E Hiro, excelente texto, cara.
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Mensagem por Kio Sex Fev 13, 2009 8:23 am

Texto: Secolo
Diagramação:
2 páginas



PRIMEIRO AMOR

-Até hoje me lembro do meu primeiro amor. – dizia Osvaldo. Ela era a coisa mais linda que eu já vira, você sequer pode imaginar o quanto...
Depois de falar isso, ele ficou em silêncio por cerca de uns cinco minutos. Seu olhar estava perdido, e eu não tinha a mínima idéia de quem era aquele senhor de idade já avançada, que sentara-se ao meu lado. Sabia apenas que seu nome era Osvaldo, assim como o meu.
Fiquei esperando que ele voltasse a falar, pois aquela noite, ao menos para mim, estava sendo muito estranha. Eu saíra de casa para revelar todo o meu amor à Lúcia, uma colega minha, pela qual eu já nutria uma paixão platônica há mais de dois anos, sem jamais ter a coragem de contar-lhe. Mas eu decidira que aquele seria o fim de minha espera angustiante, sonhara e imaginara que ela aceitaria o meu sentimento, contudo, ela nada sentia por mim.
Saí de sua casa, desesperado, sofrendo e chorando, não tinha a menor idéia do que fazer, apenas desejava morrer, acabar com minha vida. Naquele momento eu me encontrava tão insano que, ao chegar no viaduto da cidade, quis me jogar de encontro com a morte. Mas, ao invés disso, sentei-me no meio-fio e ali fiquei com minha terrível dor. Foi nesse momento que Osvaldo sentou-se ao meu lado, disse seu nome, e procurou puxar conversa, entretanto, eu ficara em silêncio, não queria falar com ninguém, queria apenas ficar sozinho.
-Ela se chamava Lúcia e, para mim, era perfeita, com seus cabelos castanhos e ondulados, seu sorriso era maravilhoso. Seus olhos eram duas pequenas e brilhantes estrelas, suas mãos eram delicadas, assim como, como toda ela...
Osvaldo novamente me olhou, com um olhar perdido no passado – ao menos assim eu pensava.
-Mantive o meu amor por ela, por muito tempo, em segredo, guardava toda a paixão apenas para mim, até que um dia, num acesso de loucura, não sei, fui até a casa dela e chamei-a para conversar, mal sabia o que deveria dizer. Sentia apenas minhas pernas bambas, o estômago gelado, o sangue a me fugir das veias, eu era, ali, o próprio retrato do medo. Naquele dia fiquei olhando para ela, desejava tocá-la, beijá-la, mas eu não fazia nada.
-Ela então me perguntou o que eu queria – continuou Osvaldo. – e eu comecei a gaguejar, e tentar lhe falar, até que saíram as palavras que há tanto tempo eu desejava dizer. Naquele instante, achei que ela iria pular em mim e me cobrir de beijos, mas nada disso aconteceu. Ela apenas olhou para mim e disse que o que eu fizera era muito bonito, que gostava de mim como amigo, e, para meu martírio, que estava apaixonada também, mas por outra pessoa...
Novamente ele ficou em silêncio, eu também nada falara até aquele momento e não sabia aonde ele queria chegar, mas fiquei esperando.
-Eu quis me matar quando ela falou aquilo, jamais imaginei ficar sem o amor dela, era a minha primeira paixão, e faria tudo que ela pedisse, mas aquela descoberta fora demais para mim, eu sabia que ela não namorava ninguém, por isso fora procurá-la e lhe revelar todos os meus sentimentos. Mas antes de sair da casa dela, ela me disse que sabia o que sentia, pois ela queria ter a mesma coragem que eu tive, para se declarar ao rapaz que encantava seu coração.
-Depois que me despedi dela, desejava apenas acabar com minha vida, destruir minha existência. Meus pensamentos eram egoístas, pois por causa de um curto não, queria acabar com tudo. Não pensei naquele momento em meus pais, em meus amigos, pensava apenas em mim...
Olhei para ele e vi algumas lágrimas rolarem por seus olhos, e aguardei o fim de sua história, que ele contou-me apenas minutos depois.
-Minha dor era tanta, que cheguei numa ponte e decidi pular, mas ao olhar o rio vi meu reflexo e percebi que se eu pulasse naquele momento e morresse, eu encontraria a cura de minha dor e o fim do meu sofrimento, mas também que ao morrer, as pessoas de quem eu tanto gostava também sofreriam, e o que é pior, eu colocaria um enorme fardo de culpa sobre Lúcia, pois ela saberia que minha morte ocorrera por sua causa. Desisti então dessa idéia e resolvi lutar para conquistar seu amor. Mas sempre que a via, eu ficava em silêncio, me apaixonando cada vez mais, até que um dia, sem explicação meus sentimentos por ela começaram a diminuir, porém, posso lhe dizer que jamais a esqueci. Nunca fiquei com ela, mas até hoje me lembro dela...
Osvaldo então levantou e tal qual como chegou foi embora. Fiquei por mais algum tempo sentado no meio-fio do viaduto. Depois fui embora.
Já se passaram muitos anos desde aquele dia, encontrei outras paixões, mas nenhuma delas me fez esquecer o meu amor por Lúcia. E somente agora, compreendi o motivo daquele senhor idoso ter entrado em minha vida.
Apenas agora percebi as coincidências de sua história com minha vida, pois hoje, depois de ter acabado de jantar, fui escovar os dentes e olhei-me no espelho e vi as mesmas feições de Osvaldo. Naquele instante, lembrei-me de sua história e das suas coincidências com minha vida. Seu nome, o nome de sua primeira amada, sua confissão de amor, sua desilusão, seu desejo de se matar.
Tanto a forma como ele chegara, como saíra, havia sido muito estranha, pelo menos assim pensei em todos esses anos. Posso até estar enganado, mas acredito que aquele senhor, cujo olhar – para mim – parecia estar perdido no passado, na realidade estava perdido no presente, pois hoje, creio que aquele velhinho era eu...
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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Haziel Qui Fev 26, 2009 2:06 pm

Espero que gostem desta humilde contribuição minha:

Trago aos leitores do Farrazine um conto da coletânea de contos angelicais do selo “Extreme Comics”, chamada Missão Angelical, lançada para promover uma futura HQ do selo, que é uma parceria dos grupos The Centurions e SoQuadrinhos.

A Estrela


Ela ministrava aula com muito entusiasmo, fazia todos se interessarem pelo assunto dado, e alguns até mesmo por ela, pois era apaixonante. Mas, por baixo de tudo isso, notava-se certa tristeza escondida.
Mas o que poderia ser? Ela é linda de corpo e alma, todos a amam... é bem sucedida no trabalho de professora de línguas (principalmente antigas), é Doutora em uma universidade no norte do país... é casada, e bem casada com um advogado, como alguns amigos poderiam dizer. É aparentemente muito feliz, afinal ela sorria o tempo todo!
Então, o que poderia estar faltando? O que aquele rosto tão meigo e angelical poderia está mascarando? Poderia ela ter um segredo?

...


É tarde da noite, ela observa as estrelas da janela de seu quarto, como faz vez por outra ao pôr-do-sol ou próximo a seu nascer. Seu marido viajou a trabalho... nesta noite as estrelas estavam mais brilhantes que em outras... ela sorria!
Uma das estrelas se aproxima cada vez mais dela, pelo menos essa é a impressão que se tem. Ela sorri, pois lembra de uma promessa feita por alguém que já foi muito importante tempos atrás.

“- Dinah, meu amor... um dia trarei uma estrela dos céus, pra fazê-la brilhar só pra você, trazendo a luz de meu amor junto ao seu coração... esse será meu sinal!”

Ela não havia entendido o que ele quis dizer com “sinal”... no entanto, agora ao lembrar, ela sorri melancolicamente. Logo em seguida vem a surpresa, a “estrela” já estava a alguns metros dela. Surpresa maior foi ao notar por trás do brilho um objeto, era uma jóia em forma de estrela, um pingente que de forma surreal pairava a sua frente.
Nesse instante ela pôde perceber o que estava acontecendo, era seu presente, ele cumpriu a promessa. Agora ela tinha sua estrela vinda direto do céu, e se estivesse certa, a luz era a de um amor há muito tempo deixado... ela sorri, não o sorriso que todos vêem todos os dias, era um sorriso divino que a muito tempo não aparecia em seu rosto.
Mesmo distante, parecia que ele não a esquecera... apesar de agora ter outra vida, ela ainda lembrava de sua vida anterior. Vida essa que ninguém conhecia, nem mesmo seu próprio marido.

...


Certa época, a muito tempo atrás e em outro lugar, ela fora um ser angelical, ainda o é, pois tão bela e cativante criatura só poderia ser um ANJO! Sim, esse é seu segredo, ela foi uma criatura divina tempos atrás...
Dinah (ou Estela, como é chamada hoje na terra) fora um anjo da cúpula de guerra angelical, uma guerreira celestial, combatia com a mesma paixão e entusiasmo que hoje ensina línguas. Ela tinha um grande amor entre os grandes guerreiros angelicais, eles eram muito felizes, não se tinha conhecimento de casal mais feliz em todo o reino angelical... mas, eis que durante A Grande Guerra ela recebe uma missão... missão essa que a faz escolher entre o seu grande amor e a vontade de Deus!
Ela escolheu obedecer a vontade de Deus... um anjo-guerreiro só poderia fazer essa escolha, nada mais poderia fazer, apenas seguir adiante. E se ela tivesse decidido por contrariar a vontade do Senhor, o que poderia ter-lhe acontecido? Ela já havia ouvido falar de exemplos disso. E nunca passou por sua cabeça desobedecer.

...


Estela, olhando mais atentamente para o “sinal” percebeu uma inscrição: “Ani ohev otah”, para ela aquilo era muito familiar, era EU TE AMO em hebraico... e ela balbuciou: “- Ani ohev et otha”. Ficou em silêncio, pensando... então se indagou:

- Ele chegou? Ele lembra de mim, seria esse o amor que não conhece tempo ou distância? E agora o que farei? Eu sou humana agora, e estou casada com um humano, fiz a minha escolha tempos atrás...

Sua fé e fidelidade a Deus são inabaláveis... isso é inquestionável! Subitamente, lhe veio uma dúvida, a quem ela fez a vontade realmente? Afinal, contato direto com Deus nunca teve, poucos anjos tinham esse privilégio... quem lhe passou a missão fora outro anjo, um anjo superior que disse ter recebido orientação direta do Todo-Poderoso. Teria sido mesmo verdade? Se não o foi, por que esse anjo cometeria tal ato?
De repente ela percebe que talvez tenha agido tal qual os homens da terra, obedecer sem questionar uma “suposta” vontade de Deus. Os homens costumam acreditar que um livro escrito por outros homens a menos de dois milênios, traz a palavra do próprio Deus nele. Até mesmo quando essa “palavra” diz que sua felicidade não importa, só importando obedecer cegamente o que lá está escrito.
Então ela volta a observar o céu, e a acariciar carinhosamente contra o peito a sua própria estrela...


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FARRAZINE # 10 - TEXTOS - Página 2 Empty Re: FARRAZINE # 10 - TEXTOS

Mensagem por Kio Qui Fev 26, 2009 2:13 pm

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