FARRAZINE # 11 - REDAÇÃO - ****link para revisão*****

Eu acho que a mensagem politica mais forte de Watchmen é que tudo o que superheróis fazem é preservar o status quo. Manter as coisas como estão.

"Tudo o que nós conseguimos foi fracassar em impedir que Adrian Veidt salvasse o mundo". Essa frase do Coruja pra mim chamou a atenção desde minha primeira leitura.

Os superheróis são aceitos pela socieadade enquanto defenderem a manutençaõ dos valores sociais: combater os trombadinhas de rua, o supervilão da vez que quer dominar o mundo, etc. Mas porque um supervilão quer dominar o mundo? Mandar no mundo dá trabalho pra caramba! Sempre entendi melhor os ladrões de joalheira que enfrentam o Flash. É uma motivação prática.

A não ser que o verdadeiro motivo dos vilões não seja exatamente dominar o mundo: mas salvar o mundo. Na maneira deles pensar, dentro do seu fanatismo, para "salvar" o mundo eles tem que dominá-lo. Um dos vilões que melhor exemplifica isso é o Doutor Destino: ele acredita que pode transformar a Terra num paraíso, mas exige total submissão e obediência em troca. Politicamente ele é um facista, um tecnofascista eu diria.

Nenhum ser humano dorme pensando "eu sou o vilão". Tudo que é político que apronta, no fundo no fundo, é com a "melhor das intenções". "Sim, eu comprei os deputados, mas precisava que eles votassem naquela lei que beneficiaria o país"; "Vou pegar uma comissão, mas já trabalhei tanto de graça pela sociedade, tenho esse direito"; "Vou beneficiar essa empresa, mas eles em troca vão doar dinheiro pra minha campanha, e é importante para ajudar o povo que eu me eleja".

Ozymandias pode estar errado, seus planos podem dar em nada, ou pode muito bem ter funcionado. Alan Moore deixa a resposta em branco porque "nada realmente tem fim", e assim permite que cada leitor tome suas próprias conclusões. Mas o fato é que Ozzy queria salvar o mundo. De uma forma sanguinária, mas seu desejo não era o poder para uso egoísta, nem ser reconhecido por alguma vaidade (seu anonimato é fundamental para o plano dar certo).

Certo ou errado, Ozzymandias queria salvar o mundo. E os heróis tentam impedi-lo. O "vilão" tenta suberveter o status quo, acabar com a guerra fria, mudar a ORDEM do mundo. E os heróis vão correndo para manter o status quo.

Mas quem disse que o status quo é bom? Caso superheróis existissem, como mostrou Mark Millar em Ultimates e War of Heroes, estariam lá no Iraque participando da guerra suja americana. Provavelmente os superheróis seriam usados para conter passeatas e greves, eu não duvido.

Por isso eu não gosto que misturem o RObin Hood e o Zorro neste balaio. Porque eles não eram superheróis. Eles eram foras da lei. Eles lutavam contra o sistema. Ambos ROUBAVAM dos ricos. Eles cometiam CRIMES. Se nos dias atuais alguém fizesse a mesma coisa a gente consideraria marginal e bandido. NOs gibis do Flash, inclusive, o Flautista fazia a mesma coisa. Sim, um dos vilões do flash faz a mesma coisa que Robin Hood, mas não é considerado herói. E o Flash vai lá prendê-lo, afinal Barry Allen é um tira, cabe a ele fazer a manutençaõ da ordem. Do status quo.

Uma das coisas que eu mais odiei na adaptação do cinema foi isso: deram crachá pros personagens: quem é bandido, quem é herói, do jeito que funciona Hollywood. No gibi, todos os heróis são dúbios - o rosharch é um homem pertubado, possivelmente um psicopata, além de revelar uma série de preconceitos; manhattan é um sujeito omisso que não liga pras atrocidades seja do governo dos eua seja do ozzymandias ou do comediante; o comediante é um fascista; o coruja é um nerd que foi longe demais no sonho de serum superherói; a espectral uam filhinha da mamãe futil eperdida; e ozzymandias não tem escrupulos para cumprir a sua missão sagrada. quem é herói? quem é vilão? o gibi deixa a gente escolher.

O filme, não.

Seguindo minhas anotações, temos para o # 11 o seguinte:

• Ombudsman com a morte do Bráulio - 1 página

• Lego (J e Rodrigo) - 1 página

• Garota Esquilo (se o J. conseguir restabelecer contato) - 2 páginas

• Ricardo Soathman (divulgação) - 1 página

• Godzilla Bravo (Brontops)- 2 páginas

• Resenha Spirit (Schepens) - 1 ou 2 páginas

• E seria bom continuar com a página-jabá de blogs, aumentando ou trocando

• EC Comics (Nano) - 5 páginas

• Entrevista Lilian - (Palhastro - Mainardi) - 3 ou 4 páginas

• Histórias de Terrir - (Vino) - 2 páginas

• Leitores (Von Dews) - definir páginas

• Albaria - parte 3 (Wilton) - 8 páginas

• Checklist (Secolo) - 1 página

• Entrevista Gimenez - (Ramón - Vino) - 2 páginas

• Farratown - (ainda sem material) - 1 página

• Pinup (Gileno)

• Rascunho Studio (Alzir - Snuck) - 2 páginas

• Mágica (Cara) - definir páginas

• Entrevista podcasters (Kio) - definir páginas

Se tiver algo que esqueci de anotar, avisem.

Vino, você vai fazer a introdução e diagramação do Gimenez? Quantas páginas para o Terrir?

Marcelão, você pretende fazer a introdução da entrevista da Lilian curta ou longa? Tem mais algum material para o Farratown?

Von Dews, tem idéia do tamanho do texto?

Snuck, quantas páginas para o Alzir?

Cara, tem idéia do tamanho do texto sobre Mágica?

Kio escreveu:Vino, você vai fazer a introdução e diagramação do Gimenez? Quantas páginas para o Terrir?

Sobre o Gimenez: só se ninguém mais puder fazer. Prefiro ficar só com o Terrir e o Bráulio, nessa edição, pra ter certeza de que posso dar conta. Não quero prometer o que depois não vou cumprir. Ainda quero revisar aquela tradução.
Sobre o Terrir: 2 páginas, a serem entregues o quanto antes.

Desculpa, gente, mas a First Life está apertada. Quero ter certeza de que vou cumprir aquilo que me comprometo a fazer. Depois, havendo tempo, trato do que puder assumir com o que estiver faltando.

K-io, para quando é o 11? Só preu saber o quanto posso relaxar antes de me desesperar...

Kio... posso pegar

EC COMICS -------------- ?
SPIRIT -------------------- ?
Mural de JABÁ ---------- ?

Sobre as páginas do Alzir são duas mesmo...

VINO
Sobre a capa? Alguma idéia?

Pô Vino, roubou meu discurso...

Mas você não deixou claro se não pode fazer a introdução e a diagramação ou só o diagramação.

Caso não possa fazer a introdução, alguém que conheça o assunto precisa se habilitar.
De Gimenez só conheço as belíssimas artes que pintaram por aqui.

O nº 11 está prevista para lançamento no dia 18/05, Rodrigo.

Snuck, EC Comics e Jabá liberados. Quanto ao Spirit, preciso ver com o Schepens. O filme estreia em breve e o lançamento do zine tá longe... talvez falar sobre o filme do Wolverine fosse mais adequado. Ou mesmo outro assunto, não precisa necessariamente escrever só resenhas de filmes.

Ah, e a capa será sobre o Gimenez mesmo, Snuck.

Kio escreveu:
Marcelão, você pretende fazer a introdução da entrevista da Lilian curta ou longa? Tem mais algum material para o Farratown?

Olha tenhos umas idéias aqui, mas será curta.

Estava a fim de desenhar o Metabarão para auxiliar na arte do miolo.

Farratown ... tenho alguma coisa do Capitão Confiança ainda. Mas creio que poderia ser outros personagens. Ou ainda um Origens para outro heróis.
POVO, PRECISAMOS DE IDÉIAS PARA FARRATOWN!!!!

Kio escreveu:Pô Vino, roubou meu discurso...

Mas você não deixou claro se não pode fazer a introdução e a diagramação ou só o diagramação.

Deixei, sim, cê que leu o que queria em vez do que estava escrito.

Sério, só se ninguém mais puder fazer. Eu traduzi a entrevista de forma muito mais rápida do que gostaria. Se alguém pudesse revisar o texto, procurando alguma incoerência, eu agradeceria. Ainda vou fazer isso, mas só pra garantir. Eu gosto da saga dos Metabarões, mas nunca terminei de ler. Não sei se seria indicado pra fazer a introdução. Talvez o Ramón fosse melhor, se ele tiver tempo.

Eu roubei seu discurso? Qual? O de não prometer o que não vou poder cumprir? Cê também ia dizer isso?

Impressão minha ou vamos ficar apertados nessa edição?

Snuck: O Gimenez é conhecido pelo traço realista e pelas composições e designs quase líricos que ele usou nos Metabarões. A tecnologia que ele desenha é bem legal, e tal... se eu fosse tentar desenhar a capa tentaria emular isso de alguma forma. Talvez desenhando o Gimenez no "casco" do metabarão aquele, que era mecânico, e tinha um lay-out legal, ou com as "orelhas" estranhas do metabarão último, aquele que ficou mais conhecido do público por aparecer no Incal também. Com o espaço ao fundo, e talvez uma das naves de baleia que sãoi mencionadas na entrevista? Até uma montagem com o desenho por cima serviria, na minha opinião.

É só no que posso pensar agora. E tenho que correr, porque estou atrasado. Espero ter ajudado.

Mainardi escreveu:

Farratown ... tenho alguma coisa do Capitão Confiança ainda. Mas creio que poderia ser outros personagens. Ou ainda um Origens para outro heróis.
POVO, PRECISAMOS DE IDÉIAS PARA FARRATOWN!!!!

Talvez mais vilões pros heróis de Farratown enfrentarem. Aparecem sempre bastante heróis, precisamos de adversários "à altura".

Estava pensando num com nome bem sinistro "O Procrastinador". Ele tem a capacidade de fazer os heróis adiarem a sua captura. O herói chega pra ele, e o Procrastinador lembra que primeiro o herói deve socorrer a vítima. O herói volta pro combate, o Procrastinador lembra que antes o herói deve escutar a origem do vilão. E o herói pergunta: "Qual é o seu podermesmo?"

kkk! Ei, isso é bom! E pode acontecer para vários heróis - "The Curse of the Procastinator!" (algo como um crossover entre os varios heróis, até que "Aquele Grupo de Heróis" consegue capturá-lo... Como? Não sei ainda Mas vou pensar em alguma coisa...

Achei: o Homem Preguiça! Quando o procastinador usa seu poder em cima do Homem preguiça, o efeito é inverso, e ele acelera (não faça depois o que você pode fazer antes!) É um efeito cumulativo: não é algo imediato, mas cada vez que o Provastinador atua em cima do Homem preguiça, ele se torna mais rápido! (afinal, ele tem de ser um homem decidido para ser um herói com a velocidade da preguiça, por isso ele consegue resistir...!)

Pode dar certo...

Aliás, alguém pode me informar quais são os heróis de Farratown atualmente? Preu pensar em alguma coisa - só me lembro do Boanoiteman e do Homem preguiça...

Rodrigo! escreveu:Aliás, alguém pode me informar quais são os heróis de Farratown atualmente? Preu pensar em alguma coisa - só me lembro do Boanoiteman e do Homem preguiça...

http://farratown.blogspot.com/

disponível para ilustrações.

Nano Falcão escreveu:
Eu acho que a mensagem politica mais forte de Watchmen é que tudo o que superheróis fazem é preservar o status quo. Manter as coisas como estão.

"Tudo o que nós conseguimos foi fracassar em impedir que Adrian Veidt salvasse o mundo". Essa frase do Coruja pra mim chamou a atenção desde minha primeira leitura.

Os superheróis são aceitos pela socieadade enquanto defenderem a manutençaõ dos valores sociais: combater os trombadinhas de rua, o supervilão da vez que quer dominar o mundo, etc. Mas porque um supervilão quer dominar o mundo? Mandar no mundo dá trabalho pra caramba! Sempre entendi melhor os ladrões de joalheira que enfrentam o Flash. É uma motivação prática.

Não discordo de você. Só lembrando que o pitaco é no sentido de tentar trazer outras visões sobre o filme que ainda não tenham sido discutidas.

Nano Falcão escreveu:
Por isso eu não gosto que misturem o RObin Hood e o Zorro neste balaio. Porque eles não eram superheróis. Eles eram foras da lei. Eles lutavam contra o sistema. Ambos ROUBAVAM dos ricos. Eles cometiam CRIMES. Se nos dias atuais alguém fizesse a mesma coisa a gente consideraria marginal e bandido. NOs gibis do Flash, inclusive, o Flautista fazia a mesma coisa. Sim, um dos vilões do flash faz a mesma coisa que Robin Hood, mas não é considerado herói. E o Flash vai lá prendê-lo, afinal Barry Allen é um tira, cabe a ele fazer a manutençaõ da ordem. Do status quo.

Só lembrando que vários heróis populares (lembro de dois, pelo menos: o Aranha e Batman... Deve haver outros) já passaram maus bocados com a lei. Além disso, o vigilantismo também é fora da lei, também é um crime. Mas eu admito que é discutível isto. Pra mim, heroísmo precisa de um "pingo" de rebeldia, senão é história policial. Deve ser por isto que prefiro Marvel à DC... rss

Nano Falcão escreveu:
Uma das coisas que eu mais odiei na adaptação do cinema foi isso: deram crachá pros personagens: quem é bandido, quem é herói, do jeito que funciona Hollywood. No gibi, todos os heróis são dúbios - o rosharch é um homem pertubado, possivelmente um psicopata, além de revelar uma série de preconceitos; manhattan é um sujeito omisso que não liga pras atrocidades seja do governo dos eua seja do ozzymandias ou do comediante; o comediante é um fascista; o coruja é um nerd que foi longe demais no sonho de serum superherói; a espectral uam filhinha da mamãe futil eperdida; e ozzymandias não tem escrupulos para cumprir a sua missão sagrada. quem é herói? quem é vilão? o gibi deixa a gente escolher.

O filme, não.

Hmm... Não sei. Preferia ter uma opinião de alguém que não leu o gibi. O que eu não sei é se uma maior fidelidade resolveria estes problemas...
Filme é filme, gibi é gibi. O tempo de leitura é diferente. No filme, vc sedimenta o personagem com o ator e "passagens breves". No gibi ou no livro, dá pra vc colocar o que o cara pensa, dar um histórico... Não sei, é muito diferente. Por exemplo: teve gente que reclamou da "armadura" do Coruja ou da ausência de barriga. Será que uma fantasia de pano e uma barriga à la Adam West trariam tanta humanidade assim? No quadrinho pode ser: os únicos gordos são vilões e sempre excessivamente obesos. No cinema teria este efeito? E se mostrassem o Coruja cortando unha na mesinha da sala ou secando a bunda da Spectre...?

Uma coisa que senti falta, foi uma "separação" em capítulos, tipo teve em Pulp Fiction, Cães de Aluguel, Kill Bill... Estas quebras poderiam ajudar o espectador a "ver" a coisa do ponto de vista do personagem.

O que mais me incomodou com o filme medíocre é a ironia. Constantine é um filme que tem pouco a ver com Hellblazer, entretanto, volta e meia aparece alguém no Farra querendo conhecer o original... Watchmen terá o mesmo efeito? Duvido.

Idéias (Brainstorm) de vilões pra Farratown:

-Mulher Centopéia (rouba sapatos)
-Colherada (Possui colher mágica que faz mundo ficar de cabeça pra baixo)
-Peteleco (O dedo indicador mais poderoso do universo)

Abs

Tem também um superherói que eu pensei anos atrás pra umas hqs humorísticas num fanzine da facul...

A minha versão do personagem era assim: é um mutante que vomita bile. Ele é o "Homem-Cachaça". Precisa beber pra se abastecer. POr isso sempre vai ao combate com uma garrafa na mão. Além de dar "combustível" pra ele vomitar o seu "suco gastrico mortal", a cachaça também lhe dá coragem acima do normal.

O único problema é que o Homem Cachaça muitas vezes não consegue agir, porque cai de bêbado durante as lutas.

Seu maior inimigo é o AA (Alcoolatras Autoritários), uma organização que aparece como um bando de sujeitos, tipo uma gangue, sempre querendo arrastar o Homem-Cachaça pra sobriedade e abstenção!

Tem também o "Irmão Pastor", outro vilão que tenta acabar com os poderes do Homem Cachaça. O Irmão Pastor tem um grande poder de convencimento, ele chega numa praça, começa a pregar com uma bíblia na mão, e pedir dinheiro pras pessoas, que o entregam facilmente. Então o Homem Cachaça aparece pra combater a extorsão. A bíblia também é uma poderosa arma e pode ser usada como um porrete (já viu o peso de uma biblia completa? Eu que não queria na cabeça).

É preciso muita força de vontade mental pra resistir ao poder do Irmão Pastor. A sorte do Homem Cachaça é que ele está sempre muito bêbado para entender os sermões...

greati escreveu:disponível para ilustrações.

Opa! Que maravilha!

Greati, chegou a ver o mural de blogs parceiros na última página da última edição? Pra essa edição eu estava pensando em fazer nesse estilo:

http://www.facasper.com.br/pp/site/noticias_notas.php?tabela=&id=288
http://jovemnerd.ig.com.br/wp-content/uploads/ads_agente86_game.jpg
https://2img.net/r/ihimizer/img166/5391/291505465643lhh8.jpg

Será que rolaria algo?

Nano Falcão escreveu:Tem também um superherói que eu pensei anos atrás pra umas hqs humorísticas num fanzine da facul...

A minha versão do personagem era assim: é um mutante que vomita bile. Ele é o "Homem-Cachaça". Precisa beber pra se abastecer. POr isso sempre vai ao combate com uma garrafa na mão. Além de dar "combustível" pra ele vomitar o seu "suco gastrico mortal", a cachaça também lhe dá coragem acima do normal.

O único problema é que o Homem Cachaça muitas vezes não consegue agir, porque cai de bêbado durante as lutas.

Seu maior inimigo é o AA (Alcoolatras Autoritários), uma organização que aparece como um bando de sujeitos, tipo uma gangue, sempre querendo arrastar o Homem-Cachaça pra sobriedade e abstenção!

Tem também o "Irmão Pastor", outro vilão que tenta acabar com os poderes do Homem Cachaça. O Irmão Pastor tem um grande poder de convencimento, ele chega numa praça, começa a pregar com uma bíblia na mão, e pedir dinheiro pras pessoas, que o entregam facilmente. Então o Homem Cachaça aparece pra combater a extorsão. A bíblia também é uma poderosa arma e pode ser usada como um porrete (já viu o peso de uma biblia completa? Eu que não queria na cabeça).

É preciso muita força de vontade mental pra resistir ao poder do Irmão Pastor. A sorte do Homem Cachaça é que ele está sempre muito bêbado para entender os sermões...

Eu cheguei a fazer um "homem de fogo", deve ter saído nas primeiras edições de farratown... se quizer ele pode ser reaproveitado!

Boa idéia, Snuck. Poderia reaproveitar os vilões do AA e Irmão Pastor contra o Homem de Fogo, por exemplo - além de adicionar o "poder" da coragem em cima das habilidades dele.

Recorrendo a minha cada vez mais parca memória, o Homem Cachaça é uma versão posterior a uma idéia que apareceu num unico numero de um zine que faziamos na escola: Ele era o "Cachaceiro", membro de um grupo de mutantes (uma especie de satira aos X-men) que morava na ilha de Florianópolis e tinham os poderes baseados na população peculiar da Ilha:

GAROTA DOURADA - Era baseada nas ratas de praia da Ilha. A garota dourada era uma loira que passava o dia inteiro tomando banho de sol, por isso seu corpo brilhava no escuro, cegando os adversários.

HOMEM-SIRI - Ele tinha "garras de siri", era o wolverine da equipe (no mau sentido). Toda vez que cortava um membro dele, regenerava. Mas ele tinha um problema, que só conseguia andar pros lados.

CACHACEIRO - A mesma coisa que o Homem-Cachaça. Só o nome era diferente.

X-MANÉ - Tinha o poder de tornar toda a comunicação impossível. Onde ele chegasse ningúem entendia o que estava se falando. Ele próprio também só fala de maneira inintelígivel. "Homenagem" aos manézinhos da Ilha de Florianópolis.

RAUL SEIXAS - Não se trata do verdadeiro Raul Seixas, mas de um clone do mesmo, que tem o poder de se multiplicar - o que explica a presença das dezenas de clones do Raul Seixas que se encontravam, nos anos 90, em Florianópolis. Ele se multplica quando levanta os dedos e diz: "Toca Raullllllll...."

Entre os seus adversários estavam:

AMBULANTE: É um vendedor de rua capaz de vender qualquer coisa pra você, e de comprar também, mesmo que você não queira.

DEPUTASMA - Ele nunca apareceu em Florianópolis. Mas existe e é reeleito de quatro em quatro anos. A identidade dele é secreta e nunca é mencionada pra evitar processos. A piada é essa, o rosto dele sempre aparece nas sombras, e os personagens mencionam que não podem dizer o nome dele pra evitar problemas judiciais.

BUROCRATA - é um vilão que tem o oficio de não fazer nada em florianópolis, mas especialmente em NÃO DEIXAR OS OUTROS FAZEREM. Se alguem vai fazer alguma coisa, o Burocrata vai lá e impede que seja feito.

Eu tinha um personagem que era um uruguaio que se vestia de toureiro e ia lutar contra a opressão da autoridade. Como todo uruguaio, sustentava que a familia tinha vindo da espanha. Morava numa pensão, lia literatura de esquerda e se considerava anarquista. Até usava uma boininha. Seu maior inimigo era o Carbúnculo, um bêbado que pensava que ele era bicha por causa das ceroulas coloridas e batia nele sempre que via, na rua.

Putz... enxurrada de idéias. Muito bom.

O próximo passo é bolar alguns roteiros pra tirinhas e passar pro Marcelão, right?

O Toureiro do Vino me lembrou um personagem que criei na faculdade, que era ideologicamente o contrario do toureiro, mas também usava roupas semelhantes: "EL MAGNIFICO". A gente chamava assim em "homenagem" ao reitor, porque todos os puxa-sacos o chamavam de "magnífico" em tudo que é ocasião, então a gente jocosamente adotou o "El Magnifico" como alcunha, e um belo dia surgiram algumas tirinhas no jornal do Centro Academico. Mas ele não era herói não, muito pelo contrário. Dava até pra ser adversário do Toureiro do Vino.

Ei, meu personagem ia contra todo tipo de autoridade, certo? Se o transformarmos num estudante... ele pode criar seu próprio arquiinimigo, desautorizando o reitor, um dia...


A reitora da UFRGS também era "Magnífica". Deve ser jeito de chamar reitores.
Mas olha... quando a gente ia entrevistar ela, só chamava de "professora"... e a mulher adorava. Pra ela, não tinha elogio maior. Eu gostava dela por isso.